capítulo 8

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Capítulo 8

Pov Carlos

Quando entrei naquele apartamento e vi toda aquela palhaçada que a Carla armou para mim só queria me virar e ie embora, mas quando a vi fiquei sem ação. Nunca poderia imaginar que ela seria irmã daquela louca, ambas eram tão diferentes.

No momento que meus olhos encontraram os dela, senti meu peito se apertar e uma vontade de correr até ela e abraça-la me invadiu de uma forma. Nesses dias todos senti falta daquele sorriso, de ouvir aquela voz e agora ela estava ali na minha frente me olhando com uma tristeza.

Depois de toda aquela apresentação fomos para a cozinha mas ela não foi.

-Minha avó cozinha !muito bem gatinho. –Carla se senta. –Sente –se. A fuzilo com os olhos. Essa garota me aguarda.

Não iria ficar ali, queria ve-la, explicar o que está acontecendo, não quero que ela pense que estou com Carla.

-Aonde fica o banheiro p? –Pergunto.

-No fim do corredor . –Iolanda me encara de cima a baixo.

-Licença. –Peço e saio da cozinha.

Ando pelo corredor a procura dela, vejo uma porta entre aberta e entro. Mari esta deitada de bruços sobre a cama, parecendo chorar.

-Mari! –Me aproximo devagar.

Ela se vira limpando o rosto, que estava vermelho. Me sinto um idiota por estar fazendo aquela doce menina chorar. O que eu estou fazendo?

-O que está fazendo aqui? –Sua expressão é seria.

-Queria conversar, te explicar.

-Não me deve explicação nenhuma!

-Mari eu não sabia de nada disso, não concordei com esse jantar. –Falo calmamente. –Nos não estamos namorando.

-Se estão ou não namorando eu não tenho nada com isso. –Se levanta e vai até a porta. –Saia daqui, quero ficar sozinha. –Sua voz sai embargada.

-Mari... Me aproximo dela e toco seu braço. –Eu juro que não sabia de nada disso.

-Saia daqui! –Me encara firme. –Chega dessa palhaçada, você não me deve explicações nos beijamos apenas, não passou disso.

-Se não tivesse passado de um simples beijo eu não estaria aqui. –Admito. –Não estaríamos aqui um fugindo do outro.

-Não estou fugindo de ninguém. –Suspiro tentando segurar as lágrimas. -Só quero ficar sozinha.

Toco seu rosto, passando o polegar em seus lábios vendo ela fechar os olhos respirando fundo. Aproximo seus lábios dos meus os roçando de leve.

-Não... –Se afasta. –Chega Carlos! –Grita. –Some DAQUI.

A encaro por alguns segundo as e saio do quarto.

Minha cabeça parecia que ia explodir, sentia meu corpo pesando, precisava sair dali.

Entro na cozinha e as três me encaram, dava para perceber o quanto eu estava transtornado.

-O que houve gatinho? –Encaro Carla.

-Desculpa Dona Carmen, mas vou ter que ir, infelizmente não estou me sentindo bem. –Invento. –Agradeçopelo jantar.

-Tudo bem meu filho, melhoras. –Ela me olha de um jeito estranho. –Carla leve-o até a porta.

Ela se levanta com uma cara de poucos amigos e caminhamos até a sala.

-Nunca mais me procure. –Digo ríspido.

-Mas...

-Mas nada. – Seguro em seu braço. –Entenda, não tenho e nunca tive nada com você, me esqueça. –Rosno.

-Você é meu , não vou te deixa nunca.

-Garota nunca fui seu, você é só mais uma na minha lista. –A largo ali e saio andando.

Entro no carro e dou partida, precisava beber esquecer de tudo, esquecer daquela menina que estava acabando com o meu psicológico.

Paro no primeiro bar que vejo e começo, uma, duas , tes doses de whisky. Ao invés de me ajudar eu só pensava mais e mais nela. Seu cheiro era o melhor aroma que já senti, aquela boca minha perdição, aqueles olhos se conectam tão bem com os meus.

Ahh! –Bato na mesa com força. –Desce mais uma. –Falo com o barista.

-Noite difícil? –Uma ruiva senta-se ao meu lado.

-Muito... –Minha voz sai arrastada. –Quero esquece-la aquela menina...- Viro mais uma dose.

-Posso te ajudar com isso! –Sorri abertamente. –Posso ser ela por está noite.

-Não pode, nenhuma é igual a ela. –Me levanto meio zonzo, tiro umas notas da carteira jogando no balcão.

-Sou melhor, te garanto. –Se aproxima de mim e começa a beijar meu pescoço. –Me da uma chance? –Nos olhamos e não sei se era o efeito da bebida ou ela lembrava a minha menina.

A tomo em meus braços a beijando com vontade, só precisava sentir-lá ali comigo.

Arrastei para fora do bar e entrei no carro, dirigia feito louco.

Quando cheguei em frente a oficina parei o carro e desci e ela também.

Nos beijamos com vontade eu precisava sentir seu corpo, sentir a minha menina comigo.

Entramos e a levo para dentro de casa a puxando para o meu quarto. A jogo na cama e me deito sobre ela beijando seu pescoço e inalo aquele cheiro.

Não, não era o cheiro dela , o dela é de flores, aquilo era enjoativo me fazia embrulhar o estômago.

Encaro aqueles olhos e não eram os que eu queria ali.

-O que foi gato? –A garota me olhava com um sorriso Besta nos lábios.

Me levantei de supetao passando a mão pelo rosto . O que estava fazendo? O que eu iria fazer?

-Vem , vamos continuar –Se levanta e vem até mim.

-Some Daqui! –A empurrou e ela me olha assustada. –Anda sai!

Seu bêbado de merda! –A garota sai porta a fora.

Me jogo na cama querendo morrer, meu peito gritava, minha cabeça doía. Era um misto de torturas diferentes , físicas e emocional.

Maria Flor (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora