Dylan parou atrás de Spencer, sentada em uma mesa cheia de mapas e e papéis e via o porto de Seattle ficando pequeno pela janela. A menina estava usando uma jeans meio rasgada, um blusão preto solto e tênis addidas branco. O cabelo, agora preso em um coque sem jeito, deixavam ela ainda mais linda.O lanche em suas mãos ainda estava meio quente, por isso, Dylan pigarreou para anunciar sua presença, e deu um passo cuidadoso, colocando a embalagem de isopor em cima da mesa, vendo que Spencer olhava baixo, totalmente constrangida pela situação de antes.
- Eu trouxe, achei que quisesse comer ainda.
- Obrigada.
A voz de Spencer estava baixa, contida e por isso Dylan se abaixou do lado da cadeira da menina. Ela tinha força o suficiente, por isso pegou a cadeira de madeira por uma das pernas e puxou-a, até que o corpo de Spencer virou-se para ela.
De novo, pensou Spencer, ela se sentia uma garotinha diante da mulher, que a olhava com compaixão.
- Desculpe. - Dylan disse. - Você tem razão, eu foi cruel e injusta.
- E eu fui abusada. - Concordou Spencer.
Dylan colocou a mão no joelho dela, de forma carinhosa.
- Sim, eu estou interessada. - Acusou Dylan. - Mas sim, você é jovem e isso sempre dá medo.
- Eu também estou interessada. - Spencer complementou. - Mas você me parece estável... e séria... e isso me dá medo.
- Que bom que as coisas mudam, não é mesmo? - Dylan sorriu. - Venha aqui...
Dylan inclinou-se para frente, segurou o queixo de Spencer, e puxou-a para frente. Depositou um beijo simples e macio em seus lábios, quase maternal de tão carinhoso e levou a mão para o cabelo da menina, arrumando-lhe um mecha solta atrás da orelha.
- Você faz eu me sentir sem graça.
- E você faz eu me sentir velha. - Brincou Dylan.
Spencer arrumou o corpo na cadeira, um pouco mais solta agora, e com as bochechas vermelhas.
- Isso é o meu pão com porco?
- Sim. - Dylan suspirou sorrindo, e ficou de pé de novo. - É sim. E como você está? Está se sentindo melhor do enjôo?
- Hum... vamos ver, não é mesmo? - Disse abrindo o lanche e pegando uma porção para comer. - Eu espero que sim.
- Começou a traçar um plano pelo o que posso ver nesses papéis. - Dylan notou vendo as marcações ali.
- É... acho que temos alguns pontos. Quero parar nessas geleiras no caminho.
Dylan olhou para os pontos, e concordou.
- Posso fazer acontecer.
- Ótimo. Eu preciso adaptar uns sensores, vou demorar quase uma semana fazendo isso.
- Temos tempo. - Concordou. - Precisa de espaço para isso?
- Hum... consigo fazer aqui, se puder.
- Fique a vontade. - Dylan concordou vendo Curtis entrar na ponte.
- E lá vamos nós, meninas! - Ele disse, mostrando a xícara de café cheia. - 8 meses no mar. Dylan... pode subir para a sala de controles comigo?
- Claro, eu te encontro lá em alguns minutos.
- Ok.... - Curtis percebeu que estava atrapalhando alguma coisa e atravessou rapidamente a sala, continuando em seu caminho.
Quando ele saiu, Spencer olhou séria para Dylan.
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Ponte para lugar nenhum
Chick-Lit18 anos. Contém sexo, distorção de valores, violência, drogas e conteúdo LGBT e fetichista. Considere isto antes de ler, pode não ser apropriado para todos os públicos.