Consequências

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Dylan acordou nua na cama e com uma leve dor muscular. Sua cabeça gravitou para o lado onde Spencer onde estava e ela percebeu que a menina não estava mais lá. Esticou o corpo, virando para o lado e sentando-se e deu-se conta de que era 11 da manhã. Deus, ela tinha passado demais da hora! Spencer devia já estar trabalhando!

A mulher recolheu a roupa, foi ao banheiro tomar uma ducha. Tomou seu tempo. Afinal, já estava atrasada mesmo! Arrumou-se toda, e quando saiu do quarto, já estava pronta para mais um dia de trabalho. E, apesar do frio, o sol estava alto naquele dia e o clima estava bom.

Era um dia perfeito no ponte.

Ela saiu, percorrendo os corredores, até subir para a sala de controle do Ponte. Queria começar a correr alguns planos para o próximo mês. Pegou uma boa xícara de café e quando entrou na sala de controle, viu seu amigo Bruce, perto do rádio.

Ele parecia que tinha visto um fantasma, e por isso, ela sorriu.

- Você na ponte? - Dylan brincou. - Quando é que Curtis deixou você brincar com o comunicador?

- Bom dia. - Bruce falou com uma cara um tanto amarrada. - Achei que não ia subir na Ponte hoje.

- Atrasei. - A mulher disse. - Aparentemente Curtis também.

- Dylan... Curtis subiu na geleira.

O rosto de Dylan ficou branco. Ela parou, olhando para o amigo, de forma fria e calculada.

- Hoje?

- Sim... eu... eu fiquei na sala... ele....

- Ele está lá agora? - Ela perguntou com uma voz quase de psicopata. - Ele não me disse que ia subir.

- Ele sabia que você seria contra, com o clima e tudo mais....

- Por que é suicídio! - Dylan disse quase empurrando Bruce do lugar para o comuninador. - Estamos com sol! Ele sabe melhor do que isso!

- Dylan....precisamos de mais resultados. Você sabe disso. Temos pressa.

A mulher já começava a discar o número do comunicador.

- Não hoje. Não com esse clima. - Ela falou séria. - Se ele queria bater meu recorde podia muito bem ter me chamado para ir junto com ele. Prepare sua maleta, fique lá embaixo com a equipe, eu vou tirar ele de lá.

E o comunicador começou a tocar na mão de Dylan.

- Dylan...

- Vá, Bruce! - Ela falou séria. - E chame Spencer pra mim, eu preciso de ajuda aqui na sala. Ainda mais se Curtis descer mal.

O rosto de Bruce se fechou, claramente, com um olhar cruel e de poucos amigos. E Dylan percebeu o medo nos olhos dele.

- Bruce... onde está Spencer?

- Ela disse que você não ia subir no Ponte hoje... que tinha autorizado, mas preferia não ver... eu achei estranho, porque até ontem nós não sabíamos que Curtis iria, mas eu não achei que ela...

O sangue saiu do rosto de Dylan.

- Você deixou uma menina de 18 anos, sem experiência alguma, subir?

- Ela disse que você tinha autorizado. - Ele argumentou.

Dylan chamou o comunicador de novo.

- Curtis. Curtis, atenda, câmbio. - Ela falou depressa, sem sangue algum no rosto. - Curtis, aqui é a Dylan, câmbio.

- Dylan. - A voz entrecortada veio em meio a estática.

- Curtis? - Ela perguntou nervosa. - Curtis, Spencer está com você? Câmbio.

Ponte para lugar nenhumOnde histórias criam vida. Descubra agora