CAP. VI - 4 DA MANHÃ EU METO O PÉ.

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03:26 DA MANHÃ DE QUINTA FEIRA
Gabi aceita o pedido manhoso de Carol e se deita ao lado dela. O calor entre os corpos já era velho conhecido e a tensão sexual permeava o pensamento de ambas.
- Gábi... ó, venha, deite mais pertinho de mim. Tô com frio.
-Peixinho , por que você ta fazendo isso comigo? Me provocando desse jeito.
- Venha logo, ande.
Então Gabriela deita bem perto de Carolina, que encaixa sua perna esquerda no meio das pernas da grandona e joga seus braços para a direita, abraçando-a por cima do peito.
-Gábi... posso te falar uma coisa? – Peixinho fala baixinho, perto da orelha de Gabriela, que já estava em ponto de ebulição, sentindo a perna da pequena roçando no meio das suas pernas.
- Fala, baêa. – É quase uma suplica.
- Tô com vontade de você, ó. – ela diz, sem rodeios.
-Você tá bêbada, Peixinho. Amanhã você volta a me iludir... mas sã, por favor.
- Oxê, Gábi... tô falando sério. Tô querendo tanto você, pretinha.
Nesse momento, Gabriela sente seus seios ficando convidativos e loucos para começar a brincadeira. – Queria mesmo era beijar tua boca, sabe? E depois morder teu pescoço, teus seios – e tocou de leve nos seios de Gabi, deixando os bicos ainda mais duros do que já estavam, de tanto tesão. – Deixa, Gábi... deixa eu brincar com eles na minha boca. Só um pouquinho. O que te custa saciar minha vontade?

POV – Gabriela.
O que custa, Peixinho?! Milhões de pessoas assistindo essa droga agora, conseguem ver minha cara de tesão e o tanto que estou me reprimindo para respeitar você. É isso que custa. Custa que amanhã você vai acordar sem lembrar nada do que fez e do que disse, e eu vou ser a otária apaixonada.
-Peixinho, por favor, o Brasil ta vendo. Sua mãe tá vendo, pelo amor de Deus.
-Mas eu quero, eu quero agora. Deixe de graça que todo mundo transa, oxê. Não to fazendo nada errado, não. Você é a primeira mulher que me desperta essas coisas e eu quero aproveitar. Brasil!!!! Me perdoe por ser eu!!!! – Peixinho bota a mão por baixo da minha camiseta e eu endureço o corpo todo na hora. – Deixa eu provar pra ver se eu gosto, pretinha.
-Porra, Peixinho. Assim não vai dar. Você tá me tirando do sério, não quero perder o controle com você, não assim. Não desse jeito. Amanhã você não vai lembrar nada disso e eu não quero ser a ruim da história. – falei, com o ultimo pingo de controle emocional que tenho sobre meu corpo.
- Vai ser difícil esquecer a textura do seu seio na minha mão amanhã, Gábi. E o seu cheiro aqui pertinho de mim. – nesse momento, Peixinho crava o nariz em meu pescoço, respira fundo e expira devagar, assoprando minha pele já tão arrepiada, causando um espasmo involuntário por todo meu corpo. – Já sei teu cheiro de cor, eu quero é saber teu gosto, pretinha.
- Peixinho, por favor.... POR FAVOR... – digo, desesperada.
-Gabi...me fode...aqui...agora. – e subiu a perna pelo meu joelho, alcançando o zíper do meu shorts.
Essas palavras causaram uma explosão dentro de mim. Minha buceta não podia ficar mais molhada do que isso. Quase gozei só ouvindo essa mulher me pedindo pra foder ela.
-Peixinho, pelo amor de Deus, o Brasil todo tá escutando essas putarias gostosas que você ta me falando. – tentei manter a respiração normal, mas estava impossível. – Para, para de fazer isso. Eu te imploro.
Peixinho pega minha mão e coloca sobre seu seio direito, me olhando com uma cara convidativa. Se controla, Gabriela. Se controla! O Brasil tá vendo, ela tá bêbada, SE CONTROLA PORRA!
Foda-se!
Não!
Não foda-se!
Levanta dessa cama agora, Gabriela. Aqui é seu inconsciente e a gente ta mandando você levantar. LEVANTA-TE E ANDA!
Gabriela já estava perdida nas investidas de Carolina, que lambeu seu pescoço com a língua quente, fazendo sua pele ferver e implorar por mais. Gabi continuava estática, por mais que quisesse tudo aquilo, pensava nas palavras do Rodrigo, depois de Rizia e por último, pensava no amanhã. E amanhã, quando Carolina acordar? E depois de amanhã? E o Brasil? Gabriela tem medo de jogar por água abaixo todas as bandeiras que levanta, todas as causas pelas quais ela luta por uma transa com uma garota assumidamente hetero, bêbada e , muito, MUITO gostosa!

