|20| nat

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n a t h a n    c l a y t o n

Meu celular vibrava em notificações do lado da cama me fazendo despertar do sono. Logo senti uma dor no meu braço e o sol queimar nos meus olhos assim que os tentei abrir.

Eu tinha percebido o ambiente diferente. As paredes acizentadas e as maquilhagens por cima da mesa me fazendo ter certeza que definitivamente esse não era meu quarto.

"Foda-se, só pode ser sacanagem isso." Eu bufei ao ver os cabelos pretos espalhados na outra almofada e o corpo da Hazel estendido no colchão.

Sério que você fez isso de novo, Nat? Você realmente precisa aprender a controlar seu pinto e essa vontade de transar.

Hazel e eu namoramos faz um tempo, eu que acabei com ela quando a mesma me traiu com um cara do meu próprio time. Ela chorou e me implorou para voltar mas eu nunca dei bola para ela. Me chame do que quiser, mas ela realmente tinha arrasado com meus sentimentos na altura. Até que eu fui chamado numa festa e depois de umas poucas bebidas Hazel apareceu na minha frente toda vestida de renda e empinando sua bunda na minha cara. Fui fraco e transamos. Desde ai isso tem se vindo a repetir, umas vezes na casa dela outras vezes na minha. Só que agora sem sentimentos à mistura, pelo menos da minha parte.

Tentei recuperar a circulação sanguínea do meu braço, tirando ele debaixo da cabeça da morena que dormia feito pedra. Melhor assim, nos poupamos do habitual papo matinal constrangedor.

Alcancei meu celular na mesinha e vi as várias mensagens tanto da minha mãe como da Brinley. Elas realmente estavam preocupadas e provavelmente já teriam bolado um plano para cortar minha cabeça e a cozinhar para o jantar.

Mesmo assim, o pior veio quando encarei o horário. 10.36 am.

"Já vai embora, amor?" Hazel falou na sua voz rouca de quem acabou de acordar.

Olhei para trás a vendo espreguiçar apenas com seu sutiã preto que realçava seus seios que- Puta que pariu, Nat! Voltei-me para a frente de novo começando a puxar as minhas calças pelas pernas.

"Se você não tem aulas para assistir, eu tenho." Soou curto e grosso.

Ela ri. "Tá mesmo levando esse negócio a sério de ser um bom garoto?" Eu não respondi. "Nossa Nat, seu fingimento uma hora ou outra vai acabar." Ouço a cama ranger quando ela se senta para chegar a mim e envolver seus braços no meu corpo. "Eu sei perfeitamente quem você é."

"Sabe?" Eu travo ao sentir seus lábios chuparem o meu pescoço. Minha boca se abre com a satisfação.

"Você..." Ela começa alisando a mão pelo meu peitoral e descendo para o abdómen. "É o tipo de homem que sabe foder direitinho uma garota." Sua mão passa no meu boxer despertando o volume de lá. "Porque não fica comigo hoje? A gente pode continuar nossa saga de ontem. Você não quer?"

Por mais que meu corpo e todos os meus outros sentidos quisessem corresponder e fazer a vontade a Hazel, eu não podia. Essa bolsa era muito mais importante do que qualquer outra garota e agora que eu estava mais perto de a ter não iria estragar a oportunidade por uma falha miserável do meu pénis.

"E-eu tenho que ir." Levantei, me desfazendo dos seus braços e acabei de puxar as calças apertando-as na cintura. Procurei minha t-shirt com o olhar e a encontrei jogada num canto do quarto.

"Vai me negar assim, Nathan?" A garota dos cabelos pretos e piercing no nariz falou cruzando seus braços de maneira a aumentar ainda mais o tamanho dos seus seios. Não cai nessa, Nat.

"Você devia cuidar da sua vida também, Haz." Falo apertando meus cordões. "Tenta não reprovar esse ano, tá bom?"

"Babaca!" A louca joga sua almofada em mim mas eu me esquivo a tempo fechando a porta do seu quarto já com meu celular na mão. Meu problema agora era a desculpa que eu ia usar para evitar a minha cabeça ser usada em ato de canibalismo.

"Nathan?" Eu oiço meu nome. "Que bom de ver de novo, querido."

"Oi, Srta. Robertson." Sorriu cumprimentando a mulher de meia idade. "Como vai a sua mãe?"

"A mesma velha rebugenta." Ela brinca rindo enquanto limpa as mãos no avental. "Você teve com a minha filha?" Ela julga pelo meu estado desarrumado.

"É..." Passo meus dedos no cabelo, quase ficando sem graça.

"Não se embarace, querido." Ela logo sorri amavelmente. "Saiba que eu ainda torço para vocês voltarem."

Essa era a altura que eu ficava sem saber o que mais dizer. Não seria eu a explicar-lhe que não havia qualquer hipótese de isso acontecer pois não estava nem um pouco interessado em manter um relacionamento fosse com quem fosse, muito menos com Hazel que me traiu no passado.

"MÃE!" A garota chamou lá de cima, felizmente me livrando do situação tensa em que eu me havia metido.

"É melhor eu ir para o colégio. Até qualquer dia, Srta. Robertson."

"Me trate por Kimberly, por favor." Ela diz antes de eu fechar a porta e me por ao caminho.

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entenderam a conexão?

xx Buhh

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