Vidas Opostas

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Maurício

Eu tento trabalhar mas toda vez que lembro dos peitos da Mirela meu pau sobe. Eu sabia que ela era gostosa, mas imaginava que os seios eram tão convidativos como são. E queria ter sido o primeiro a provar eles.

fiquei puto, muito puto na verdade quando vi o Miguel chupando, porra essa cena ridicula não sai da minha cabeça de jeito nenhum.

Hoje ela chegou na empresa e mal Falou comigo, mas quero que se foda ela vai ser minha e acabou, ela não pode negar que me quer.

Estou sentando na mesa mas já perdi as contas de quantas vezes levantei, rodei essa sala na espera dela voltar do almoço, vou mostrar a ela oque um homem de verdade é capaz pela mulher que ele ama.

Tá vendo, estou surtando, até dizer que amo eu estou dizendo, que porra.

Desde o almoço eu estava com esse objetivo em mente, mas depois de ontem, ver o Miguel tocando nela, eu não consigo.

Escuto um barulho alto na porta e a Mirela entra correndo.

- Maurício, ele pegou ela, ele pegou ela Maurício - corre em minha direção e segura meu terno com força.

- Ele quem, mirela? Pegou quem ? Se acalma - suspira e tenta se acalmar.

- O pai da Malu, ele voltou, ele levou ela - desaba em lágrimas e eu a abraço.

Mas quem é o pai da Malu? Oque será que ele faz para Mirela ficar transtornada assim.

- Quem é o pai dela? E como ele levou ela me explica para eu te ajudar Mirela, você tem que se acalmar e pensar na Malu - seguro em seus braços e a levo para se sentar.

- O pai dela é um bandido dos mais terríveis aqui do rio, ele foi buscar ela na creche e deixaram ele levar ela - soluça - eu não sei oque fazer, se ele matar ela igual fez com a Rapha eu não sei oque vai ser de mim - soluça ainda mais.

- Malu, olha pra mim - ela o faz - Você tem que se acalmar, me conta tudo e eu prometo que trago a Maria Luiza de volta, ela também é minha filha - assente e limpa as lágrimas.

- Vou contar do começo, mas por favor não fica chateado por eu não ter contado antes - assinto.

E assim ela o faz, conta tudo. Desde que não é a mãe biológica da Malu ao dia em que a mãe biológica dela a tal Raphaela, morreu. Eu não posso acreditar nisso tudo. Se esse monstro fizer algo com a minha filha, eu mato ele com lentidão.

Levanto sem falar nada e vou até a mesa da Manuela do lado de fora e peço pra mesma chamar meus irmãos e a Bia. As meninas precisam dar suporte a Mirela e meus irmãos iram me ajudar a encontrar a minha filha.

- Cancele todas as minhas reuniões, e quaisquer compromissos que eu tenha até segunda ordem, se alguém me procurar inventa qualquer desculpa por favor. Depois o Diogo te explica. - Ela apenas assente já pegando o telefone para cancelar meus compromissos.

Vou pra sala e a Mirela está completamente desorientada, parece que nem está aqui, só chora.

- Mirela, as meninas estão vindo te buscar, tá bom? - assente- você vai ficar com elas enquanto eu trago a Moana de volta, eu prometo. - deixo um beijo na testa dela.

- Oque aconteceu Maurício? - Marcelo diz entrando sendo seguido pelos outros.

- O pai biológico da Malu sequestrou ela na creche, e preciso que as meninas fiquem com a mirela enquanto a gente mata esse filho da puta - eles arregalam os olhos e as meninas correm para a Mirela.

Conto tudo para eles desde o início e eles ficam tão surpresos quanto eu, não quero que ninguém saiba disso, apenas as pessoas que confiamos.

Eu tenho amigos na polícia, política em tudo e vou trazer minha filha de volta. Eu vou.

Marcelo ligou para Mauro o nosso amigo que é delegado, e o Rafael que é nosso detetive particular da empresa.

Eles chegaram e estamos todos em minha sala, a Mirela não queria ir embora, mas eu e as meninas a convencemos. Ela precisa se acalmar se não pode acabar passando mal, e é a última coisa que quero.

- Se ele sequestrou ela é porque ele vai pedir algo em troca, então ele irá entrar em contato com a Mirela - escuto a voz de Mauro e eu concordo.

- O celular dela está comigo, se ele ligar eu vou atender - falo com meus olhos pegando fogo de tanta raiva.

- Não, ela tem que atender porque provavelmente ele vai marcar algum ponto de encontro com ela - Rafael diz convicto.

- Verdade, aí ele vai falar para não levar a polícia e tudo mais, nos filmes é assim - tenho vontade de socar a cara do Diogo por dizer uma idiotice dessa.

- Isso não é um filme seu Imbecil, estamos falando da vida de uma criança - me altero dando um soco na mesa.

- Calma, vamos para a casa dela e ficar perto dela, para ele saber aonde é a creche, ele com certeza sabe aonde ela mora - Marcelo diz e eu levanto em um solavanco.

- Merda eu não pensei nisso, porra, vamos pra lá agora - vou em direção a porta, já que estamos todos em minha sala.

- Vou mandar meus homens fazerem guarda das redondezas e dois vão ficar na porta do apartamento dela - Mauro diz e eu assinto.

- Quero todos comigo, quero que vocês trabalhem diretamente com esse caso, e quero minha filha de volta - falo para o Mauro, detetive e meu advogado que estão aqui.

- Nós vamos trazer ela de volta - assinto.

Saímos e eu dispenso a Manuela, que está indo junto com o Diogo para a casa da Mirela, acho importante que ela não fique sozinha, se não vai enlouquecer, é importante que todos os amigos estejam a seu lado. Menos o Miguel, eu não confio nele.