Vic
Capítulo 17 Revelações
D
e volta a embarcação do capitão Skipp, seguimos para Porto Eirel, estávamos todos bem, apesar de sentir que havia uma tensão entre todos nós, talvez a razão fosse a minha conduta, mas eu ainda não estava pronta para perguntar, não queria realmente saber que meus amigos estavam me odiando.
Naquela região haviam elevações escarpadas que causavam naufrágios aos menos experientes, mas capitão Skipp garantira que passaríamos sem problemas. Eu, Celandine e Alexandra voltamos a ocupar a cabine do capitão e os homens se agruparam no piso inferior. Logo no primeiro dia, quando chegamos ao navio, Rathe me encarou de um modo diferente, fiquei tentada a ler sua mente, mas lembrei-me das recomendações de Max, eu não queria me tornar uma pessoa prepotente e insuportável, então me limitei a me desculpar pelo ocorrido na Pousada.
__Rathe, que bom vê-lo bem. Me desculpe por ontem. – falei me aproximando e capitão Skipp soltou uma risada sarcástica.
__Foi muito bem feito. – olhamos admirados para ele. __Rathe ousou tocá-la, quando esse privilégio é somente de seu consorte. – ele meneou a cabeça para Max. Olhei rápido para ele e estávamos ambos corados.
__Me desculpe Senhora, não fiz por faltar-lhe com o respeito. Eu me preocupei quando a vi naquele estado.
__Eu compreendo, não se preocupe. Não estou ofendida. – então segui até a cabine com Max ao meu lado a carregar a minha bolsa.
__Eu sou o seu consorte? – ele me perguntou enquanto segurava o riso.
__O capitão às vezes me mata de vergonha.
__Às vezes? – rimos juntos e Celandine, que vinha logo atrás também estava sorrindo.
__Vamos consorte da deusa, - Filipe brincou ao deixar a bolsa de Celandine no aposento, já que Alexandra insistia em carregar suas coisas __vamos deixar as mulheres sozinhas e voltar ao nosso humilde alojamento. – acertei-lhe uma almofada na cabeça.
__Não me chame assim, eu não gosto. – falei entre risos e eles saíram.
Naquele segundo dia, o mar parecia agitado e o céu estava nublado, era época de tempestades e todos estavam receosos, principalmente os marujos. Logo após tomar meu desjejum, resolvi ir ao encontro de Max, que estava em uma reunião com Jordan, ele insistia em me esconder algumas informações dizendo estar me protegendo.
Desci as escadas um tanto aborrecida e escorreguei em um dos degraus, me preparei para o impacto no chão, mas flutuei devagar e me vi de pé na penumbra do segundo convés, olhei abismada de um lado a outro e o vi sair das sombras, seus olhos verdes intensos a me encarar.
__Deveria tomar mais cuidado jovem Andirá. – senti náuseas no mesmo instante e fiquei tonta, ele me amparou segurando-me pela cintura. __Principalmente em seu estado. – ele sussurrou em meu ouvido.
__Caleb. – falei baixinho, o suor escorrendo em minhas costas.
__Shiiii! Não diga esse nome.
__Quando...quando se lembrou?
__Quando a vi descer as escadas na Pousada comecei a me lembrar, mas quando a toquei, recuperei a memória. – engoli em seco, meu coração parecia querer explodir em meu peito.
__O que pretende fazer agora? - perguntei cheia de medo.
__Vou a Sogni com vocês, afinal temos que expulsar alguns visitantes indesejados de Atlantis. – ele respondeu cheio de humor. Eu tinha mais perguntas a fazer, mas a porta do alojamento se abriu e Max saiu com Jordan.
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Andirá - o retorno a Atlantis
AventuraMax consegue levar Vic de volta a Atlantis e estão cheios de planos para se casarem, mas não contavam com uma invasão hostil ao planeta, que leva Vic a lutar novamente por Atlantis.