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Mirela

Estou almoçando com as meninas aqui em um restaurante perto da empresa, e as mesmas não param de me perguntar sobre o Maurício, não quero falar de algo que sei que não vai mais acontecer.

- Amiga, você tem que parar de ser assim, você tem que se entregar e ser feliz - Bia fala, mia, e Lucas concordam com ela.

- Já perdi vários boy por causa da minha vergonha de sair do armário, mas agora meu amor quero ver quem me tira dos meus homens - gargalho com o jeito espontâneo do Lucas.

- Mas é sério, você tem que parar de se sentir inferior a tudo e todos, já percebi isso em você, chega de ser tímida, se sinta um mulherão da porra pq você é- abaixo a cabeça com as palavras da mia.

- Não adianta falar com essa cabeça de maisena não - Bia suspira e levanto a cabeça dando língua pra ela até que escutamos uma voz grossa.

- Se não são as mulheres mais lindas da empresa rocha Empire, e Lucas - A voz grossa fala e eu viro minha cabeça no automático vendo um homem louro, e com uma expressão de quem está bravo.

- Oi Miguelito, sente conosco - Bia fala e já vi que alguém tá interessada.

- Com certeza, como vão? - Ele pergunta e todas nós respondemos e o mesmo se vira pra mim - Oi eu sou o Miguel, também trabalho na empresa, é um prazer conhecer você - olha dentro dos meus olhos e eu fico sem graça.

- Oi Miguel, sou a Mirela - da um sorrisinho me fazendo corar.

- Miguel não toma jeito né, não pode ver uma mulher bonita - Mia o encara e o mesmo sorri.

- Não resisto a essas beldades - Suspira apoiando a mão no queixo fazendo a gnt gargalhar.

- Bom o papo tá bom mas temos que ir né gente? - todos concordam.

- Vou acompanhar vocês.- Miguel se levanta e vem para o meu lado e assim vamos para a empresa. Vou o caminho todo igual a um pimentão com as diretas que o Miguel me joga e eu como sou uma burra tapada nem respondo, não sei nem oque responder as meninas me ajudam mas ainda estou perdida, qual é não é sempre que isso acontece na minha vida.

Chegamos no elevador e o Miguel me puxa pra um canto e as meninas entram no mesmo se despedindo.

- Seria muito abuso eu pedi o número do seu celular? - sou pega de surpresa.

- Sim, é quer dizer sim que eu vou dar o número não que seria abuso é..- gaguejo nervosa, meu Deus que vergonha. Pego seu celular que ele estendeu para anotar o meu número.

- Não precisa ficar tímida linda, eu quem deveria por você ser uma mulher encantadora - sorrio.

- imagino que essa cantada deva funcionar com todas-. Finalmente consigo formular uma frase sem quase morrer.

- Posso te garantir que não sou esse tipo de homem- olha nos meus olhos.

- É, bom eu tenho que ir, até logo, foi bom te conhecer - sorrio e ele retribui com um sorriso

Entro no elevador e sigo em direção ao meu andar, cumprimento Manu ao chegar, entro na minha sala E do Maurício e não acredito no que eu vejo, na verdade eu acredito porque sou eu quem estou vendo mas se alguém me contasse com certeza duvidaria fácil.

- Oque eu perdi?- todos notam minha presença, Malu que antes estava colorindo algum livro com o Maurício, estranho mas ok, e a Antônia que estava no celular me olharam e minha pequena veio correndo para meus braços.

- Mamãe que sodade Tônia me toxe pa toma sovete com você - ela dá pulinhos saindo dos meus braços e eu sorrio.

- Mas agora mamãe está trabalhando filha, lembra que a gnt combinou que quando eu chegasse em casa iríamos? - abaixa a cabeça e mexe os pezinhos.

- Mas eu fiquei com medo de você equecer mamãe igual ontem aí falei pa tia Tônia me tazer mas eu sei que você não esqueceu e sim que não tinha dinhelo - eu arregalo meus olhos e tenho certeza que estou igual a um pimentão de tanta vergonha olho pro Maurício e ele está com a cara fechada.

- Mila desculpa mas ela insistiu tanto e eu pensei que não teria problema já que viemos no seu horário de almoço mas você não estava e encontramos o senhor rocha e ele nos chamou para ficar aqui esperando por você e disse que não tinha problema - eu a corto e gargalho do seu desespero.

