Klaus
Budapeste, Hungria - 1896
A música soava pelo local como sinal de alegria e festa, com certeza mais um baile dos Mikaelson's em que eu teria que me vestir adequadamente e dançar com algumas damas que pretendem aplicar o golpe do baú e viver as minhas custas.
Ouvi alguém bater na porta.
- Pode entrar - falei desanimado.
- Olá meu filho, você está esplendoroso - disse minha mãe com um sorriso no rosto - Com certeza a filha da Lady Krutze vai ficar aos seus pés.
Ela me abraçou por trás e eu me desvencilhei do seu abraço.
- Eu não tenho interesse algum, naquela garota, não temos nada em comum - retruquei.
- Klaus Joseph Mikaelson, não interessa, felicidade não é o mais importante em relacionamentos - Esther disse irritada - A família dela é influente e tem poder por toda a Europa e nós como vampiros originais precisamos deles para criar nosso clã em segredo.
- Dominar o mundo é tão fácil... - sugeri - Podíamos hipnotizar todos e dizer que somos a raça superior.
- Isso soa cruel até para você, não somos os vilões, querido - ela disse acariciando meu cabelo - Agora se apresse que a Srta. Krutze e muitas outras garotas te esperam.
Quando estava saindo do quarto esbarrei com Kol.
- Olha por onde anda irmão - ele disse alterado, estava bêbado - Eu e minha presa estamos com pressa.
A garota sorriu, mal sabia ela que realmente seria uma presa.
Segui e parei sobre o alto da escada, observei a festa a procura de algo realmente interessante e não vi nada que chamasse minha atenção.
- Olá irmão, parece que a festa não está do seu gosto - ouvi Finn sussurrar no ouvido - Imaginei que estaria como Kol, deitando-se com mulheres da vida.
- Imaginei que você não julgaria as pessoas com quem se deitam, irmão - sussurrei de volta.
- Claro que não, preciso de sua ajuda com alguém - ele engoliu a saliva, sedento.
- Você, o irmão mais velho, precisando de ajuda? - perguntei sarcástico - Quem é a dama?
- É... é ele... - Finn respondeu nervoso.
Me virei e o encarei surpreso, nunca imaginaria que meu irmão se sentia atraído por homens e não me sinto capaz de julgá-lo, mas não sei se o mundo entenderia da mesma forma que eu. Sorri o abracei, precisava passar o sentimento de confiança.
- Quem é ele? - perguntei ainda sorrindo e me desfazendo do abraço.
Finn procurou na multidão e sorriu ao encontrar.
- Ali... - apontou - Mycheslaw Humbret.
Assim que o vi, sorri, no meio da multidão estava ele sentado e parecia entediado em uma festança daquelas; ele obviamente era inferior às pessoas que estavam ali, mas me arriscava em dizer que vale muito mais a pena que qualquer Lady naquele salão.
- Quer que eu faça o quê? - perguntei.
- Peça para ele me encontrar na estufa - Finn pediu - Eu sempre peço para que nos encontrarmos lá, então ele sabe onde é.
- Muito bem!- falei descendo a escadaria.
- Obrigado irmão - ouvi Finn agradecer.
Presente
- Não sei - respondi.
- Isso é... Isso é... essa foto é muito antiga - Damon disse sério - Quer dizer, não pode ser o Stiles, não é?
- Ou o Stiles não é o Stiles... - sugeriu.
- Faça sentido Klaus, por favor - Damon ainda estava sério.
- Por que está tão preocupado com se é ou não - perguntei desconfiado - Que eu saiba, desligar a humanidade inclui preocupação.
- Eu chamo de querer saber no que estou me metendo - ela anda até a porta - Eu desliguei minha humanidade, mas não sou idiota.
Damon sai da cabana.
Passado
Me aproximei e sentei de frente a ele, joguei o meu sorriso e quando estava prestes a falar, fui interrompido.
- Eu sei quem tu és - saiu da boca do garoto que ainda observava a dança - Eu conheço um irmão Mikaelson quando eu vejo um.
Seus olhos âmbares me encararam e de repente me senti preso, nos olhos deste.
- Então com certeza deve ser saber o motivo da minha graciosa presença - sorri provocativo.
- Diga para o infame do seu irmão que eu não pretendo encontrá-lo nunca mais - Myscheslaw disse irritado.
Levanto-me e estendo a mão.
- Me acompanhe e me explique a burrice que meu irmão cometeu - pedi.
- Não precisa fingir que se interessa - ele revirou os olhos - Sou apenas o filho do mercador, não é natural um homem se envolver com outro. Ainda mais quando um é da nobreza e outro da classe operária.
- Venha comigo, apenas lhe peço - encarei aqueles olhos.
Ele apenas assentiu e se levantou, me acompanhando. Saímos daquele lugar movimentado, para o exterior do grande casarão, onde estava um pouco frio e começamos andar.
- Acredito que o amor é natural independentemente de suas formas - comecei - Títulos e dinheiro deveria ser o que menos importa, para mim, o amor é única coisa que importa.
- Muito otimista da sua parte, mas amor não paga impostos e não põe comida na mesa - Mycheslaw respondeu impertinente.
Interrompi o caminho parando a sua frente.
- O amor faz com que façamos coisa inimagináveis - disparei - Não concorda?
O rosto d'ele ficou ruborizado como rosas-vermelhas.
- Como vou saber? - perguntou sorrindo - São coisas inimagináveis.
Eu queria beijá-lo, então me aproximei, passei meu nariz por toda sua extensão do pescoço e senti aquele cheiro gostoso de sua colônia. De repente me lembrei que Finn tem esse mesmo cheiro e me afastei, desnorteado.
- Então... - respirei de forma descontrolada - Qual foi mesmo a burrice que o meu irmão cometeu?
Mycheslaw parecia magoado e levemente irritado pelo recente acontecimento.
- Ele foi ao prostíbulo e se atracou com algumas prostitutas - disse sem nenhum interesse.
- Não parece ser um ato que meu irmão faria - comentei.
- Se ao menos outra pessoa tivesse me contado, mas eu vi com meus próprios olhos -Myscheslaw sorriu - Parece ser de sangue, se aproveitar dos meus momentos de fragilidade.
Tentei me aproximar, mas ele me afastou, segurei seus braços e selei nossos lábios. No começo ele recuou, mas gradualmente foi sedendo e a paixão daquele beijo foi se revelando.
Ouvimos o barulho de algo metálico sendo derrubado e nos afastamos, vi Finn nos observar e em seu rosto um olhar de ira.
- Dois traidores! - disse irado.
Finn
Presente
Observei Mycheslaw pela janela, aquele disfarce de garoto inocente com certeza não me convencia.
- Myscheslaw Humbret, você vai me pagar - sorri.
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Olhos Azuis - Stamon
FanfictionNovos olhos na cidade, olhos penetrantes, perdidos e azuis. Stiles se vê perdido após uma desilusão amorosa com Derek Hale e acaba deixando Beacon Hills as pressas, só não esperava encontrar Damon Salvatore no meio do caminho. Um homem de olhos azu...