Quando acordou, Will percebeu que sua mãe lhe segurava firme sua mão. Em seu quarto estavam Danny e Chinaski. Ambos fumavam friamente como quem fossem apenas parte da platéia. Zonzo Will não entendia tal situação.
- Graças a Deus meu fii acordou, suspirou a mãe aliviada.
- Por quanto tempo dormi? Perguntou Will.
Nesse momento, Chinaski deu um profundo trago e fez três círculos perfeito, no ar, com a fumaça do cigarro. Aproximou-se da cama onde Will estava deitado e disse.
- Precisamente três notáveis e tortuosos dias, falou naturalmente.
- Puta que pariu! Respondeu Will ao vento e perplexo.
- Olhe, vou sair, mas depois quero ter um papo sério com você, dona Maria Luzia.
Falou a mãe enquanto saia do quarto.- Seja mais preciso quando quiser morrer.
Desdenhou Chinaski ironicamente.
- Não seja medíocre, imbecil.
Rebateu Danny.
Deu as costas, acendeu outro cigarro e ofereceu um cigarro ao Will que, de imediato, acendeu.
- Tenho que ir agora, melhoras, senhor otimista, não banque a bela adormecida de novo, disse sorrindo Chinaski. Will, o quase adormecido, não respondeu. Sozinho com Danny, parecia estar diante do juízo final. Quando tentou levantar da cama, quase caiu. Danny o amparou, pegou o celular, que estava descarregado e o colocou, então, para recarregar. Pediu tempo para tomar banho, depois comer e escovar os dentes. Danny concordou e esperou. Quando concluiu, Will pediu pra fazer uma ligação do celular. A garota, então, deu telefone para Will ligar.- Davi? Alô?
- Fala Will, tudo na paz?
- Posso passar agora ai na academia? Tô precisando comprar aquela parada.
- Vem agora, nesse comecinho de tarde o movimento aqui na academia é muito pouco.
- Ok, daqui a 20 minutos chego ai.
- No aguardo.Quando desligou, Danny lançou um terrivel olhar sobre Will, que se desconcertou, e perguntou se ela iria com ele. Aceitou sem nada falar, no fundo, sabia que ele tinha feito algum programa para pagar seus hormônios. Tinha nojo quando ele fazia isso, uma repulsa terrível. Apostaria sua vida como tinha dedo do Chinaski nisso. Ao chegarem, entraram em uma salinha administrativa da academia. Will deu o dinheiro e, logo, Davi fez a aplicação.
Voltaram pra casa. Ao se despedirem, Will suplicou a Danny que ficasse com ele; ela recusou e ele voltou sozinho para casa. Em seus olhos, havia o nojo de si e a raiva fez recorrer a Oscar. Ao chegar em casa, correu para o quarto, ligou o celular e, de imediato, o "wifi". Correu no privado e viu várias mensagens de Oscar. Aquelas juras de amor que o menino fazia alimentavam não só o ego, mas descongelava o iceberg que tornara seu coração. Apenas estranhou que Oscar lhe pediu o endereço. Teve a sensação de que ele estava a caminho de conhecê-lo."Mô, moro na rua Francisco Moreia 2215, por quê, mô? Por acaso você vai vir? Desculpa não ter falado com você, estava sem net...bjs bjs te amo,OW."
Deixou o celular pra concluir o carregamento. Foi comer mais um pouco. Horas depois, a mãe chegou com seu irmão. Will estava com medo da conversa que teria com a mãe. O seu irmão menor ligou a televisão e começou a assistir à programação infantil. A mulher foi em direção ao filho e o chamou para cozinha. Deu lhe um tapa no rosto e mandou-o sentar na cadeira da mesa de jantar. Will não teve reação e nada disse, mas sabia que coisa boa não vinha.
- Você esta proibido de morrer!!!
Disse a mulher que agora estava aos prantos. O garoto permaneceu calado mais também chorava.
- Você nunca mais mexa nos meus compridos. Vá pro seu quarto agora.Imaginara que seria um papo mais longo mais sua mãe parecia não ter forças pra conversar. Ligou o celular, hoje não sairia, decidiu ficar em casa junto à mãe. Estava triste, derrotado. Desejo enorme de conversar com seu menino, ele não estava online. Perguntava em seus monólogos se algum dia em sua vida o veria. Um colossal sentimento de culpa por não ter falando de sua transexualidade o fez ter medo de revelar toda uma verdade secreta que ocultava. Aparte desse sentimento de culpa, o fez decider que quando Oscar tivesse online contaria toda verdade. Embora estivesse corroído pela angústia, rogava a Deus que aquele namorado virtual após a tempestade da verdade ainda os fizesse ficar de pé. O erro de tal omissão o fazia tão mal como um veneno diário que fazia o acreditar que em qualquer momento o derrubaria. Um anjo triste veio perto de Will, o anjo triste era sua consciência. Já estava decido,falaria tudo, fez a entrega a Deus e esperou introspectivo Oscar ficar online.
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Dúbia
Short StoryOscar é um adolescente que mora em uma zona rural e não aceita sua homossexualidade por medo de seus pais. Através de Apps de relacionamento, conhece Will. Meses desde então a relação vira namoro. Virtualmente ambientado de juras e promessas de W...