- tudo bem Antônia, é claro que não tem problema vir no meu horário de almoço. E foi bom ver vocês - agarro minha menina e ficamos abraçadas - mas agora mamãe precisa trabalhar tá bom amor? Prometo que quando sair te busco e a gnt toma quantos sovertes quiser.

- Nada disso, você está dispensada Mirela - arregalo os meus olhos com as palavras que o Maurício fala e eu fico confusa, mas antes de falar algo Antônia me interrompe.

- Seu mentiroso descarado - ela aponta o dedo na cara dele - disse que não tinha problema virmos e agora está demitindo minha amiga? Você pensa que é quem em Maurício mauricinho, am? - Eu estou em choque e o Maurício gargalha.

- Quando eu disse dispensada eu quis dizer liberada, fim de expediente, acabou por hoje, tchau e bença, entendeu? -  a encara e ela fica completamente sem graça e eu também.

- Ãn, me desculpa, me equivoquei - abaixa a cabeça e não aguento, começo a rir desse mico, só a Antônia mesmo.

- Então você pode ir mamãe? Pofavor - junta as mãozinhas- e você também titio mau vamo toma sovete com a gente - corre até ele e se pendura em seu colo e eu admiro essa cena porque ele logo a pega e parece ser tão carinhoso com minha filha.

- Filha, repete comigo SORVETE, com R- já está na hora de eu corrigir a Malu, eu deixava pois achava fofo mas ela está crescendo e não vejo melhoria em suas palavras.

- SOVETEEEE - Ela da um berro que o Maurício se assusta.

- Com R malu, só vamos tomar SORVETE se a senhorita se esforçar pra falar a palavra certa, e o Maurício tem que trabalhar filha - faz bico e cruza os braços, a repreendo com o olhar.

- Eu vou, mas com uma condição - ele coloca a Malu no chão e se abaixa para ficar na altura dela - você vai ter que fazer oque sua mamãe falou, se esforçar para falar as palavras corretamente e quando não souber você pergunta, tudo bem?- Minha filha pensa por alguns minutos mas logo balança a cabeça em positivo e solta um " tudo bem" baixinho mas como não sou boba.

- Promete de dedinho?- ela pensa mais e mais, sorrio para a mesma que logo vem em minha direção e estende seu mindinho e a abraço em seguida, ela vai em direção ao Maurício e estende seu dedinho e o mesmo fica parado a olhando igual uma estátua, coitado nunca deve ter jurado de mindinho.

- Estende o dedinho titio é pa jular de midinho - ele sorri e estende seu mindinho pra mesma e logo a corrigi com suas palavras.

- Então vamos? - todos concordam e vou ajeitar minhas coisas, o Maurício faz o mesmo - Antônia se quiser ir para casa tudo bem, eu dou seu dinheiro assim que chegar.

- Aí ótimo, bom que vou cedinho ver meu louro gostoso. Tchau minha princesinha, tchau Mila e Maurício - ela se despedi e sai da sala, nós rimos do seu jeito doido.

- Uma figura - Maurício rir ainda mais e eu o acompanho.

- Não viu nada, bora logo porque já estou desejando um sorvete de morango. - ele sorri e a Malu concorda dizendo o mesmo e assim fomos para a sorveteria.

Por fora estou só a confiança em pessoa mas por dentro parece que vou soltar fogos de artifício, eu sei oque falei para o Maurício mas fala sério quem quer ficar longe desse homem? Eu pelo menos tento né.

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Estamos sentados na sorveteria e batendo o maior papo, na verdade só a Malu e o Maurício estão porque eu não consigo parar de admirar a cena desses dois conversando, a Malu ou Moana segundo o Maurício que inclusive amei esse apelido, os dois se deram muito bem e já vi que a Malu se apegou a ele e vai querer vê-lo mais vezes e é algo que vou conversar com os dois, porque ele não pode achar que entra na vida dela assim para nos dias seguintes esquecer da existência dela, ainda mais porque ele está tratando ela com tanto carinho, e ela nunca teve isso vindo de um homem antes. Até porque nunca tive amigos homens. ela se apega muito rápido e não quero que ela o tenha como uma figura paterna e se magoe futuramente. E nem vou deixar.

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