04:00 AM
Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, faz Isabella começar a passar mal. Gabriela levanta da cama como um gato, assustada, e agacha na beirada da cama de Bella.
-Bellinha, o que aconteceu? Vem, apoia em mim, vamos ao banheiro.
-EI, GÁBI, VAI A ONDE? EI! – Carol protesta, gritando.
-Vou ajudar tua amiga, e você vai voltar a dormir.
- AH É, É? ENTÃO VÁ. SÓ NÃO VOLTE, VIU? VOLTE NÃO. – diz, deitando novamente na cama e cobrindo o rosto com o edredom.

POV – Gabriela.

Deus, eu sabia que você existia. Você é Brasileiro e defensor das lésbicas oprimidas. Eu estava quase cantando MESTRE, EU PRECISO DE UM MILAGRE, TRANSFORMA MINHA VIDA, MEU ESTADO.... eu nem sei como eu estou aguentando ficar de pé. Minhas pernas tremem tanto! Quem olha Carolina sã jamais imaginaria do que ela é capaz. Nem mesmo eu. Pensei que ela fosse capotar, mas ainda encontrou forças para fazer o que fez comigo.... e eu....eu gostei. Não vou mentir. Tô aqui segurando os cabelos da Bella pra ela chamar o Juca, e mesmo assim, ainda sinto minha pele enrijecendo cada vez que lembro o toque macio daquela maluca.
- DESCULPA, BRASIL. – grita Bella, mais pra lá do que pra cá.
-Me desculpa também, Brasil. Eu também! – digo, envergonhada. Mal consigo olhar para as câmeras sem me sentir a pior pessoa do mundo.
Aquela língua quente passeando no meu pescoço, sem que eu pudesse retribuir. Minha vontade era dominar aquela menina, botar ela por baixo de mim e beijar cada milímetro daquela pele bronzeada e exposta. Ah, Peixa! Por que caralhos eu tinha que estar tão afim de você?! Logo a hetero topzera crossfitera
do role?!
- Melhorou, Bella? Vem, lava o rosto da pia. – Isabella me tira dos devaneios que eu estou e me faz ter mais responsabilidade.
- Gabizinha, eu tô bem, eu tô ótima. Pega um remedinho pra dor de cabeça na dispensa pra mim?
-Claro, meu amor. Vou pegar água na cozinha para você engolir o comprimido.
-Você é tão amorzinho! Agora eu entendo porque a Carolzinha tá afim de você.

OI? Sério, dizem que bêbados e crianças não mentem, mas nessa ocasião, posso refutar as duas afirmativas: minha irmã mentia muito quando criança e Bella e Carolina mentem bêbadas.


Elas voltam para o quarto e Gabriela bota Isabella na cama, cobre-a e deposita um beijo na sua testa. Ela é realmente um anjo perfeito, 0 defeitos. Carolina olha de canto de olho a toda movimentação no quarto, eram 4:36 da matina e ela ainda não havia dormido, mesmo com o efeito dos litros de álcool que ela tomou. Era muito calor.

POV – Carolina.
Eu queria entender o que é que eu fiz de errado pra essa mulher não se entregar pra mim e estar ali, beijando a testa de Bella. Oxê, eu aqui, toda me querendo e Gabriela sai assim da cama, sem mais nem menos. Eu bebi demais, é verdade, mas o desejo é real. Acho que eu não teria coragem de outro jeito. O arrependimento tá começando a querer bater, mas quando lembro a textura do seio de Gabi na minha mão, começo a tremer de novo, a sentir um calor que vem do pé a cabeça, uma vontade de sentar na cara dela, sem piedade. Ainda bem que os microfones e câmeras dessa casa não conseguem captar e filmar pensamentos. Tive os mais impróprios e impuros nos últimos minutos. Desculpe pela cena de hoje, mainha. Mas eu acho, ACHO, que to interessada por uma mulher em rede nacional. Penso o tempo todo no que vocês aí fora vão pensar de mim, penso em minha família e até no condenado do meu ex-noivo. Não que eu o queira, longe de mim, mas imagine só a cara desse puto vendo essas cenas. Eu acho é pouco, viu? Queria chamar Gabriela de volta pra cá, mas já não tenho tanta coragem predisposta pelo álcool. Não estou mais tão bêbada a ponto de esquecer que existe vida atrás desses muros aqui. Chega. Se não foi hoje, não vai ser nunca mais e tá decidido.

-Boa noite, Peixa. Deixei água aí do lado da sua cama e um remedinho. – Gabi beija minha testa e me faz um carinho no cabelo.

Tá, eu não tô mais tão decidida assim. 

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