Hayley

3 0 0
                                    

O dia amanheceu e logo estávamos tomando nosso café e prontas para ir visitar a tão famosa Pont de l'Archevêché, a ponte dos cadeados. Ela é bem perto do Louvre, mas acabamos não indo conhecê-la ontem, quando estivemos lá. Era impressionante ver aquilo de perto, porque estamos acostumadas a ver nos filmes, mas estar ali, diante de tantas promessas, de tantos laços e muitas vezes serão eternos, de pessoas que estão nesse momento, há milhares de quilômetros de distância daquele lugar, mas estiveram ali com a mesma inspiração e com o mesmo intuito, de ter o amor das suas vidas para sempre, era realmente muito comovente. Infelizmente querem retitrar os cadeados da ponte, pois ela já não está mais agüentando tanto peso que lhe é proposto. Apesar de eu acreditar que não será um cadeado na ponte do amor, que fará com que a pessoa que você ama fique com você para o resto da vida, eu considero esse ato muito romântico e encantador e que se por ventura, algum dia eu tiver essa oportunidade, jamais a deixarei passar em branco. Admiramos por um tempo a ponte e ouvimos várias histórias e relatos de histórias de amor que começaram e que terminaram ali. Foi uma experiência muito significativa para nós.
Saímos da ponte bem cedo, ainda nem era a hora do almoço, então resolvemos fazer algumas "comprinhas", como já era de costume. Passamos enfrente uma loja Pandora e ficamos adimirando a vitrine de jóias magníficas até que nos entreolhamos e decidimos entrar.
Uma simpática vendedora nos abordou e nos mostrou uma nova linha de pulseiras da Pandora. Era um fio prata ou dourado que seriam acrescentados berloques de acordo com o nosso gosto. Lia e eu amamos a idéia. Fomos escolhendo os nossos. Lia ficou com a prata e escolheu um berloque de pizza, um de televisão, um de sorvete, uma torre Eiffel, um livro, uma cruz, uam árvore da vida. Eu escolhi a dourada e quis os berloques, da minha família, uma torre Eiffel, um batom, um espelho, um floco de neve, um brigadeiro, um cup cake, um trevo, uma cabine de Londres e um de Nova Iorque. Estávamos indo pagar até que eu vi um berloque destacado. Era um coração separado em duas partes escrito "Best friends" Best na parte prata e friends na dourada. Sem nem pensarmos pedimos para que a vendedora acrescentasse esse berloque também nas nossas pulseiras. Saímos de lá muito empolgadas. Essa pulseira será o símbolo da nossa amizade. Não iríamos tirá-la nem para tomar banho ou dormir. Será a marac registrada da amizade HayLia.
Fomos para o hotel nos arrumar, pois estávamos prestes a conhecer o lugar que mais aguaradávamos durante nossa viagem. A mágica Torre Eiffel.
Lia usava um vestido preto de renda com a cintura marcada, uma bolsa de mão com detalhes de caveira e sapatos no estilo boneca de salto vinho. Brincos colares e anéis de prata na forma de cruz, uma pulseira de "spikes" preta. Sua maquiagem era bem leve, usava uma sombra preta esfumaçada, um batom meio rosa, meio coral. Seu cabelo estava preso em um rabo, com uma trança na lateral.

Eu escolhi um vestido vermelho, curto e rodado, com decote em "V", sandálias, bolsas, pulseiras, anéis, colar e brincos dourados. Fiz um esfumaçado no olho com sombra marrom e preta, como adorava. Passei um batom na cor pêssego e meu cabelo estava liso com duas tranças laterai que terminavam na nuca.
Estávamos prontas no hall do hotel e Josh foi buscar a gente. Pegamos um táxi e logo estávamos em uma cafeteria em frente à Torre Eiffel. Resolvemos parra ali antes, de subirmos na torre, para apreciarmos a noite parisiense que estava agradável e aprovaitar o máximo aquela cidade noturna.
Enquanto conversamos, Josh com uma expressão um pouco insegura virou e se direcionou para Lia dizendo:
- Sabe, eu estava pensando em voltar para Manhattan, mas me ocorreu de estudar aqui. Eu sempre me interessei nas histórias da arte, nesses pintores famosos como Leonardo Da Vinci, Monet, Michelangelo. E eu pensei em me aprofundar nisso aqui, no berço da arte, que é a França. Por isso vou ficar por aqui, um tempo estudando.
Lia murchou naquele momento. Ficou pálida, mas percebendo logo tentou dizer com um sorriso triste:

