Capítulo 11.2 - Raelene

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Depois de muita inquietude, Raelene finalmente tinha conseguido abrir os olhos de uma vez, sem desmaiar em seguida. Respirou aliviada. Percebeu que estava deitada de maneira confortável, mas que uma espécie de soro cor de pêssego estava conectado em sua veia por uma agulha grosseira.

Tentou arrancar aquilo, mas sentiu dor e desistiu. Achou melhor se levantar, por isso, juntou todas as suas forças para erguer o tronco. Estava muito fraca. Conseguiu apoio nos cotovelos, mas...

Suas pernas não se mexiam. 

Com um movimento brusco feito em uma nova tentativa, ela caiu da cama onde estava, de bruços; a agulha soltou-se de seu braço da maneira mais dolorida que se é possível imaginar. Sangue começou a jorrar e a mulher ficou com a visão turva. Pensou que iria vomitar, e quase o fez, mas segurou quando botas pretas posicionaram-se à sua frente.

- Ora, ora. Parece que alguém aqui não está andando. GUARDAS! Mais uma para execução. Levem-na para o Abate.

*

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