Já havia chego em casa a alguns minutos, quando eu escuto meu celular apitar. O pego e vejo uma mensagem de Jace:
Jace
Ei
Preciso falar com você
Venha para o parque
Você sabe qual lugarDesligo o celular e levanto da cama. Coloco meu tênis, o qual estava jogado no canto do quarto já que o atirei para um canto assim que entrei no quarto.
Fui até o quarto da minha mãe, para a avisar que eu iria sair. Abri a porta e senti meu coração se quebrar. Ela estava deitada, embaixo de cobertas, contorcendo-se de dor, tão pequena e vulnerável.
-Ah, mãe.- suspirei e a abracei.- A senhora precisa ir ver um médico.- ela não respondeu, apenas resmungou.
Peguei meu celular rapidamente e respondi Jace:
Jace
Jace, não posso ir
Minha mãe esta doente
Tenho que cuidar delaVocês estão em casa?
Sim
Vou aí te ajudar então
Eu vi hoje como você está sobrecarregada
Também precisa de um descanso.Não precisa...
Precisa sim!
Eu quero te ver bem.Obrigada, Jace
Suspiro aliviada, eu quero ficar aqui com a minha mãe, e ao mesmo tempo... eu quero ver Jace.
Um tempo depois, escuto a campainha e corro para atender. Já estava de noite e eu já havia colocado meu pijama, não ligo se Jace vai me ver de pijama. Eu to na minha casa! Eu abro a porta, o loiro estava parado ali na frente, com as mãos no bolso de sua calça jeans, uma camiseta branca e uma bela jaqueta de couro preta, que ressaltava seus olhos e cabelos dourados.
-Oi, ruivinha.- falou ele.- Belo pijama.
Olhei para baixo, não tinha me tocado que o short estava mais curto. Corei e o puxei um pouco para baixo.
-Como está sua mãe?- continuou.
-Mal.- respondi abaixando a cabeça.- Ela está na cama agora.- nós nos encaramos por alguns segundos, e logo eu falei novamente.- Eu vou fazer uma sopa ou algo assim para ela comer.
Jace tirou sua jaqueta e a colocou no cabide, ao lado da porta. Ele se aproximou de mim e abraçou-me. De início, fiquei confusa, mas logo cedi. Os braços fortes dele me envolviam, e senti um beijo em minha testa, antes dele soltar-me.
-Eu te ajudo a preparar a sopa.
•••
No fim das contas, eu realmente não sabia fazer canja, mas pelo visto, o garoto ao meu lado sabia. Fiquei sentada no balcão, vendo ele preparar a comida. Estávamos conversando sobre alguns assuntos, até que me veio em mente que ele queria me dizer algo, mais cedo.
-Jace.- chamei, ele olhou para mim e apoiou-se de costas na bancada.- O que você queria me dizer mais cedo?- vi ele corar rapidamente.
-Sua mãe está mal.. não quero te encher.- passou as mãos no cabelo, envergonhado.
-Vamos.- insisti- Diga-me.- ele respirou fundo.
-Eu queria conversar sobre nós.- virou-se novamente para o fogão.
-Jace...- ia dizer mas ele me interrompe.
-Não precisamos falar sobre isso agora.
Um silêncio se estabeleceu no local. Logo, Jace desliga o fogo e pergunta aonde estão os pratos. Apontei para a prateleira correta e ele os pegou. Estranhei que ele pegou dois pratos e deixou um em minha frente.
-Eu não vou comer.- disse afastando o prato cheio de sopa, enquanto ele saia da cozinha para levar até minha mãe.
Quando ele voltou, sentou-se ao meu lado e aproximou o prato para mim novamente.
-Não estou com fome, Jace.- repeti.
-Voce tem que comer algo,- deitou um olhar preocupado sobre mim.- caso contrário ficará doente.
-O foco é a minha mãe, Jace.- abaixei os olhos.
-Não vai conseguir cuidar dela se você ficar doente também.- disse deixando uma colher sobre meu prato.- Come.
Respirei fundo e peguei a maldita colher. Percebi que ele me observava enquanto eu comia a sopa, que de fato estava muito boa, mas eu não admitiria aquilo. Seus olhos estavam tão fixados em cada movimento meu, que senti minha pele esquentar conforme seu olhar passava por mim. Sabia que estava corando, mas tentei ignorar isso ao máximo.
-Viu?- falou ele depois de alguns minutos em silêncio.- Não foi de tão ruim.
-Talvez não.- respondi enquanto levantava-me para levar o prato na pia.
Fiquei parada ali por um tempo, sentindo meus olhos arderem ao se fecharem. Sentia o olhar dele sobre mim, não queria virar-me e o encarar. Sabia também que não era apenas um olhar, era aquele olhar profundo como o mar; nunca sabemos exatamente o que realmente tem nele.
-Clary? Você está bem?- ouvi sua voz falar baixa, ficando rouca.- eu respirei fundo, sentindo os meus pulmões encherem.
-Eu estou pronta para falar com você sobre nós.- disse olhando agora para ele. Vi sua expressão mudar de calma para espantada.
-Certeza?- perguntou e eu assenti, sendo ao seu lado.
-Agora diga-me,- falei focando meus olhos nos dele.- sobre o que exatamente de nós, você quer falar?
-O que nós somos, anjo?- perguntou olhando para baixo.- Nós ficamos, mas não saímos disso.
-Eu também não sei, Jace...- sinto minha garganta falhar, eu preciso dizer isso a ele por mais que vá doer.- Eu não estou pronta para um relacionamento.- vi uma certa expressão de espanto em seu rosto por alguns segundos.
-Não?- perguntou retoricamente.- Eu achava que...
-Tem muito que você não sabe.- interrompi.- Eu tenho um passado que me deixou um pouco.. traumatizada.- olhei de soslaio para a foto de Sebastian que eu tinha na sala, meu olhar foi acompanhado pelo de Jace, que pareceu triste.
-Quem é?- perguntou.
-Meu ex... não sei se já te disse sobre ele. O nome dele era Sebastian Verlac, morreu em um acidente de carro que eu causei.- olhei para baixo.
-Você causou?
-Eu o fiz entrar no carro... não deveria ter pedido.- meus olhos agora, cheios de lágrimas, repousavam sobre a foto. Jace levantou-se e caminhou até o porta retrato.
Vi em seu olhar passar um fantasma. Em segundos, a pele do Herondale ficou tão branca quanto neve, engolindo seco e virando para mim.
-Fray, eu não quero te assustar nem nada..- ele finalmente tirou os olhos da foto e virou para mim- eu juro que vi um cara igualzinho a ele hoje na escola.
•••
Não desistam de mim.Gente, esse ano passou rápido demais, faz meses que nós posto nada, nem percebi que fazia tanto tempo assim.
Prometo que vou tentar ser mais ativa a partir de agr.Amo vcs
Bjos da mlr Herondale 🖤
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The Guy Next Door
FanfictionClary sempre teve uma certa paixão pela música. Seu vizinho, o qual não conhecia, tocava guitarra todas as tardes, despertando cada vez mais interesse em Clarissa para se abrir musicalmente.