- Violetta, dá pra ir mais rápido? – Aldebarã pediu
Ele virou a arma contra a enorme nuvem de poeira e disparou mais uma vez, fazendo com que ela se dispersasse um pouco. Porém, ela não só retornou a forma anterior como também voltou a acelerar na direção do automóvel.
- Tá me dando uma desculpa pra ir mais rápido? – Violetta virou-se para olhar Aldebarã, e só então viu a nuvem de fumaça negra. – Oh, isso vai ser divertido.
- Tudo é divertido pra você. Acelera. – Aldebarã riu. Então virou-se para Alice e Nika.
- Campo Anti-magia. – Nika conseguiu falar.
- Campo Anti-magia? – Aldebarã repetiu.
- O que significa? – Alice perguntou.
- Uma área feita pra anular outros efeitos mágicos. – Aldebarã pensou. – Quer dizer que vamos passar por um?
Alice fez uma careta sem entender, quando repentinamente seu rosto deu um misto de horror. Aldebarã virou bruscamente o rosto, a nuvem de poeira agora se materializava na forma de um homem alto e esguio, tornando-se cada vez mais detalhado até novamente se tornar o homem mascarado, agora dentro do Automóvel, e erguendo um arco e flecha na direção de Aldebarã.
- Vai se ferrar. – Aldebarã disse, atirando no peito dele com a espingarda.
Os tiros atravessaram o corpo dele, tombando para trás quando sentiu o impacto do disparo, caindo de joelhos.
- Afinal de contas, que merda é você? – Aldebarã perguntou.
- Chamam ele de Demônio de Nekkro. – Alice respondeu.
- Eu gosto desse nome. – O mascarado riu. – Mas não estamos em Nekkro.
Aldebarã deu alguns passos para a frente, e colocou a mão no rosto dele para remover a máscara, mas quando encostou ela se desfez na mão dele. Na verdade todo o corpo dele se desfez, refazendo-se ao lado de Aldebarã para tentar investir com uma faca em seu ponto cego. A faca praticamente não o cortou, e Aldebarã virou-se para desferir um soco, errando por perto.
- Você é muito lento. – Ele falou. – Gosto de você.
O Demônio saltou para a frente, disparando no ar usando magia e deixando pra trás uma poeira negra. Aldebarã foi atingido nos olhos pela poeira e cambaleou para a frente cegado, caindo na pilha de armas com os olhos ardendo. Quando finalmente parou, ele vislumbrou o demônio de Nekkro erguendo uma espada feita de sombras, defendendo-se da espada que Violetta investia contra ele.
- Garota, sabe dirigir? – Violetta perguntou.
- Não mesmo. – Alice respondeu.
- Ótimo dia pra aprender, assume o volante. – Ela ordenou.
Ela investiu contra o Demônio, mas ele defletiu o ataque com a própria lâmina de sombras, começando um duelo acirrado, os dois eram muito bons e defendiam e atacavam com uma graça impressionante.
- Aldebarã! – Violetta gritou.
Ele olhou para as armas, três sabres guardados, quatro braços. Pegou as armas e as jogou na direção de Violetta, que os agarrou no meio do ar e se pôs em posição de combate, erguendo-se imponente por cima do automóvel com uma espada em cada uma dos quatro braços, frente a frente com o demônio de Nekkro.
- Vêm então "Demônio". – Ela disse.
O Demônio abriu a mão livre e uma segunda espada surgiu na mão dele através da própria sombra que ele parecia manipular, ele riu enquanto investiu na direção dela, caminhando por cima das armas.
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Profundezas Ethéreas
FantasíaNika quase sempre foi uma escrava, vivendo num submundo repulsivo de crime e violência ela viu a própria mãe morrer e foi obrigada a lutar em ringue por toda a adolescência, sem perspectiva de fuga. Mas em uma discussão política duas grandes nações...