Capítulo 12 - O Sonhador

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Notas iniciais: sei que falei que esse capítulo seria narrado pela Emma, só que não foi isso o que o livro me pediu pra fazer. Parece doença mental, mas chamo de "inspiração literária".

Boa leitura!

J A M I E   B E N N E T T

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J A M I E   B E N N E T T

Sou filho de Morfeu, o senhor dos sonhos, o que me faz ser meio que esperançoso e sonhador. E é exatamente isso o que Pippa usa como argumento, mas sei que ela só está preocupada.

— Vai dar certo — tranquilizo, otimista. — Eu sei que vai.

Ela suspira, fechando os olhos castanhos por apenas um segundo.

— Jamie — a semideusa me segura pelos ombros —, eu confio em você. Só estou dizendo que às vezes você é ingênuo.

Solto uma risada.

— Eu não sou ingênuo.

Pippa me lança um olhar entediado.

— Não sou — reafirmo; ela permanece descontente. — Ah, é? Tá bom, diz só uma, uma vez em que eu fui ingênuo.

Ela levanta um dedo para cada situação:

— Quando Anya fingiu que tinha se machucado e te enganou para ganhar o caça-bandeira; Quando o Flynn colocou pasta de dente no seu sapato; Quando Drew contou que estava apaixonada por você, mas ela só queria presente no dia dos namorados; Quando aquela Caçadora, Teresa Agnes, disse que estava com medo de um bicho na floresta, e você acabou pendurado numa armadilha que te puxou pelo pé e...

— Tá legal, Pippa, eu pedi só uma vez.

— O que estou querendo dizer — ela arruma o cabelo curtinho, castanho-avermelhado, para trás da orelha — é que você é uma pessoa muito boa e os outros vão se aproveitar disso. Infelizmente, não vou estar lá para colocar seus pés no chão. Então não confie cegamente no primeiro estranho que aparecer pedindo socorro. Fique com o pé atrás, até mesmo com quem você acha que conhece. Eu já estive numa missão uma vez — a semideusa me lembra, abatida —, só saí viva porque sou muito desconfiada, você sabe.

Miro o pinheiro de Thalia, batizado em nome da heroína que se sacrificou para salvar os amigos e, logo depois, retornou à vida para combater monstros e comandar as Caçadoras. Sempre quis ser como ela. Ou como Anna de Arendelle. Ou Percy Jackson. Ou Nico Di Angelo.

Assim que começo a me questionar se estou à altura desses semideuses, Pippa chama minha atenção.

— Você é o cara certo para essa missão, Jamie Bennett — ela garante, com um brilho de orgulho no olhar. — Sei que você é um herói.

Esboço um meio-sorriso.

— Valeu, Pippa.

A garota me abraça forte. E, de repente, mais braços e corpos estão à minha volta, comprimindo minhas costelas às gargalhadas — meus outros amigos.

Equinócio de AnnaOnde histórias criam vida. Descubra agora