Tour life

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Um novo dia, uma nova cidade onde os meninos se apresentariam. A rotina era quase sempre a mesma: chegar, conhecer o lugar, passar o som, bagunçar por aí, comer muito, dançar no camarim, tomar banho e começar o show; depois do show, mais um banho, comer, bagunçar até a hora de dormir e acordar em outro lugar. Os dias pareciam passar muito mais rápido dessa forma, como se o mundo tivesse acelerado sua rotação.

Após meu banho, voltei para o camarim e encontrei Reece com uma fita em mãos na porta.

— O que está aprontando, Bibby? — Franzi o cenho enquanto me aproximava dele. Ele sorriu sapeca e colocou uma fita sobre o nome The Vamps na porta, deixando apenas New Hope Club.

— Muito melhor, não acha? — Ele brincou enquanto ríamos. — Não conte nada, deixe que vejam sozinhos.

— Seu segredo está seguro comigo. — Entramos juntos no camarim, encontrando todos dançando de forma estranha com uma música muito alta. Reece rapidamente se juntou a eles enquanto eu ria. Alcancei minha câmera, registrando o momento descontraído.

— Vem, Bia! — Tristan me chamou e eu neguei com a cabeça.

— Estou bem aqui, obrigada.

— Ela não sabe dançar... — James me desafiou com um sorriso brincalhão nos lábios.

— Uhh... Eu não deixava. Mostra pra ele, Bia! — Connor me incentivou.

— Bia, Bia, Bia! — Blake puxou e os outros acompanharam. Eu não podia negar um momento como esses então deixei minha câmera sobre uma mesa que havia ali e me aproximei deles, deixando a música tomar conta de mim e o ritmo guiar meus movimentos.

— Nada mal.— James brincou, me fazendo mostrar a língua para ele enquanto dançávamos. Ele começou a imitar meus movimentos, tirando risos altos de mim e me mantendo animada para continuar a dançar com eles.

Logo Dance with me tonight do The Wonders começou a tocar, me fazendo sorrir, eu amava essa música e a vontade de dançar que ela me trazia. Blake surgiu perto de mim, fazendo um gesto cavalheiro e me convidando para uma dança.

— Dança comigo essa noite? — Ele sorriu de canto, brincando com o título da música e eu concordei com a cabeça, já segurando sua mão. Começamos com o twist, o passo mãos clássico dos anos 60 que consiste em girar sobre os pés, movendo para frente e para trás. Às vezes, as pernas podem ser levantadas mas, geralmente, há muito contato dos pés com o chão. Blake segurou minha mão, me fazendo girar e me puxou para si e me deitou nos seus braços quando a música acabou, arrancando palmas dos outros. Ficamos um tempo parados assim enquanto ele me olhava e sorríamos, algumas vezes notei que ele olhava minha boca, querendo se aproximar, mas eu não deixaria, Brad estava no mesmo cômodo e seria estranho. Soltei um pigarro, acordando ele do que estava pensando e voltamos a posição normal.

— Isso foi demais, Blake!

— Sempre um prazer dançar com você músicas dos anos dourados. — Ele piscou e sorriu. Eu sempre me divertia quando compartilhávamos esses momentos e nosso gosto pelo rock desse período. Aposto que se fôssemos um casal e morássemos juntos, dançaríamos esses clássicos todos os dias em qualquer cômodo e momento, correndo o risco de queimar o jantar mas ainda assim morrer de rir. Definitivamente posso me ver assim.

Fui acordada dos meus pensamentos quando uma pessoa da equipe entrou, chamando os meninos da NHC para o palco em alguns minutos, era minha hora de ir também e fazer meu trabalho. Antes de entrarem no palco, Blake me puxou para um canto escuro e me fez rir assim que me deixou contra a parede.

— Enlouqueceu?

— Pensei que pudesse ganhar um beijo da sorte, sabe? — Ele sorriu, roçando os lábios suavemente nos meus. Sem responder nada, selei meus lábios nos dele, iniciando um beijo calmo. Deslizei minha mão para o cabelo dele, acariciando devagar enquanto sentia as mãos dele passeando pelo meu corpo até chegar na minha cintura onde apertou suavemente, me fazendo suspirar baixo. Ele apertou o corpo no meu, me pressionando mais na parede enquanto o ritmo do beijo se intensificava, minha língua brincava com a dele e meus dedos passeavam pelo cabelo macio, puxando levemente algumas vezes.

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