MATÉRIA BRUTA- Armando Scoth Lee-romance gay

CAPÍTULO 21-CARLA HUMILHA DAVI!

"Nunca diga 'dessa água não beberei'. É que o caminho é longo e na volta você pode sentir sede." (Portal Desistir Nunca)

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Carla (que fora rejeitada pelo agricultor por ser considerada insaciável) olhou para o teto do motel, tentando ficar séria,  mas Davi pode ver que ela estava exultante por dentro!

No momento seguinte, ela não conseguiu se conter e deu um gripo vitorioso, se sentindo vingada daquele homem que tanto a humilhara aproveitando-se do seu amor!

_Jesus amado...isso só pode ser justiça divina! Davi  Pedro Souza Garanhão Indomável...o machão dos machões brochando na minha cama? Isso é demais para mim!_bateu palmas de forma sádica, gargalhando.

Ele puxou de volta o lençol que ela puxara para observar o membro flácido do parceiro.

_Ei! Pra que berrar deste jeito, sua louca? Daqui a pouco a cidade inteira vai ficar sabendo...é isso que quer?_ele apressou-se a falar em pânico._Isso acontece com qualquer homem...ninguém nunca lhe disse isso não, garota?

_Como diria  o meu avô..."nunca digo dessa água não beberei...porque nela me afogarei um dia"! Kkkkkkk...

Ela estava exultante e já não conseguia...e nem tentava esconder o que sentia!

Carla  sabia que ele não gostava dela...sabia que ele a desprezara de forma grosseira e insensível no último encontro e sabia que toda a cidade estava ciente de que era ela quem insistia na relação e não o contrário! Por isso, Carla engoliu o orgulho quando ele chegou no seu emprego, a chamou discretamente, disse que estava "necessitado dela" e ela, carente que era, resolveu dar mais uma chance ao amor. Foi ao banheiro, fez uma higiene rápida, passou o perfume que ela sabia que ele gostava, ajeitou os cabelos...ela sempre estava pronta, sempre querendo..."um fogo", como dizia a mãe!

Dona Gilda sabia que a filha dormia com o agricultor...sabia que ele havia herdado uma fortuna do irmão mais velho...tinha esperanças de que ele se casasse com sua filha um dia!

Carla conversou discretamente com o patrão que a liberou, com a promessa da garota de pagar a hora depois, afinal, naquele momento, o movimento estava fraco e ele poderia convocá-la em uma ocasião mais oportuna e lucrativa para o comércio.

_Eu não sou o primeiro a falhar na última hora, tá? Isso acontece com a maioria dos homens...vários colegas meus já confessaram...não somos perfeitos!_ele tentava justificar-se muito sério.

_Já...já me disseram...já presenciei muito cara "negando fogo na hora do vamos ver", mas estaria disposta a colocar o seu pau numa aposta de  que nunca brocharia, juro por Deus!_confessou de olhos arregalados._Estou em choque, Davi...em choque...Quantos anos você tem mesmo? Trinta e cinco, não é? Muito cedo pra começar a afrouxar a rola...muito cedo...Lembro de você ter dado três num dia, cara...três! Cadê toda aquela potência?

A gargalhada de Carla doeu mais do que se fosse uma chicotada!

_Também com este perfume barato..._ele tentou justificar._Está tão doce que travou os fundos das minhas narinas...vou te falar, viu?!

Ela jogou os braços pra cima:

_Isso...fale isso mesmo, Davi! Não devia esperar uma postura diferente da sua parte a não ser essa de falar que a culpa é minha! Se o homem brocha a culpa é da garota...sei...conversa de frouxo covarde, isso sim.