Crônicas da Nova Era - A Busca

Apêndice

Bom, a primeira parte da jornada de Artur termina aqui. Espero que quem leu a história até esse momento tenha sido suficientemente cativado para acompanhar o desenrolar dessa aventura por mais dois livros. Por incrível que pareça, nada neste livro foi planejado, por isso, resolvi escrever esse apêndice para que vocês tenham conhecimento de como o livro tomou forma e de algumas curiosidades. Gostaria de lembrá-los que o que foi publicado aqui até agora nada mais é do que o rascunho do que, um dia, se Deus quiser, ainda se tornará um livro muito mais elaborado e cheio de detalhes. Mas eu precisava, de alguma maneira, divulgar o esqueleto da obra para avaliar o retorno do público. Se um dia tudo o que foi escrito aqui for publicado, podem ter certeza absoluta de que estará muito mais completo e cheio de encanto. Vamos lá?

O surgimento de Artur

Artur surgiu de um sonho. Parece utópico, não? Mas é literal. Artur surgiu de um sonho que eu tive, no final do ano de 2010. Foi um sonho muito vívido, em que eu assistia a todos os acontecimentos como mera espectadora. Como se eu enfiasse a cabeça em uma Penseira; eu não possuía ações ou falas válidas dentro daquele "filme", era como se eu estivesse ali apenas para tomar nota. E foi o que fiz. Acordei em êxtase no dia seguinte e fui trabalhar sem praticamente conversar com ninguém, para não esquecer os detalhes do que eu havia sonhado. Sentei e digitei tudo, fluidamente, porque eu já sabia exatamente cada palavra como num passe de mágica. Assim, os três primeiros capítulos deste livro tomaram forma e ficaram ali, encostados, durante quatro anos. Nunca mais mexi na história de Artur, embora pensasse nela com frequência. Foi só quando descobri a existência do Wattpad que pensei: vou ver no que dá. Postei o começo da história e, vendo o retorno e a quantidade de acessos, me senti encorajada o suficiente para tentar dar um rumo na vida daquele menino. Ele merecia ter um futuro. Eu espero ser justa com ele, até o final.

Curiosidades

- A palavra "Cefurbo" soa estranha à muitos ouvidos, mas ela foi escolhida propositalmente. Neste caso, pronuncia-se como se lê, porém, teve inspiração no esperanto "ĉefurbo", que significa nada menos que "capital, sede do governo". 

- Quem realmente leu cada detalhe dessa história, a essa altura já sabe que o que Artur mais gosta de comer é bolo de limão, muito embora eu não tenha mencionado isso em absolutamente nenhum parágrafo.

- Quando sonhei com essa história, o único nome presente no sonho foi o de Artur. Todos os outros, com exceção de Makai, foram escolhidos durante o processo de escrita, por nenhum motivo especial. Simplesmente vieram em mente. 

- Um dos meus grandes tópicos de interesse é o Massacre de Columbine, ocorrido em 20 de abril de 1999, no Colorado (EUA). Desde que obtive conhecimento a respeito do fato, aos dezesseis anos, tenho como tema de pesquisa constante este ataque, em que dois adolescentes invadiram a escola em que estudavam e atiraram em vários colegas, ferindo/matando 13 pessoas, e tirando as próprias vidas em seguida. Eu sei, parece bizarro. Mas é de uma das vítimas, felizmente não fatal, que peguei emprestado o nome de Makai.

- A ambientação dessa história é anacrônica. Elementos antigos e atuais se misturam ao longo da história. É por isso que os personagens sabem o que são câmeras, mas não têm ideia alguma a respeito de telefones ou internet.

- A ferramenta "Elenco", oferecida no Wattpad, possibilitou que eu expressasse melhor para os leitores como eu imaginei fisicamente cada um dos meus personagens. É claro que ninguém é obrigado a se prender a essa imagem, e a concepção de cada um deles deve ser formada de acordo com a criatividade de vocês. Contudo, peço que, por favor, não maculem a perspectiva de Theo Garlan. Ele realmente foi escrito para se encaixar em tudo o que o ator Eddie Redmayne possa oferecer. 

- Escrevi esse apêndice antes de finalizar a história.

- Inicialmente, Artur foi concebido em minha mente à imagem e semelhança de outro Artur: o Wart, do filme "A Espada Era a Lei" (Disney, 1963), também conhecido como Rei Artur. Muito provavelmente meu subconsciente associou ambos os personagens e por isso nomeou-os da mesma maneira. Foi bastante difícil encontrar uma imagem humana para o me Artur e por vezes, involuntariamente, ele se mescla em minha cabeça com sua inspiração original.

- Sempre que assisto ao filme "Os Miseráveis", em sua versão do ano de 2012, sinto-me inclinada a acrescentar mais algum detalhe, parágrafo ou capítulo à essa história. É por isso que o número que Lucas ganhou na prisão é o mesmo de Jean Valjean.

- O capítulo mais vezes reescrito neste livro foi a Dedicatória. Escrevi várias e várias vezes que dedicava cada palavra a mim mesma. Depois, achei egoísta e resolvi ser mais abrangente. 

Espero que esses pequenos detalhes aproximem vocês de mim e do mundo que criei. Aguardo vocês no próximo volume. ;) Obrigada!