"O homem pode se esconder de todo mundo, menos de si mesmo!" (Autor desconhecido)
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Davi não se sentia bem por andar pela casa com aquele trio de quase desconhecidos se deslocando pelo ambiente como se realmente fossem os donos do imóvel. Ele ainda não entendia como que Nicolau, sendo seu irmão ou não, pudera ter arquitetado tudo aquilo pra ele...aliás, contra ele, o agricultor finalmente admitia!
_Sabe, Arlete, eu fico pensando se o Nicolau realmente estava em seu juízo perfeito quando inventou esta palhaçada de deixar a minha herança nas mãos desse cara._disse tomando o café da manhã com a governanta.
Os dois haviam tido uma longa conversa e decidiram que nada iria mudar...que ele não iria, pelo menos por enquanto, chamá-la de mãe...pelo menos enquanto não sentisse que ela o era, já que eram bons amigos e não precisariam se preocupar com maiores intimidades. Arlete não se importou, pois sabia que era a confidente do filho Davi...assim como também fora a confidente de Nicolau.
A relação dos dois já era praticamente de mãe e filho, já que Iolanda nunca fora muito presente na educação do neto.
_Viu a loura que disse não gostar de homem chegar ontem na garupa da moto de Ilana, filha de dona Mira?_fofocou Davi.
_Sério?_Arlete arregalou os olhos sentando-se ao lado dele para não precisarem falar alto._Mas a filha de dona Mira foi expulsa de casa porque jogou na cara do pai que preferia as garotas! Foi o maior escândalo na época!
_Exatamente...então, desconfio que o que esta tal de Andressa...
_Alessia._corrigiu Arlete.
_Que seja Andressa, Alessia, Alessandra, tanto faz...então desconfio que esta daí realmente é uma sapatona, o que é um desperdício, não acha Arlete?
_Eu não entendo nada disso, Davi e prefiro não comentar. Respeite a intimidade da garota e não vá implicar com ela por isso. O irmão dela pode te colocar pra fora da casa se achar que você a desrespeita. Já percebi que eles se dão super bem. Então, pelo amor de Deus, Davi, não vá provocar o Érick implicando com a irmã dele!_suplicou Arlete.
_Não vai precisar, Arlete, pois eu sei me defender...especialmente de um carinha homofóbico feito este aí._disse Alessia chegando na cozinha e dando um beijo na governanta.
_O que vai fazer? Me colocar a nocaute porque eu disse que você daria mais certo com homens do que com mulheres?_provocou Davi.
_Eu até poderia fazer isso, se a sua opinião me importasse.
Como a endossar suas palavras, ela virou-se de costas para Davi, dando atenção a Arlete.
_Não, Arletinha mãos preciosas...pode deixar que eu me sirvo, querida, obrigada._disse Alessia gentilmente._Seu café e seu bolo cheiraram lá no meu quarto. Assim vou virar uma baleia, pois você cozinha bem demais, menina!
Aquela atitude dela não tratando a governanta como empregada surpreendeu Davi, que acostumara-se a que Arlete, inclusive, passasse manteiga em seu pão.
Alessia viu a governanta colocar mais café para o filho.
_Achei que ele agora lhe daria a sua carta de alforria, afinal, você é a mãe dele!_disse a garota visivelmente indignada._Inclusive, você agora tem casa própria, mulher e não precisa mais morar aqui de favor!
_A gente conversou..._começou Arlete rapidamente.
_Não precisa dar satisfações pra ela, Arlete._Davi encarou Alessia com o semblante fechado, ofendido pelo comentário dela._Já a considerava como minha segunda mãe mesmo antes de saber que ela é a primeira, garota! Não que isso seja da sua conta, claro.
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MATÉRIA BRUTA- Armando Scoth Lee-romance gay
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS: contém sexo explícito e linguagem chula! Um agricultor tem um estranho sonho no Brasil: num ritual erótico, um homem misterioso cobre o corpo do agricultor com tinta azul! Enquanto isso, um artista italiano re...