Noite de Natal.Dylan deu-lhe outro tapa na bunda. Spencer não estava mais segurando os joelhos, enquanto Dylan enfiava o pinto de borracha preso em sua cintura com força, segurando-a de quatro, e comendo-a ali mesmo.
As duas gozaram, quase ao mesmo tempo, antes de Spencer arriar os cotovelos e respirar fundo, totalmente exausta.
- Nós duas vamos acabar nos matando. - Spencer disse, rindo contra o cobertor.
- É... estou sabendo. - Dylan falou rindo, e dando um tapinha de leve nas nádegas de Spencer. - Machucou?
- Não... - Spencer prometeu. - Juro que faria de novo, se tivesse forças.
- Não, senhora. - Dylan negou, começando a colocar o corpo nu para fora da cama e puxar para fora a cinta com o pênis de borracha preso. - Nós duas estamos atrasadas e não vamos voltar para a cama.
- Eu poderia dormir... - Disse Spencer sentando-se na cama.
- Resolvemos isso depois da ceia. - Prometeu Dylan, indo até Spencer e segurando seu braço, ajudando a menina a sentar-se na cama. - Deus... você vai acabar explodindo igual um balão.
Spencer sorriu, passando a mão na barriga redonda e esticada, e olhando para baixo por um momento, vendo seus seios, agora um tanto maiores, caírem por cima da barriga que ela sustentava há 9 meses agora.
- Isso porque ela não quer sair. - Disse a menina, estalando os lábios.
- Ela vai sair. - Prometeu Dylan, começando a caçar um vestido para as duas, que, felizmente, ainda estavam maquiadas mesmo depois da rodada de sexo. - Ela sabe o tempo dela, Spencer, tenha paciência.
- É estranho não estar no Ponte, não acha? - Spencer falou, levantando-se com dificuldade e pegando um vestido das mãos de Dylan, para começar a se vestir.
- Ano que vem. Eu, você e a pequena Roy.
O fato delas terem escolhido um nome praticamente masculino para a filha era uma piada interna, afinal, as duas tinham sido registradas com nomes puramente masculinos - Dylan e Spencer, por isso, acharam uma excelente ideia quando descobriram que o bebê também nasceria como menina.
- Que melhor lugar para uma criança do que em um navio, não é mesmo?
Spencer sorriu, quando alguém bateu na porta e Dylan olhou para ela, depressa.
- Deve ser Curtis. - Dylan falou, enfiando um vestido pela cabeça. - Vista-se, eu vou atender ele.
- Ok.
Dylan saiu pelo corredor de sua casa, batendo os pés no caravalho do chão, e ajustando o vestido azul no corpo. A casa, perfeitamente decorada, com ultrassom de bebê e itens do casamento das duas, tinha um ar pessoal e familiar. Algo bonito. Puro e simples.
Dylan abriu a porta da frente, e viu o velho amigo, segurando uma carraga de Pinot Noir e ostentando um sorriso por trás de suéter completamente ridículo de natal.
- Feliz Natal, mamãe! - Ele falou com um sorriso no rosto.
- Feliz Natal. - Dylan disse indo para frente abraçando o amigo. - Oba, vinho! Para nós dois! Isso será ótimo! Entre... vamos, entre... como você está?
- Bem! - Disse ele entrando e limpando os pés no tapete de entrada. - Estou com saudades do Ponte, é o primeiro ano em 20 que não passo o Natal lá.
- Nem me fale... - Dylan riu, fechando a porta atrás do amigo.
- E como meus espermas estão se comportando? - Ele quis saber, olhando para Dylan com um sorriso.
- Ela está ficando desconfortável. - Dylan anunciou, cruzando os braços no peito. - Reclama de dor, não consegue deitar para dormir...
- Menina geniosa... não era para ela ter saído já?
- Bom, ela está fazendo 40 semanas hoje. - Lembrou a mulher. - Spencer pode parir a qualquer momento.
- Ela está bem com isso? - Curtis foi se fazendo da família e entrando já para sala.
- Assustada com a ideia do parto, e confesso que eu estou ansiosa também. Ela é jovem ainda...
- Ela vai se sair bem. - Curtis sorriu. - E você vai ser uma ótima mãe, Dylan.
- Mãe... - Dylan falou divertida com a ideia. - Já consegue imaginar isso? Uma menina pequena correndo pelo Ponte, me chamando de mãe?
- Não penso muito a respeito, pois parece a trama de um filme de terror.
Dylan deu um soco amigável no ombro do amigo e ele riu para ela, aliviando o clima.
- Vai ficar tudo bem. - Dylan suspirou. - Não era o que você sempre dizia que iria acontecer? Nós vamos nos aposentar, teremos uma família... uma casa... uma menininha...
- Você merece isso... Spencer também.
- Nós 3 merecemos. - Dylan sorriu. - Você também é família para mim, para Spencer e para a Roy.
- Claro que sou.
Os dois estavam rindo, quando ouviram um gemido forte, vindo do quarto.
- Spencer? - Dylan chamou-a. - Querida?
- Você quer...
- Eu vou. - Dylan anunciou. - Ela as vezes vai ao banheiro e não consegue se levantar sozinha...
Curtis riu, indo se fazer a vontade enquanto Dylan andava até o quarto do casal com um sorriso no rosto. Ela entrou no quarto, pronta para invadir a suíte, quando viu Spencer em pé, com uma cara de susto, no meio de uma poça de água que se formava sob seus pés. Dylan ficou pálida.
- Eu não acho que isso é xixi... eu acho... - Spencer disse olhando para Dylan.
- Sua bolsa estourou. - Dylan falou surpresa.
- Ela vai nascer.
O rosto das duas, totalmente sem cor, se olharam, até que Dylan soltou um sorriso enorme e quente, sentindo o coração cheio.
- Vai. - Concordou. - Vamos, amor... vamos tirar essa roupa molhada e por algo mais confortável...
- Certo... certo...
- Eu vou pedir para Curtis ligar para nossa parteira. - Avisou Dylan, indo para o lado da menina e dando-lhe um beijo na bochecha. - Vamos ter um bebê de natal, Spencer.
- O melhor presente que poderíamos ter... - Spencer falou, suspirando profundamente. - Uma família.
- Sim. Uma família. - Concordou a mulher mais velha. - Todinha nossa.
- Tomara que ela seja mais normal que a gente. - Brincou Spencer.
- É... não vamos contar com isso. - Dylan riu alto.
Roy nasceu naquela noite, cinco minutos depois da meia-noite, com os pés saindo de Spencer antes da cabeça, e silenciosa e calma, sem chorar - ignorando absolutamente tudo que as mães tinham lido sobre trabalho de parto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ponte para lugar nenhum
Chick-Lit18 anos. Contém sexo, distorção de valores, violência, drogas e conteúdo LGBT e fetichista. Considere isto antes de ler, pode não ser apropriado para todos os públicos.