sonhos perturbadores

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Ajude-o, ele precisa ser livre, ajude-o.

Esses pensamentos atormentavam Katherine enquanto ela dormia até acordar pelo susto quando teve seu braço tocado.
- o que você quer? Ela pergunta se ajeitando na cama, mas pela fraqueza permaneceu deitada.
- você parece mal minha dama, seu corpo arde em febre. Eu trouxe sua refeição. Ele lhe entrega uma bandeja com suco e torradas, ela o olha apavorada.
- que lugar é esse? Onde estamos?
- não importa. Você está segura. Katherine inclinou a cabeça para vomitar, e percebeu ser sangue, Jikini se preocupou e nosso mesmo instante tentou ajudar, e limpou sua boca, ao ver suas garras cobertas pelo sangue ele a encarou, ela tentou se afastar apavorada, mas não conseguia, ele levou o dedo a boca e tomou o sangue.
- você precisa descansar. Ele se levantou e andou até a porta.
Katherine tentou se levantar mas caiu no chão, ela passou a se arrastar pela janela e a abriu, o vento estava forte e o mar estava agitado, ela teve um olhar mais a vista, era uma mulher que a encarava e flutuava, tinha cabelos longos e um vestido branco seu rosto era coberto por cicatrizes, seu olhar era fundo e sem cor, sua pele, branca como a neve, a jovem se sentiu petrificada na hora, ela tentou fechar a janela mas a mesma estava emperrada, ela puxava e esbravejava, mas em vão, tentou gritar, mas o pavor impedia a voz de sair. A mulher se aproximou mais dela, Katherine não a reconhecia mas sabia quem era, era a jovem morta por Jikini com o mesmo nome que ela.
O cabelo da mulher balançava ao vento, ela chorava sangue, suas mãos eram grandes e ásperas, de unhas enormes com vários riscos pretos.
- você... Kate tentava continuar a falar, mas sua voz falhava.
- você está morrendo. A mulher dizia de voz calma porém assombrosa.
- como? Kate perguntava confusa.
- o bebê. Ele te mata aos poucos, ele te mata por dentro, ele irá se alimentar de você, até que sua carne apodreça quando você já estiver morta. A voz passou a ecoar pelos cantos da casa. VOCÊ ESTÁ MORRENDO!!! VOCÊ ESTÁ MORRENDO!!! a voz levantou um grande vento empurrando Kate contra a parede, gemendo de dor ela viu que a mulher havia sumido e a água acalmado.
- eu... preciso dar um jeito... de matar essa criança... estou grávida de um mostro... ela disse antes de ter um leve desmaio.

A lua iluminava o campo a noite, uma criança de mais ou menos 8 anos estava subindo nas árvores a vista de seus pais.
- filha, você tem só mais meia hora para brincar, logo logo você tem que entrar na cabana. Sua mãe disse.
- está bem. Ela respondeu se balançando no tronco da árvore, seus pais conversavam enquanto aprontaram a fogueira, a menina desceu da árvore para ir até os pais, Mas então ele viu uma borboleta voando por ela, e não era uma borboleta comum, ela brilhava nitidamente.
- oi pequenininha, ei pra onde você vai? Ela começou a correr atrás do inseto gargalhando, e se afastava dos pais cada vez mais, ela deslizou até a estrada e caiu no chão mas continuou a perseguir a borboleta, ela correu mais e mais, até escutar um barulho vindo de uma moita, e dele saíram grandes olhos amarelos que brilhavam.
- olá? Ela perguntou indo até a moita.
- o que faz aqui sozinha pequena? A voz um pouco rouca perguntou.
- eu estava correndo atrás da borboletinha, mas acho que me perdi... você sabe onde eu estou.
- eu sei sim, se você quiser eu te mostro, mas é uma surpresa. Você gosta de surpresas? Ela assentiu a cabeça animada.
- vem comigo pequena. A voz murmurou, parecia triste.
- o que foi? A garotinha perguntou indo ainda mais em direção ao ser que a chamava.
- eu estou com fome, e não encontro nada para comer.
- e o que você gosta de comer?
- carne. Você teria alguma aí com você? A voz ficou mais grave, fazendo a garotinha se afastar. E a coisa continuou- tenho tanta fome, talvez você possa me ajudar.
- eu não sei não...
- o que foi criança? Tem medo de mim? Não precisa Ter, sou seu amigo. A menininha deu um sorriso simpático pra criatura.
- você está preso aí? Ela perguntou apontando pra moita?
- oh sim. Eu estou sim, e por isso tenho tanta fome, você me ajuda a sair? A garota esteve a ponto de estender a mão, Mas a luz de um carro a assustou, o veículo parou quase encostado nela.
- aonde estão seus pais?
- Michael entra no carro pode ser uma armadilha. Eddie disse.
- calma, é só uma criança... então pequena, está perdida? Ela assentiu com a cabeça meio tristonha.
- venha, vamos procura-los. Ele foi até ela, mas a cada passo que ele dava a garota parecia mais distante, ele corria mas apenas se afastava ainda mais.
- o que está acontecendo? Vini e Margaret saíram do carro ao perceber que algo estava errado, a garotinha assustada permanceu no mesmo lugar, eles ouviram risos, e no meio da escuridão um semblante surgiu, a menina ergueu a cabeça e olhou para trás, Jikini a pegou pelo braço e sorriu para Michael.
- Não!!! Ele gritou correndo e desta vez chegando perto, o ser revelou seus enormes dentes e olhar perturbador, a menina gritou apavorada, um enorme redemoinho se fez em volta deles, Michael virou o rosto para se proteger do vento, até sentir algo quente em sua pele... era sangue, sangue da garota que estava se alastrando pela estrada, a coisa deu um grito grave e gargalhadas e simplesmente sumiu, e tudo o que restou foi o vestido florido que a garotinha usava, banhado pelo sangue Michael se ajoelhou e chorou, a coisa estava forte... Mais forte que antes, eles não tinham muito tempo para resgatar Kate.

JIKINIOnde histórias criam vida. Descubra agora