A tensão era plena um dia antes da eliminação. Hoje tinha festa, Gabriela e Carolina estavam querendo esquecer, pelo menos por essa noite, tudo que estão passando. O álcool sempre é um integrante importante nesses momentos.
Depois da declaração de Carol, no dia anterior, todos ficaram sem entender se ela queria afrontar Rodrigo ou se queria dizer para Gabriela ficar sabendo. Na verdade, foi um pouco dos dois e um pouco de falta de noção do que estava fazendo.POV – Carolina
- É isso, Gabriela, é isso aí que você ouviu que eu não sou mulher de voltar atrás não, viu. Oxê. E aí, Rodrigo, era o que você queria escutar,nera não? Pois então escute: Tô aqui sendo eu. Se eu sentir, eu digo que sinto. Se não sentir, não finjo. Não preciso me esconder, lá fora tem uma família que me ama, e se o Brasil não me entender, não me quiser, tudo bem , mas o importante é que eu sou leal com meus sentimentos,viu? E não to usando ninguém, não. Cansei dessa tua onda pra cima de mim, papai. Se saia comigo, senão o negócio vai ficar é muito feio.
- Vem, Peixinho. Vamos sair daqui. – Bella me puxa e eu vou, um pouco atordoada por tudo que falei, sem acreditar na coragem que tive e nem sei de onde tirei. – E você, Gabriela, faça o que achar melhor com o que eu disse. Pelo menos agora você sabe que eu não sou o que esse rapaz aí tá falando não, véi. E se você acreditou, não me conhece o suficiente ainda. Mas to aberta, viu? Venha.POV – Gabriela
- Peixa, depois a gente conversa. Agora não é hora. Leva ela, Bellinha. – digo e elas saem.
- Tu é lerda mesmo, bichinha, tá louco. – Rizia diz. – Ela se declarou véi, na frente das câmeras, sem pensar em nada , sem medir palavras. Não tem como pensar em cenas assim, bicha. Ela realmente tá falando a verdade.
-Não está, não. As pessoas vão longe só para conseguir o que querem. – Rodrigo retruca.
Não acredito muito no que ele esta dizendo, mas não tenho cabeça. Eu tô no paredão com alguém que eu não queria estar. Só quero que essa noite acabe logo.O dia raiou e estava tudo mais calmo. Gabriela e Carolina não trocaram uma palavra, mas ambas sabiam que na festa, o contato seria inevitável após a ação do álcool, deixando-as mais desinibidas.
A festa é temática no estilo das brincadeiras de infância: policia e ladrão. Gabriela estava vestida de policia e Carol era uma bandida muito chique, capaz de passar o golpe em qualquer um e ainda fazer a pessoa pedir desculpa por ser roubada. Muita caipirinha, Carolina fazia drinks como ninguém e embebedava todos com suas misturas loucas, regadas a vodka e fruta fresca. Existe no cenário que montaram para festa, uma espécie de gaiola parecida com uma prisão. Não demora muito, as brincadeiras começam a surgir naquele entorno.
- Ei, me prenda aqui, 'sua poliça'. Ei, eu roubei, eu sou uma ladra muitíssimo perigosa. – Carol falava, já com a língua embolada.
- Ah é? E qual seu crime, senhora? - Gabi diz, com um sorrisinho sexy.
- Eu roubei, viu? Roubei mesmo. – Carol diz. Embriagada? Sim. Sexy? Também.
- Roubou o quê?
- Seu coração. – Carol aponta para o lado direito do peito de Gabriela.
Gabi não aguenta e ri.
- Senhora, o coração não fica desse lado. – não consegue parar de rir- A pena máxima que posso te aplicar é te prender uns minutinhos nessa cela comigo. Quer?
A frase fez o corpo todo de Carolina arrepiar. Ela entra dentro da cela improvisada e juntas as mãos na frente do corpo.
- Oxê, não vai me algemar não, policial? Achei que você fosse me algemar. - diz Carol, provocando.
- E precisa? Você já está presa aqui comigo. Vai tentar escapar, é? – Gabriela segura as mãos de Carol em cima da cabeça da pequena, como quem gruda uma pessoa na parede. – Eu to perguntando, então você responde. É assim que funciona. – Gabi entrou no personagem e suas palavras exalavam sensualidade e dominação. – Vai?
- Oxê, vou não. Eu não quero desafiar uma autoridade...Nem tem outro lugar que eu gostaria de estar agora. Pode castigar, vai. Eu mereço, eu sou uma ladra. – Disse, desafiando sua "algoz". – Ou essa policial aí fala muito e nada faz? Eu quero é ver se vo...
