capítulo 14. de frente pra morte

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- você não pode ir. Michael protestou
- eu tenho que fazer isso. É melhor a minha morte, do que a de outra criança, eu devo isso a Margaret ela ficou tão desolada depois que perdeu o filho que preciso fazer isso, por ela. Eu conheço aquela coisa melhor que todos vocês, e se é a mim que ele quer é a mim que ele vai ter. Ela saiu mas Michael a impediu antes.
- Kate!!! Ele a chamou.
- quando Margaret chegar explica o que aconteceu e diga que eu a amo. O jovem se posicionou na frente dela, ele não podia convence-la a ficar, ela não o escutaria, mas então preferiu se despedir, ele pegou ela pela cintura e lhe roubou um beijo, ela ficou surpresa, mas o correspondeu. Eles se afastaram e ela disse algo que na qual Michael não esperava.
- amo você. Ela deu um sorriso e foi embora, michael apenas a observou com os olhos marejados, mas voltou rápido para dentro da casa para falar com Eddie e Vini.
- vocês me disseram que tem um modo de matar aquela coisa, me mostrem como.

Kate não sabia se era o certo encarar a criatura, mas lá estava ela, parada em frente a mansão, que havia sido seu lar por muitos anos, ou melhor seu pesadelo por muitos anos. Quanto mais ela chegava perto do portão mais podia sentir que estava sendo observada, e ela sabia que estava sendo. O céu estava escuro apesar de ainda ser dia, seu coração batia acelerado, suas mãos tremiam, ela sentia um frio passar pela sua nuca mas não era uma sensação boa. O portão abriu sozinho assim como a porta da mansão assim que ela chegou perto, seus olhos verdes ficaram mais cintilantes conforme ela andava até lá, sua respiração era ligeira, ela recuou por um momento pensou em voltar, mas dentro da sua mochila havia suas próprias armas contra Jikini, e ela pensou ser o suficiente e já estava tão perto não adiantava voltar atrás.
Ela entrou, e logo veio na memória lembranças de quando ela era pequena, lembranças nada boas. Uma luz forte se iluminava em uma sala que ficava logo após as escadas, ela tomou coragem e subiu.
Risos e mais risos, era o que ela escutava, um vulto passou por ela rapidamente em direção a uma porta, ela logo se afastou com medo. Mas então ela se lembrou que Jikini se tornou o pior pesadelo de seus amigos para atormenta-los, mas isso não aconteceu com ela? Claro que sim, várias vezes, era ele, Jikini era o pior pesadelo de Kate e ela precisava enfrenta-lo. Ela andou até a luz que se passava na porta que estava entreaberta, ela olhou escondida e só não gritou porque poderia ser seu último suspiro. Lá estava ele, a criatura e ao redor dele os corpos de todas as crianças, e havia adultos também, mas esses, bem, estavam dilacerados. As crianças não pareciam estar mortas, apenas dormiam em um sono profundo, era o que ela gostaria de pensar, choros de uma criança ela observou e Jikini o pegava pelo pescoço e dizia:
- o medo tem o melhor sabor, você não concorda Henry?
- por favor me deixe ir, eu quero a mamãe.
- me deixe ir eu quero a mamãe. A criatura repetia em deboche e continuava:
- por séculos vocês foram o motivo da minha vingança e agora eu posso concluir a profecia. Ele fez a expressão com a boca e começou a sugar a alma da criança, Kate obervou tudo horrorizada, Jikini jogou a criança com os outros, se ajoelhou e disse em completa felicidade:
- finalmente!!! Tenho força o suficiente para trazer vocês de volta; quer se juntar a mim Milady? Ele perguntou olhando para a porta e Kate tentou se esconder, mas já era tarde, ele sabia que ela estava lá.
- apareça, eu sei que está aí, venha comigo e iremos juntos para o além, eu vivo nessa infelicidade por séculos - ele olhou de frente para uma parede, havia um quadro pendurado lá mas ele estava coberto com um tipo de manta, então a criatura o tirou com total agressividade, Kate que ainda estava escondida presenciou tudo.

- apareça, eu sei que está aí, venha comigo e iremos juntos para o além, eu vivo nessa infelicidade por séculos - ele olhou de frente para uma parede, havia um quadro pendurado lá mas ele estava coberto com um tipo de manta, então a criatura o tir...

