•3• Florestas

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Mais uma semana se passa. Finalmente é sexta e finalmente estou em casa após a escola. Tenho algumas tarefas de casa para fazer. Mas confesso que hoje em especial, não vou fazê-las. Estava pensando em fazer algo... diferente.

Eu parei de falar com meu vizinho dês daquele dia e nem me importo também. Claro, ele não parou de perturbar meus fins de tarde com a guitarra, inclusive, está tocando agora.

Como estou no puro tédio, decido que vou dar uma volta na rua. Nunca andei pela trilha que tem na floresta perto aqui de casa. Seria uma ótima opção para me livrar de todo o peso dessa semana.

Levanto-me da cama e coloco uma regata, uma legging e um tênis de corrida. Prendo meu cabelo em um rabo-de-cavalo alto e pego meu fone de ouvido, conectando-o no meu celular.

Saio de casa e começo a andar em direção ao bosque. Mesmo de longe ainda consigo escutar o som da guitarra. Aquele garoto é insuportável, pelo Anjo!

Ao chegar na trilha, o sol estava passando pelas pequenas frestas das folhas das árvores, vindo sobre mim. O caminho era marcado por pedras, além de ser a única parte de terra, sem grama, então eu começo a segui-lo.

Já passou cerca de 1 hora que estou andando... o fim da trilha está literalmente no cu do mundo. Não faço a mínima ideia de aonde eu estou. Okay, admito que não conheço muito bem a vizinhança, mas eu nunca vi a rua onde eu estou. Pensei em voltar pela trilha, mas então lembro que tinham varios caminhos alternativos e eu não consigo lembrar exatamente por onde eu fui. Merda.

Eu fico parada no meio de uma ciclovia tentando identificar onde estou. Até que avisto um garoto, que estava correndo para ao meu lado. Ele era moreno, com os olhos claros, além de ser alto. Ele tira o fone que estava no ouvido e olha pra mim.

-Perdida?- pergunta.

-Um pouco...- respondo constrangida.

-Bom, para onde você quer ir?- ele pergunta, eu dou um olhar de receio sobre ele e então o garoto ri.- Eu conheço bem as ruas, então eu só quero te ajudar. Aliás, meu nome é Alexander, mas pode me chamar de Alec.

-Clarissa, e eu não sei aonde eu estou exatamente... eu tava andando na trilha e acabei me perdendo.

-Ah, outra pessoa perdida na trilha.- ele olha para dentro da mata- Nunca entre aí sem ter alguém que conheça bem. Você sabe que essa floresta fica no meio da cidade, né? Os caminhos vão para todos os lugares.

-Eu não sabia disso....

-Eu estou indo para casa de um amigo meu, eu ia usar a trilha, eu ando por ela quase todo dia... quer ajuda?

-Eu gostaria, mas infelizmente não faço a mínima ideia do caminho que eu vim.

-Você pode ir para outro lugar então, tipo algum shopping ou algo assim, aí você consegue se localizar.

-Na verdade... perto da minha casa tem uma padaria, é a padaria dos Verlac... conhece?- pergunto receosa, já que não ia para lá desde.....

-Aliás eu estou indo para um lugar próximo.- ele vira para a entrada da mata.- Vamos?

-Vamos.- eu o sigo.

•••

Eu cheguei em casa faz um tempo já. Após o tal do Alec me trazer até a padaria, ele foi embora. Liguei para minha mãe me buscar, como a mesma não podia, quem veio foi meu pai. Eu não consegui se quer entrar lá, já que me traz lembranças... não ruins, muito pelo contrário, são boas, mas pelo fato que nunca mais iram acontecer, isso as transforma em dor.Eu consegui ver Jessy Verlac atendendo algumas pessoas que sentavam na bancada.

Sento-me perto da janela, observando a do vizinho. Quando eu encontro um rosto extremamente familiar. Alec. Olho mais algumas vezes para ter certeza que é ele.

O que ele estaria fazendo na casa do meu vizinho? Não faz sentido... a não ser que ele seja o meu vizinho! Espera, eu jurava que ele era loiro.

Meu celular vibra na cama, tirando-me dos meus devaneios. Eu o pego, vendo a mensagem de Simon.

Lewis

Fray, ta em casa?

Aonde mais estaria, peste?

Em alguma festa do Jonathan, sei lá.

Simon, você me conhece 🙄

Pessoas mudam, Fray.

Eu não.
Eu sou acomodada, você sabe.
Tudo fora da minha zona de conforto me irrita .

Quem disse que sua zona de conforto não muda?

Simon, foco!
O que você queria me falar?

Ah, claro, mudando de assunto como sempre.
Mas enfim, o que eu queria falar era que a Izzy me convidou para uma festa, a qual será no restaurante que você canta.

Eu soube dessa festa, mas o Sr. Carstairs falou que caso eu não quisesse ir, não era necessário.

E você vai.
Comigo e com a Izzy.
E com o irmão da Izzy também... cá entre nós, ele é meio ciumento.
Chega a dar medo.

Simon, não.

Simon, sim.
Passo pra te pegar as oito.
Esteja pronta.

Eu te odeio, Lewis.

Você me ama ❤️

Mensagem off

Bufo ao ver a última mensagem de Simon, tão convencido. Pelo que bem o conheço, ele não vai decidir até eu ceder, então é mais fácil aceitar logo. Sempre foi assim, desde que me conheço por gente, sou amiga de Simon, então sei os truques dele; como por exemplo, o dia em que eu simplesmente não queria ir para o acampamento da escola, á 2 anos atrás. Ele me infernizou por 3 semanas para que eu fosse... no fim das contas eu acabei indo.

Atiro-me na cama, caindo com o rosto virado para o travesseiro. Estou morta de cansaço, além de ter me perdido na floresta hoje, durante a manhã, na escola, o coordenador, Aldertree, fez questão de me chamar para sua sala na frente da escola toda. O por quê? Bom, pelo simples motivo de eu ter utilizado a sala de musica sem permissão dele, e sim do professor de música.

Eu não estou nem um pouco disposta para festas. Muito menos para problemas do Simon. Dou uma última olhada pela janela, e não tem mais nenhuma pessoa no quarto do vizinho. Acho estranho, já que a segundos atrás eu havia o visto.

Então eu me levanto e começo a me arrumar, já que eu sei que está festa tem que ter pelo menos uma coisa boa, que é, eu bonita e talvez me apresentando.

•••
Ha ha ha ha pessoal, nem faz 100 mil anos que eu não posto....

Gente me perdoem, eu to trabalhando em outro livro que não é de TMI, mas mesmo assim vai ser muito legal (eu espero).

Bjos da mlr Herondale 🖤

The Guy Next Door Onde histórias criam vida. Descubra agora