Unindo forças

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Vic

Capítulo 7               Unindo forças

Eu  estava flutuando sobre o mar, havia uma ilha ao longe, com montanhas cobertas de vegetação, avistei um brilho por entre as árvores e quando percebi, num piscar de olhos, eu estava caminhando pela areia fina e branca. Alguém estava caído mais à frente, um náufrago, ele estava longe demais para que eu o identificasse e pensei em me aproximar, mas fui levada para um templo, onde uma estátua de quase dez metros de altura dominava o salão. A estátua era de uma mulher, ela se parecia comigo. __Andirá! – ouvi a voz forte a me chamar e quando me voltei para ver o dono daquela voz, fui levada novamente para o mar. Eu estava de frente para o litoral de uma pequena cidade, haviam casas simples feitas de madeira e estavam queimando, era noite e naves velozes voavam por sobre as casas e pessoas eram capturadas e levadas.

__Não! – gritei desesperada e senti Max me balançando com força e chamando meu nome.

__Vic, acorde. Está sonhando. – abri os olhos e o empurrei para o lado, olhei assustada o quarto e ele me segurou pelos ombros. __Acorde!

__O que? O que aconteceu? - perguntei confusa.

__Você estava sonhando. – ele passou as mãos pelos meus braços, acariciando-os e me acalmando. Meu coração foi voltando ao ritmo normal e me senti amolecer, ele me embalou e me fez deitar. __O que estava sonhando? – ele perguntou em meu ouvido. __Seus olhos me assustaram, você parecia assustada.

__Pessoas sendo abduzidas em naves espaciais. – falei de olhos fechados e logo adormeci.

Naquelas duas semanas, voltei a ter o mesmo sonho várias vezes. Mas eu justificava o pesadelo, dizia ser pela notícia de que haviam pedido socorro a Zorah e minha imaginação fértil estava criando situações ameaçadoras.

Max havia organizado tudo para que seguíssemos em dois dias com uma caravana que estava indo para Megaron. Eu estava ansiosa, sentia um frio na barriga, que se tornou uma presença constante.

Nos reunimos para um último jantar com Sinara e Humberto, convidamos Filipe, Alexandra, Nínive e Celandine. Filipe e Alexandra resolveram seguir conosco até Padenlesce, ele a pediria em casamento ao avô e Celandine manifestou seu desejo de voltar a Lenora para realizar nossa cerimônia de casamento, o que me deixou muito feliz.

__Vocês pretendem morar com seus pais? – Alexandra perguntou a Max enquanto jantávamos.

__Sim, a casa é grande. – Alexandra me olhou com uma expressão inquiridora e Max voltou-se para mim. __Algum problema para você Vic, morar com meus pais?

__Claro que não! – me apressei em dizer. __Adoro seus pais. – ele sorriu

__Vocês pretendem ter filhos logo? – engasguei com a comida e tive que beber água, Max estava rindo.

__Desculpe, fui indiscreta. – Alexandra ficou sem graça e Celandine tocou em sua mão com delicadeza.

__E você Alexandra, quer filhos? – ela lhe perguntou com doçura.

__Um dia, talvez! Eu ainda quero me dedicar a Guarda de Zorah por mais alguns anos.

__Vocês pretendem se casar em Padenlesce ou em Zorah? - Celandine continuou enquanto eu me recuperava da pergunta de Alexandra. Eu realmente nunca pensei em filhos, mas pensando bem, isso era natural, não é mesmo? Mas será que seria uma coisa normal para mim também, afinal não nasci em Atlantis?

__Não decidimos ainda. – Filipe respondeu. __Na verdade, ainda preciso falar com o avô dela. – ele riu nervoso.

__Ele vai adorar você. Tenho certeza! – Alexandra disse tranquilizadora.

Andirá - o retorno a AtlantisOnde histórias criam vida. Descubra agora