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Por um momento Alice quis sair de baixo da cama.

Ela não levou esse plano a sério, e resolveu fazer perfeitamente o contrário, se encolheu ainda mais e deteve até mesmo a própria respiração para ficar num silêncio maior.

Escutou os passos deles contornando o quarto, derrubando objetos como se procurassem por alguma coisa, e então escutou passos voltando na direção da porta, Alice finalmente deixou-se respirar aliviada.

Pensou se os homens da casa haviam controlado a situação, imaginou-os procurando por ela, pedindo aos criados que eventualmente avisassem se a vissem andando pela propriedade ainda tentando se esconder.

Perguntou-se se Alice estava bem, talvez ela estivesse...

Repentinamente algo agarrou em sua canela.

A puxaram com tanta força que o corpo dela foi sendo arrastado pelo chão para fora de seu esconderijo debaixo daquela cama. Antes que ela saísse por completo um pedaço de seu vestido prendeu-se de baixo do pé da cama e impediu que ela fosse puxada para fora.

Uma outra mão agarrou a outra perna dela e a puxou com mais violência do que antes, rasgando o vestido e fazendo Alice gritar e espernear de medo.

Eles a puxaram para fora, um homem alto ergueu a garota como se exibisse um peixe que ele houvesse acabado de tirar da água. O vestido estava arrasado da cintura para baixo, que agora exibia suas pernas nuas e a parte inferior do espartilho, vestida por cima de uma pequena roupa de baixo que se parecia com um calção.

Ela tentou se soltar e eventualmente conseguiu, mas praticamente caiu de cabeça contra o chão, tombando de lado tonteada. Sua visão se turvou um pouco, mas viu um segundo homem apontando uma arma.

-Ela merece o mesmo destino que os outros. – Disse o Ikno armado com uma espingarda de cano duplo.

- Não sei não, até que ela é bonitinha. - Ele encarou o outro, como se procurasse desaprovação, quando não encontrou, ele ergueu a faca na direção de Alice. - A gente devesse era fazer com eles o que eles faziam com a gente... Se divertir um pouquinho.

- Primeira vez que você fala alguma coisa sensata. – O Ikno riu fazendo um som que apenas um idiota conseguiria. – Ei queridinha qual é o seu nome?

Alice rastejou para trás batendo as costas contra a cama. Ficou em silêncio, com o coração acelerado.

- Tudo bem, sem nomes então, você que sabe lindinha. – O Genghatt da faca sorriu para ela, chegando mais perto.

- Não... não me machuca. – Ela pediu, erguendo a mão em defensiva.

Ele agarrou-a pelo pulso apenas para impedir que ela lutasse contra o que ele pretendia fazer, posicionando a faca sob o decote e a descendo tentando ter precisão, Alice virou o rosto na direção da parede oposta, enquanto sabia que ele cortava o resto do vestido dela.

Por fim a faca terminou o corte na cintura dela, e ele agarrou os restos de pano com a mão, embolando-os e jogando para trás, ele então colocou a faca perto do pescoço dela, enquanto aproximava o próprio rosto do de Alice.

Ele a forçou a olhar para ele, e Alice fechou os olhos tentando afastar sua mente daquela situação enquanto o Genghatt colocou a boca intensamente contra a dela.

Quando ele se afastou, começou a abaixar a calça.

- Vocês damas das casas escravistas nunca admitem, mas vocês adoravam pegar os lutadores mais fortes e exigirem favores deles. – Ele riu, caçoando dela. – Isso aqui não é tão diferente não, relaxa, eu vou fazer você se sentir bem.

Profundezas EthéreasOnde histórias criam vida. Descubra agora