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Ela olhou melhor pra pintura e em seguida para a criatura que se permaneceu em silêncio, Kate saiu de trás da porta como se o medo tivesse sucumbido.
- essa garota é a Katherine não é? Ela pergunta sentado ao lado da criatura, e pela primeira vez eles ficaram assim, tão próximos um do outro.
- eu a amei muito, eu nunca havia conhecido esse sentimento, ainda mais quando se é uma aberração, ela era pura, inocente de olhar doce. De todas as formas eu queria ela para mim, para isso assumi a forma humana, e pude conhecer o que é felicidade, ela estava disposta a me dar um herdeiro do nosso amor...mas então... eu a matei.
- a culpa não foi sua.
- claro que não - ele a olhou e seus dentes rangim e havia morte em seu olhar - a culpa foi das crianças, aberrações nojentas. Em pensar que... a minha amada Katherine me daria uma, mas de certo seria tão doce quanto ela.
- claro que sim. Kate tomou coragem, pegou nas enormes mãos da criatura e disse:
- você não é como todos pensam, eu já tive tanto medo de você sem nunca entender porque. Mas tá tudo bem agora, e se você me ajudar poderei te levar até Katherine.
- como?
- sua alma está perturbada, te impedindo de ser feliz. Você precisa se libertar, só assim voltará para ela. A mão da criatura apoiada na mão da Kate começou a se tornar uma macia com unhas aparadas, os olhos amarelos gigantescos se deram lugar a um belo par de olhos azuis, o pelo no topo da cabeça se tornou um lindo cabelo preto, as presas viram dentes brancos, e todo resto do corpo mudou, Kate se assustou ao perceber que a criatura havia se transformado em um belo homem, ela se afastou um pouco mas depois se aproximou e admirou um pouco mais.
- então, esse é você? É como você é por dentro. Jikini sorriu, e disse:
- Katherine... minha Katherine. Ele se aproximou um pouco mais do rosto de Kate que não sabia o que fazer, ela somente fechou os olhos e permaneceu imóvel esperando o beijo daquele homem, já não havia mais medo. E ele estava a ponto de beija-la quando escutou um barulho do lado de fora. Ele se levantou e olhou pela janela e viu os amigos de Kate, ela também se levantou e olhou assustada para ele.
- você me enganou? Ele perguntou.
- não, eu não sabia que eles vinham eu juro.
- foi uma distração? O corpo voltou a se contorcer e ele voltou a ser a criatura.
- Jikini por favor!!! Ela andou até ele mas um forte vento a derrubou contra a parede e ela gritou de dor.
- Kate!! Michael gritou no quintal da casa ao ouvir os gritos e correu para dentro e atrás dele estava Vini e Eddie.
Jikini se ajoelhou no chão, Kate tentou impedi-lo de fazer a proferia mas era como se ela estivesse presa na parede. E a criatura então prosseguiu:

- Hai o jigoku kara otoshite, jigoku kara inochi o torimodosa sete kudasai ( que do inferno se refaça as cinzas, que do inferno eu traga de novo a vida) ele começou a repetir, e uma estranha luz se formou entorno dele, ele começou a falar mais alto, mas foi interrompido quando os garotos entraram.
- Kate você está bem? Michael perguntou indo até ela.
- impeça-o. Ela disse apontando para Jikini, Vini e Eddie nunca o tinham visto em sua forma real então Eddie disse:
- cacete!!! Esse cara é mais feio que bunda do babuíno.
-  vai tirar onda com isso? É sério? Vini perguntou em pânico apenas olhando para a coisa.
- não há nada que vocês possam fazer, o mal já está começando. Jikini dizia com uma voz grossa e apavorante. 
- eu posso. Michael mostrou o livro que Jikini conhecia tão bem. Kate obervou tudo com uma forte dor no coração, ela não queria que Jikini morresse, ela tinha começado a...ama-lo. A luz que estava se formando começou a ficar maior, a família de Jikini estava voltando, mas então Michael abriu uma página do livro e começou:

- unmei o ikita shisha ni shimashou, soshite chiheisen kara agaru kurayami wa tsuini sono tabi o oemashita. ( que o destino se faça do vivo um morto, e que as trevas que ressurgem do horizonte tenham por fim a sua jornada encerrada. )

Michael começou a repetir e pouco a pouco toda aquela luz começou a desaparecer, Jikini olhou para Kate que chorava em silêncio, ele tentou avançar até Michael mas foi impedido por algum tipo de força, ele começou a girar pelo ar em um grande feixe de luz, e em pouco tempo desapareceu no meio da claridade. Kate foi solta da parede, e correu até o centro onde a criatura havia sumido:
- me perdoe. Ela disse em sussuro, mas o que houve? Nem ela mesma conseguia entender, ele era a coisa, e ela ansiava em ve-lo morto, mas que sentimento confuso brotou nela? Piedade, arrependimento, ou talvez, AMOR.

É, eu ouvi um amém irmãos? Sim, eu consegui escrever um capítulo novo, e diferente dos outros esse até ficou um pouco maior, fiquei tão inspirada que modéstia a parte ele ficou exelente rsrs. Claro que devo isso a ajuda de uma amiga que me deu idéias no momento em que Kate conversa com Jikini. Mas agr fiquei totalmente confusa com o final, é estranho querer que a Kate fique com Jikini? eu não quero estragar o final do livro, mas estou pensando nessa hipótese. Deixe nos comentários o que vcs acharam desse capítulo. Jikini sumiu, mas ainda não é fim...Está muito longe do fim.

JIKINIOnde histórias criam vida. Descubra agora