Sam
- Eu trouxe flores. – é a primeira coisa que diz ao me ver. Em seguida, estende o braço para mim, revelando duas tulipas amarelas (“É o mais próximo da cor do seu cabelo, Sammy”, uma vez disse).
Tiro minhas mãos de trás das costas.
- Eu também. – exponho a rosa branca.
Por um longo momento, ele fica sem reação. Seu rosto é uma mistura da cara que eu fazia quando era pequena e minha avó fazia o truque da moeda atrás da orelha e E agora, o que eu faço?
- Obrigada pelas flores, Leo.
- Não há de quê.
Como se ouvisse instruções na própria cabeça, ele pega a rosa, a inspeciona, depois levanta o olhar para mim e agradece. Em seguida, beija meu rosto.
- Me lembrem o motivo de eu ainda vir, todas as quintas, a encontros duplos e ficar de vela.
- Não esquenta, Matt; a Alex disse que vem hoje. – a Pamella rebate, sorrindo como sempre faz quando diz algo desse gênero e fazendo o Scott, que a abraça pela cintura, os dois sentados no tapete e bem perto do sofá onde o Matt sentou, rir.
- Não vou comentar nada.
- Tecnicamente, você já comentou. – o Leo diz.
- Mudando de assunto, então... Scott, vai preparar o jantar.
- Com licença? Eu não disse que faria tudo sozinho. Levanta esse traseiro do sofá e me ajuda, idiota.
O Scott dá um tapa no joelho do Matt.
- Quer que eu te ajude? – a Pamella oferece, liberando um coro de Aaaawwnnnn’s na sala que deixa os dois envergonhados, por mais que tentem disfarçar.
- Não precisa. O Matt vai ajudar. Mas obrigado, mesmo assim.
Os dois se levantam e o trio, completado pelo Leo, se forma na cozinha. Realmente é a vez deles de fazer a comida.
***
- Bason??? Isso é nome de cachorro, Pamella! Quantas você bebeu?
- Ué, não posso fazer nada se o seu sobrenome e o dele formam Bason. Já pensei em combinações com os primeiros nomes, mas ficaram muito ruins.
- Eu gostei. – o Leonard diz.
Mas é estranho, Leo...
- Viu só, Samantha?
Reviro os olhos.
- Tá bom. Que seja Bason, então... E vocês dois...
- Spott. – o “lado Mason da força” diz – Com dois t’s.
Penso nas outras opções que passaram pela minha cabeça: Pamellot (muito medieval), Bronson (fala sério, esse é legal, mesmo parecendo nome de time de baseball), Spamella (que me faz lembrar de melões, espaguetes e da Espanha) e Jooks (que soa engraçado, no meu cérebro de cinco anos de idade, mas parece um pouco com “suco”[1] e faz com que o sobrenome da Pamella pareça “livros”[2]).
- Ok, isso é nome de cachorro. – a Pamella fala.
- Eu sei.
- Eu acho justo. – digo.
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Cartas para Wendy
Lãng mạn"Pessoas são como flores: não as escolhemos pelo que as torna forte, mas pelo que as torna frágeis. Assim como as pétalas das flores caem, nossas fraquezas também somem, mas isso deixa nosso núcleo exposto demais e, este precisa ser protegido por n...