Capítulo 4

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Capítulo 4

Pov Maria Flor

-Aonde você vai? -Pergunta João adentrando o banheiro sem permissão. -Soltando os cabelos, se arrumando.

-Primeiro não estou me arrumando. -Tiro a Touquinha. -Segundo vou só na oficina ver o meu carrinho.

-Sei, vai ver o carro ou o mecânico?

-Claro que o carro, eu heim! -Saio andando.

-Desde o dia que esse carro começou a ser arrumado, você não sai de lá e outra, esta se dando muito bem com o gostosão.

-Só estamos "nos dado bem " por conta do carro. -Reviro os olhos. -Logo isso passa, garanto. -Vou até a vitrine e pego um cupcake de chocolate, minha especialidade.

-Vai levar para ele? -Pergunta com um sorriso idiota na cara.

-Sim, tenho que achar uma forma de agradecer.

-Sei bem como deveria agradecer. -Ri travesso.

-João! -Repreendo. -Não fala bobagens. -Guardo o doce em uma embalagem. -Já volto. -Largo ele rindo feito bobo.

Entro na oficina e todos me cumprimentam. Por incrível que parece a bandeira da paz estava estendida entre mim e aquele ogro, apesar de algumas vezes ele ainda ser um estupido eu o ignorava, ou simplesmente respondia a altura e o grandão abaixava a bola.

Estava muito agradecida pelo o que ele estava fazendo e admito que achava um tanto estranho, mas não iria recusar os consertos.

-Cadê seu chefe? -Pergunto ao Tigre.

-Agarrado no seu carro. -Rir. -Acho que final mente ele se apaixonou.

-Galileu tem seu charme!

-Aquela coisa tem nome?

-Tem! E não o chame de coisa. -O olho brava. -Ele é uma clássico.

-Parece que estou ouvido o Carlos falar. -Rir zombeiro. -O que é isso? -Aponta para a sacolinha.

-Um cupcake, trouxe para o ogro, vê se ele adoça a vida.

-Sei... -Balança a cabeça e sorri. -Minha mulher está doida para vir experimentar algo da sua doceria.

-Sua mulher? - O olho surpresa.

-Sim, sou casado com uma morena maravilhosa. -Tigre falava da sua mulher com um sorriso gigantesco. Eu achava isso tão lindo, quem me dera alguém falar assim de mim.

-Nossa, não sabia. -Sorriso de volta. -Leva ela lá, faço questão de fazer algo bem gostoso.

-Vou levar!

-Deixa eu ver meu carrinho. -O deixo ali trabalhando.

Vou para trás da oficina onde eu sabia que ia encontra-lo

Chego e o vejo em baixo do carro, mexendo em alguma coisa.

-Oi! -Falo sem graça.

Carlos sai de baixo do carro e me encara ainda no chão. Ele estava sem a parte de cima do macacão, estava sujo de gracha, os cabelos bagunçados e um pouco suado.

Fico com muita vergonha e acho que não soube disfarçar o meu espanto, pois ele me olhava de um jeito zombeiro.

-Vim saber como as coisas estão. -Suspiro e o encaro tentando não transparecer nada. -E te trouxe uma coisa. -Estendo a sacolinha e ele a pega. -Espero que goste, eu mesma fiz.

Me ignora e abre a embalagem pegando o doce e levando a boca, mordendo um pedaço.

-Porra! Não é que você cozinha bem. -Morde mais um pedaço. -Olha, a chata tem um talento.

Maria Flor (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora