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b r i n l e y     c l a y t o n

Axel me empurrava contra alguma almofada, seus olhos eram excitados e sedentos na minha direção. Eu podia sentir o volume da sua calça encostar na minha perna enquanto o garoto subia seu corpo em cima de mim. Seus lábios atingem os meus, vorazes e selvagens. O calor já tava subindo e tanto eu como ele sabíamos onde isso nos levaria. Mas eu realmente não me importava, eu o queria nesse momento.

Empurrando seus ombros, eu deixo uma perna para cada lado de sua cintura ficando por cima. Axel mordia seu lábio me encarando deitado na cama. Eu sorri travessa e acabei tirando minha regata, a atirando para qualquer parte do cómodo. E, agora mais livre, o voltei a atacar. Dessa vez no pescoço. Eu dava mordidas pequenas em sua pele que ia ganhando um tom vermelho enquanto eu o fazia. Meus cabelos caíram para o meu rosto, então eu os arrumei para trás tendo uma rápida visão da boca entre-aberta do garoto que se tava controlando para não gemer.

"Hm... B-brinley..."

Sorri com a sua voz rouca pronunciando o meu nome. Eu tava adorando o deixar nesse estado tão vulnerável como se, pela primeira vez, eu estivesse no controlo de algo. Isso era o que eu mais gostava em Axel, ele me deixava ser quem eu era e não se importava de eu surtar e o xingar às vezes. Eu até podia ser meia bipolar ou apenas dramática.

Suas mãos param na minha cintura, lhe dando um leve aperto quando eu volto a levar meus lábios aos seus, em um beijo mais calmo e relaxado que contradizia nossas emoções agora. Eu ainda podia sentir seu membro ereto na minha virilha, daí ter começado a rebolar bem devagar no seu colo somente para provocação. Axel apertava minha bunda com força.

E então, eu o ouvi tossindo. O quê? Como ele podia tar tossindo se eu o tava o beijando? Paro tudo o que tava fazendo e olho para trás. É brincadeira né?

"Ahm, desculpa interromper a foda de vocês." Jacob fala meio constrangido, com suas bochechas quase virando a própria cor vermelha. "Sua mãe deixou eu subir."

"Caralho Jacob, você não sabe bater na porta não?" Bufo descendo do colo de Axel. Pego minha regata e a volto a vestir. Esse idiota tinha quebrado o clima.

"Da última vez que bati numa acabei a arrombando." Ele comenta e logo Axel fica com uma expressão surpresa. Tenho vontade de rir ao entender o porquê, estúpida mente perversa. "Não, cara, não dessa maneira."

Jacob revira os olhos e nós dois esperamos alguma atitude de Axel, que apenas se mantém confuso nos olhando. Ninguém queria parecer indelicado, por isso apenas esperamos que ele entenda qual é sua hora de retirada.

"Porque vocês tão parecendo dois psicopatas? Vão me matar, por acaso?" Mas Axel era lerdo ou devia-se fazer disso.

"Quer que te deixe pegadas até à saída ou pode encontrar o caminho sozinho?" Jacob toma a dianteira, já que eu não me atrevia.

"A casa nem é sua."

"Meio que é." Eu falo.

Jacob passava tanto tempo aqui comigo que era quase considerado um morador efetivo já.

Axel suspirou. Pegou seu casaco e sem se despedir saiu do meu quarto. Eu ainda tentei 'soletrar' um desculpa quando ele tava passando por mim, mas ele nem me olhou. Isso ia dar caso para depois, com certeza.

"Se você tiver me estragado o esquema, eu vou te cobrar." Aponto o dedo para meu amigo que até já se tinha servido da minha cama, deitando nela e esticando os braços ao seu comprimento.

"Qual é? Você nem gosta do garoto." Jacob constata.

"Não confusa sentimentos com sexo." Caminho para perto dele e me sento na borda da cama. Jacob tava mirando o teto, se concentrando em algum ponto lá. "Tá fazendo o quê aqui?"

"Você me disse que eu era sempre bem-vindo." Falou, sem se mexer.

"E você é. Mas não quando outro garoto tá no meu quarto quase transando comigo." Falo e ouço sua gargalhada gostosa evaporar no ar.

"Você acha que eu vou encontrar alguém também?" Seus olhos azuis me encontram e eu não percebo o significado de suas palavras até ver o brilho de serenidade por de trás de suas íris.

"É claro que vai." Sorrio. Eu sabia que toda essa história do Fisher tinha mexido com ele. Jacob era sentimental, por muito que ele o tentasse esconder. "Mas até lá, não rouba nenhum dos meus ficantes. Você é concorrência para mim."

O moreno se apoia em seus cotovelos, elevando seu peito. "Você tem sorte por eu não me interessar em babacas. Eu te roubaria o Axel em segundos."

"Tá se achando muito, não acha rainha do pedaço?" Riu. "Ele não é tão mau assim quando você conhece ele. Ele é bem legal, para falar a verdade."

"Aham." Jacob me lança seu olhar de 'você tá ficando apanhada e eu tô ligado'. Idiota.

"Tem outra coisa que eu queria falar com você." Brinco com um fio do lençol. "Eu acho que todo esse negócio de investigação tá afetando a Charity. Ela nem estudou para a prova na semana passada. Ela tem planeado tudo e a gente apenas cumpre. Eu acho que se realmente formos um time, deveríamos ajudar ela de alguma forma."

Jacob assente. "O que tem em mente?"

"Nós poderíamos achar o Marcus Sandler e entregar as informações para a Charity." Falo por alto. "Mas eu não sei como fazer isso."

Jacob fica por um tempo em silêncio. Eu podia ouvir seu cérebro se debatendo à distância. Havia uma linha formada entre as suas sobrancelhas e ele parecia concentrado.

"A gente precisa pesquisar. Tem alguma foto dele?"

Instintivamente, eu pego meu celular da secretária e começo rondando alguns sites. Não tinha informações nenhumas sobre quem estávamos procurando, apenas caras com nome igual que tinham uma vida completamente monótona e sem interesse. No entanto, eu achei ter encontrado algo. Uma foto, especificamente. Não tinha como ter certeza que era realmente ele, mas sua expressão dura e tatuagens góticas indicavam a tal.

"Ei, irmãzinha, tem como me emprestar seu carregador? O meu pifou." E hoje é dia de visitas?

"Claro, tá aqui." Aponto para o fio do meu lado, na secretária. Nathan apenas me fica fitando, escancarado na porta. "O quê é? Não sou sua empregada, se quiser vem pegar."

O loiro revira os olhos, mas cede. Sua bateria deve tar mesmo descarregada para ele me ter obedecido.

"Eai, novato, conseguiu ter leite?" Nathan zoa de Jacob e eu quero rir de sua fala, porém com respeito. Meu amigo queima em vergonha, mas não revida. Era como, se por algum motivo, ele se mantivesse quieto com Nathan. Nem parecia a mesma pessoa que entrou a meio da minha cena erótica com Axel. "Sempre pensei que seu género de garotos era melhor, irmãzinha." Nathan vê a fotografia em meu celular.

"Isso não é o Tinder." Explico virando o ecrã mais para ele. "Achamos que é Marcus Sandler."

"Fundador dos Kold Blood. Ele é o único que sobra." Jacob lhe deu o contexto.

"Eu já o vi." Nathan contrai seu maxilar ainda olhando o homem das tatuagens.

"Você o conhece?" Olho rapidamente para Jacob com alguma esperança. Se Nathan se desse com ele não seria tão difícil assim sacar informações e cumprir nossa missão.

"Não." Ele acaba com meu mais recente plano. "Mas eu o vi." Seus olhos azuis viraram para nós. "Na noite da festa da Lex, eu o vi numa moldura qualquer."

"De casa dela?" Eu pergunto.

"Sim." Nat responde. "Mas não tem como eu ter a certeza, foi muito rápido."

Porque Marcus Sandler estaria na casa da Lexi? Ela conhecia ele?

"Acha que consegue nos confirmar?" Nat olha para mim, reticente. Eu sabia de longa data que ele não estava disposto a se envolver muito, mas ele era quem nós tinhamos mais próximo à Lexi. Ele era nossa chance. "Nathan, é importante. Por favor."

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cap grandinho, mas é um avanço

xx Buhh

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