Gabriela não deixa nem ela terminar a frase e a vira de costas, trazendo seus braços presos para trás. Então encosta seu quadril mais perto da bunda da menor, e susurra em seu ouvido:
- Será que é uma boa ideia responder uma autoridade dessa forma? Eu acho que não. E só por isso, não vou te dar o que você quer. Seja uma boa menina na próxima. Você tava muito perto de conseguir o que me pediu na primeira festa, com essa mesma voz molinha. "Me fode". Pensa que eu esqueci? E sei que você também não esqueceu. – Gabi diz, bem próximo ao ouvido de Peixinho. A pequena está tão excitada que suas pernas pensam em fraquejar um milhão de vezes. É muito provável que sua calcinha esteja inutilizável após essa cena. Antes de soltar Peixinho dessa terrível prisão, Gabi lambe sua orelha com voracidade, respira ofegante deixando que Peixinho solte um gemido contido:
-Ahhh, Gabi. Deixa eu te tocar, vá. Eu to pedindo direitinho. – suplica a menor.
- Quem sabe mais tarde. Sabe, esse paredão entre eu e você me faz pensar que talvez a gente não divida mais esses momentos. Já que você passa a maior parte do tempo me provocando, dançando pra mim, encostando essa bunda gostosa nas minhas pernas, acho que você merece sentir na pele o que é olhar e não poder ter. Ou até pior: o que é sentir tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Consegue sentir o calor que sai do meu corpo, aqui nas suas costas, não consegue? Você me deixa com tesão, Peixinho. Um tesão descontrolado! Estou toda molhada, melada, só de sentir você assim, vulnerável, roçando essa bunda gostosa em mim. Consegue sentir o calor da minha buceta bem aqui, ó? – Gabriela fricciona seu quadril em direção a bunda da menor. – Carolina joga a bunda pra trás, aumentando ainda mais o atrito entre as duas. – Consegue, né? Eu percebi. Boa garota!
- Essa brincadeira aí já deu, hein? Já deu! – Rodrigo diz, cortando o barato. Sempre ele!
- Mais tarde tem mais, Carolzita. Mais tarde tem mais. – Gabriela solta Carolina, que sai dali sem saber de onde tirou forças. Queria virar e beijar a boca de Gabriela, com toda a vontade reprimida em si, mas sabia que o momento não era oportuno. Praticamente a festa toda parou com elas ali, pois a tensão sexual era perceptível para todos. Carolina sente o melado no meio de suas pernas e se pergunta por que é que não tentou isso antes. Jamais havia ficado dessa forma antes, com um homem. Não que não tivesse transas boas, mas não chegou nem perto de transar com Gabi e já estava praticamente gozando, se não fosse o falso manco atrapalhando o movimento. As duas estavam num ritmo gostoso, seus corpos se moviam como musica. Carolina sabia como aumentar o contato e fazia os movimentos com louvor. Elas se esqueceram de tudo naquele momento e quase se entregaram ali, sem escrúpulo nenhum , como duas ladras. Nesse jogo, não havia policia, não havia julgamento, só existia o desejo que,de tão grande, era aterrorizante. A química sexual entre as duas não é normal, elas não conseguem conter quando estão tão próximas assim, e por isso até havia todo esse distanciamento entre elas.
Carolina fez mais drinks e distribuiu para as pessoas que ainda sobravam na festa, quando começa a tocar um hip hop brasileiro, com uma pegada gostosa para se dançar junto. Gabriela conhecia a música, claro. Inclusive conhecia Djonga pessoalmente, que prometeu um feat quando ela estivesse fora da casa."O baile tava a uva, Don Juan no palco
É, eu me envolvendo com uma outra gata
Você chegou meio minha dona, eu estilo cachorro
E olhou assim como quem diz: ó, dá a pata
Mas coleira em pitbull, garota, é sacanagem
E se tu vem pro meu canil saca, nós se acasala
Me disse que tem pedigree
Mas me morde e me arranha
Impossível de adestrar esse amor vira-lata
Vai ser nós contra o mundo sempre
Contra toda caretice, de mãos dadas
Leal, eu quero ser leal
Enquanto nosso lance for real"
- Quer me botar uma coleira, né, Peixa? E eu quero ser leal, só pra você. – Gabi diz, já sem filtro, com o teor alcoólico maior do que a porcentagem de água que compõe seu corpo. – Companheirismo é discordar e ir pro corre junto, é viajar horas e não perder o assunto.. tipo aquilo: nem sei se ela vem mas vou guardar o assento. – Gabi recita, com o corpo já bem perto da pequena. – Adoro como você faz eu perder a noção de onde eu estou.
-Você causa o mesmo efeito em mim, e até pior, porque ainda não fiz nada porque você não deixou. Eu to pronta para assumir isso pro Brasil. Eu quero VOCÊ.
Nesse momento, Gabriela e Carolina trocam o primeiro selinho. Demorado, estalado. Gabriela puxa Peixinho mais perto e , desgrudando suas bocas, diz:
- Desculpa, Brasil. Mas no meu lugar, o que vocês fariam?
Nesse momento, elas dançam e brincam, descontraídas. Vivendo exatamente como deveriam viver aquele momento: sem medo.
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Na contramão.
FanficEssa é mais uma história #gafish? Não! Na verdade, esse é o BBB que todas nós, Alices, gostaríamos que tivesse sido. Nessa fic, vou usar tudo que aconteceu na casa mas que poderia ter sido abordado de forma diferente. Eu quero alimentar as Alices d...