-Eu realmente acho uma ótima idéia. Você vai aprender muito disso aqui. Mas eu vou sentir sua falta, estava tão feliz em saber que você ia para Manhattan, moorar perto de mim...
-Eu tenho certeza que a distância não vai atrapalhar em nada a amizade de vocês. Muito pelo contrário, quanto se é distante, oq eu é verdadeiro só se fortalece. – disse tentando amenizar a situação.
-Bom, vocês já não acham que podíamos ir ao restaurante da Torre? Já estou faminto!-brincou Josh.
Lia se levantou sem nem olhar para mim e não percebeu que eu continuei sentada. Quando percebeu, me questionou e insitiu muito para que eu fosse com eles.
-Eu realmente acho que preciso ficar mais um pouco sozinha, tomar mais um pouco de ar fresco. Vocês podem indo que depois encontro vocês lá. Juro que prefiro assim. –disse determinada.
Lia questionou mais um pouco, mas subiu sem mim, contra sua vontade.
Eu realmente achava que minha presença ali, só ia tornar mais difícil ainda a relação dos dois. Ainda mais do que Josh tinha acabado de falar para Lia. Eles precisavam se entender de verdade, só os dois, sem ter uma vela no meio, que no caso seria eu. E assim como eles precisavam de um tempo entre os dois eu também precisava de um tempo sozinha, para colocar meus pensamentos em ordem e tentar achar o melhor rumo pra minha vida. E aquele momento parecia ótimo para isso.
Enquanto eu tomava meu suco e pensava mais um pouco me assutei quando um homem pegou minha bolsa que estava na cadeira do outro lado da mesa em que eu estava. Era uma mesa na calçada, ao ar livre, eu deveria ter tido mais cuidado com a minha bolsa. Eu me desesperei e comecei a gritar que tinha sido roubada. Estava de salto então não conseguiria correr atrás do ladrão. A rua inteira parou para ver a cena, até que eu vejo outro homem correndo atrás do ladrão conseguindo pegar minha bolsa e o levando até o carro da polícia que estava estacionado na esquina.
O homem veio em minha direção para devolver minha bolsa.
-Você tem que tomar mais cuidado, as ruas estão muito perigosas para uma linda jovem como você ficar sozinha, de noite e ainda longe da sua bolsa.
-Eu agradeci o lindo gesto corajoso que ele havia feito e disse que a partir de hoje tomaria mais cuidado. Ele deu as costas e por um instante veio uma idéia louca na minha cabeça. Não hesitei, pois talvez fosse minha única chance.
-Moço! Espera um pouco-disse correndo atrás dele.
-Você aceita tomar um suco comigo? –indaguei num tom pretencioso.

