Todos estavam aguardando pelo retorno do prefeito, mas Kate não acreditava que ele pudesse voltar. Todos ficaram à espreita esperando um sinal, até que a porta bateu, com o susto apenas Kate se adiantou com coragem suficiente para abrir a porta, mas com um leve suspiro antes de girar a maçaneta.
Era o prefeito, ela ficou aliviada e disse:
- não sabe o quanto desejei que o senhor estivesse bem... prefeito? Ele não dizia nada, ela encostou nele e corpo caiu diante dela, ele estava coberto de sangue e com a nuca degolada e nas costas marcas feitas com garras que dizia:A morte, é o melhor ínicio para uma vida
Todos gritaram em desespero, Kate olhou para a porta aberta e viu o ser com sangue inocente sorrindo antes de ir embora e ela decidiu ir atrás mas foi impedida por Margaret.
- se você for, será morta. Perdi meu filho, não quero perder você também.
- eu sei que está preocupada e com medo, mas temos que achar uma forma de sair daqui. Com toda aquela aflição, eles não perceberam que o sol já começava a nascer no horizonte, Kate decidiu que aquela era a hora para encarar a fera, e aproveitou enquanto todos se juntaram no ao redor do corpo do prefeito.
A mansão não pareceu mais tão sombria com o sol iluminando o local, os quadros já não davam pavor, e ela ficou calma, na medida do possível.
Ela andou pelos corredores, e sentia, podia perceber, alguém a observava ela caminhou até a sala de jantar e surpresa percebeu que um belíssimo café da manhã estava a sua espera, bolos, pães, e suco.
Ela olhou ao seu redor para ver se alguém estava perto, com aflição e medo envolvido ela caminhou até a mesa e sentou na cadeira, já havia um prato de um bolo quentinho e uma xícara de café, ela pegou um pedaço e antes de leva-lo a boca disse:
- você me conhece bem. Ainda não esqueceu dos meus gostos. Disse ela para a criatura que estava atrás dela.
- pensei, que não tivesse me visto.
- não vi. Apenas senti sua presença, você sempre fez isso durante os 10 anos que estive aqui. E quando menos se espera a coisa aparece, e você congela de pavor. Não sou mais criança.
- não. Não é. Agora você é uma mulher, gostou do presente que deixei pra você nesta manhã?
- fala do corpo do prefeito? Como pode ser tão frio?.
- aquilo apenas foi um pequeno aviso, eu posso fazer algo muito pior. E você sabe, não sabe?
- se você me quer aqui, tudo bem eu aceito, Mas deixe os outros irem embora.
- oh, Mas porque eu faria algo assim? Não teria graça alguma. Ver vocês sofrerem faz cada dia valer a pena. A morte não é algo bonito de se vê?
- você é louco!!. A criatura ficou em silêncio, e andou até ficar de frente para Kate, e ele está em sua forma real, e a moça já não lembrava da imagem da coisa, mas fingiu não ficar apavorada, sendo que, naquele momento uma vontade de fugir se tornou enorme. Mas ela se manteve firme. A coisa a olhou sorriu e disse:
- louco? Eu não sou louco, sou um monstro,não é isso que você sempre me disse? Sou o pesadelo de muitas pessoas, já não me importa ter você para mim, abandonei muitas coisas por você. Meu interesse é te fazer sofrer. Sinta medo, assim sua alma será mais fácil de ser arrancada.
- você ainda se importa comigo. Se não, jamais teria me pedido para ir embora para me salvar.
- mas você escolheu ficar. Sua escolha teve uma consequência.
- onde estão as crianças?
- não se preocupe, elas ainda não estão debaixo da terra. Agora coma, você precisa se alimentar para não adoecer.
- minha única doença é você. Como você pode ser capaz de tirar vidas inocentes?
- da mesma forma que tirarei a sua e de todos que chegarem perto. Me diga, sente medo agora? Kate nunca teve coragem de olhar o suficiente para a coisa a ponto de encarar seu olhar; um olhar fundo amarelo, vazio, é como se várias vidas estivessem lá presas, e talvez seja isso. As vidas arrancadas por Jikini, encurraladas na escuridão do olhar. Kate jamais havia observado o quanto a pele da criatura era fria, e sentiu isso ao ser tocada no rosto. Era tanto pavor que ela sentia, sentada naquela mesa com uma vontade de escapar, mas com medo de ser morta, nada aconteceria com ela, o ser a amava e ele não negava apesar das brutas ameaças, mas arriscar a sua vida, seria como arriscar a dos outros, pensava Kate.Ela comia pedaços pequenos de bolo enquanto a coisa a encarava do outro lado da mesa.
- como se sente estando de volta ao lar? Ele perguntava em um tom sarcástico.
- me sinto como sempre me senti, infeliz.
- então era melhor ter te deixado ser morta naquela noite. Mas salvei sua vida, já se perguntou porque?
- não tenho interesse. A coisa se levantou e andou em direção a garota e disse:
- sua alma foi a mais inocente que eu havia encontrado, e eu devia te-la arrancado, e assim o ritual se completaria e eu traria toda a minha família, mas você foi inocente demais, até pra mim. E não tive coragem.
- desculpa ter estragado seu plano.
- não. Você o melhorou, essas pessoas que estão com você será a maior refeição que tive em séculos. Kate logo quis se levantar no momento em que essas palavras foram ditas, a criatura a pegou pelo pescoço e disse:
- a vida é um mistério, mas a morte é previsível.
- solta ela!!. Gritou Michael, que havia seguido Kate.
- vá embora!!. Ela implorou, Jikini sorriu e soltou a garota a colocando em um canto da parede. ele correu até Michael, o jovem ficou petrificado ao ver a aparência da criatura que o pegou e estava pronto para mata-lo. Mas Kate foi até ele e se ajoelhou, pegando sua mão disse:
- não o mate-o, por favor. Ela tocou no rosto da coisa e o fez olhar para ela. As garras se encolheram, e ele soltou Michael.
- eu sou a mesma menininha que você criou, você ainda vê?. Em um momento ela comoveu Jikini, até ele pega-la pelo pulso e dizer:
- e com o medo, se faz uma vítima!!, e com uma chance, te devolvo a vida. Ele soltou Michael e sumiu.
Naquele momento, Kate realmente percebeu o que ele seria capaz de fazer, e agora a vida de todos, incluindo a sua, corria perigo.
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JIKINI
KorkuUma Cidade inteira se reuni juntamente com o prefeito do local pela expulsão de um estanho morador de uma enorme casa longe da civilização. A prontos para investigar o local e os segredos terríveis e macabros que o habitante esconde mal sabem eles...