-Com o maior prazer, disse beijando minha mão. -Prazer, eu me chamo Clark Arch.
- Meu nome é Hayley Shay.
Ele sentou comigo lá e perguntou por que estava sozinha em uma noite como aquelas, enfrente à Torre Eiffel e eu disse que não quis subir com meus amigos, porque eles tinham assuntos particulares deles para resolver entre si.
Então começamos a falar de nossas vidas, ele tinha 19 anos, tinha acabado de se formar no colégio, estava tentado entrar em uma faculdade pra fazer jornalismo, seus pais moravam no Kansas, eram grandes empresários de lá e ele tinha vindo a Paris com sua namorada, mas aqui ele descobriu que ela só estava interessada no seu dinheiro e por isso eles tinham acabado de terminar e ele estava espairecendo a cabeça, quando viu o ladrão roubando minha bolsa.
-Eu sinto muito pela sua namorada. -disse num tom tristonho -É muitas vezes as pessoas não são o que parecem...
Conversamos mais um pouco até que ele me convidou para subir no restaurante da Torre com ele.
Subimos reparando em tudo e principalmente em como aquele lugar era mágico.
Clark quase trombou no garçom que estava no restaurante. Ele era meio desajeitado, mas de um jeito engraçado e fofo.
O restaurante era muito sofisticado e a comida era maravilhosa. Enquanto comíamos eu analisava a beleza exótica dele. Ele era alto, bem atlético, caucasiano, cabelos escuros cortados na faixa da orelha e olhos lindos, que variavam entre verde-água, azul e cinza. Seu sorriso era lindo e seus lábios eram carnudos. Quando ele sorria, seu sorriso era de lado e nisso eu conseguia ver covinhas em sua bochecha, ele era realmente muito bonito.
Comíamos, conversávamos, ele fazia algumas piadas sem graça, mas eu ria para parecer fofo. Eu percebia que ele se esforçava para me impressionar, mas ao mesmo tempo ele era ele mesmo.
Pensei que pudesse encontrar Josh e Lia no restaurante, mas eles já haviam subido.
Começamos a falar sobre nossos gostos musicais e eu disse que gostava de músicas pop, em inglês e tinha uma paixão especial por violão e músicas acústicas e que minha música preferida no momento era In my dreams, do James Morrison, mas eu também amo o Boyce Avenue, Coldplay, Taylor Swift...
-Eu canto e toco violão sabia? –disse Clark entusiasmado

-Jura? Mas só por hobbie ou profissionalmente?
-Eu comecei como um hobbie, mas fui evoluindo e tenho uma apresentação marcada para amanhã à noite no barzinho perto daqui, você gostaria de ir?
-Lógico que sim! Posso levar meus dois amigos junto? –disse mega empolgada.
-Claro!
Terminamos de comer e ele propôs para que subíssemos no último andar da Torre, que era o que nós podíamos pareciar um grande espaço para que víssemos a cidade de Paris daquele ponto.
Concordei e subimos. Lá era mágico, me lembrou muito a cena da Blair e do Chuck, de Gossip Girl em Paris, enfrente a torre.
Aproximamos-nos e começamos a olhar a cidade inteira diante de nós. Ele me abraçou e eu deitei minha cabeça em seu peito. Ficamos desse modo, ainda conversando por um tempo. De repente ele se afastou de mim, olhou em meus olhos, seugurou minha cabeça e me beijou. Sem dúvida aquele era o beijo menos esperado de todos os tempos. Paris era realmente uma cidade mágica e sem dúvidas, concentrava a magia do amor. Ficamos ali, grande parte da noite, juntos. Depois, quando já estava muito tarde, ele me levou para meu hotel e disse que queria muito me ver na sua apresentação amanhã. Disse que não faltaria então nos despedimos.
Quando cheguei no hotel, Lia estava no sofá, enrolada em cobertor, vendo televisão, provavelmente esperando eu chegar.
Contei absolutamente tudo que ocorrera com Clark e ficamos conversando o resto da noite.
-Hay, será que FINALMENTE você encontrou seu grande herói? -Ah, para com isso Lia! Foi só uma noite, nada mais.
-Então veremos. –disse num tom duvidoso e começamos a rir. -E sua noite com o Josh? Como foi?-indaguei curiosa.
-Ah, tirando o restaurante magnífico e a Torre indescritível, foi ótimo, conversamos bastante, falamos sobre o futuro, sobre a mudança de planos dele, sobre nossa amizade... Foi uma noite bem agradável.
Arrumamos-nos para dormir, pois um ótimo dia nos aguardava...

As Aventuras de HayLia - O Trailer dos Sonhos Onde histórias criam vida. Descubra agora