Capítulo 10

4.4K 354 11
                                    

Capítulo 10

Pov Maria Flor

-Fiquei muito feliz por ter aceitado meu convite. –Diz sem tirar os olhos da estrada.

-Eu agradeço pelo convite. –Sorriso tímida.

-Não precisa agradecer quero muito te conhecer, passar algumas horas ao seu lado. –Ele me olha com um belo sorriso e depois volta a atenção para o caminho.

Não posso negar que Guilherme era um homem lindo, aquele sorriso, todo o porte, deixa qualquer mulher apaixonada. Aceitei jantar com ele usando a desculpa para esquecer tudo, mas uma parte de mim se sente culpada em usa-lo para esquecer outro homem.

E admito que queria entender o que ele vê em mim,para me admirar tanto e ser tão maravilhoso.

Logo ele estaciona na frente de um belo restaurante. Uma fachada toda em madeira, parecia ser bem aconchegante o lugar, com um certo toque chique.

Guilherme sai do carro e abre a porta para mim, segurando minha mão me ajudando a descer.

Espero que goste. –Sorri. –É um dos meus restaurantes preferidos.

-Vou gostar , tenho certeza.

Guilherme coloca a mão em minhas costas e caminhamos juntos até a entrada.

Ele fala com a recepcionista que nós leva até um mesa perto de uma grande janela de vidro.

Ele puxa a cadeira e eu me sento e logo caminha até sua cadeira também se sentando.

-Gostou do lugar?

Olho em volta, o ambiente era bem rústico, em tons de madeira, amarelo, cores quentes. As luzes baixas dando um certo ar romântico ao lugar, era bem agradável.

-Gostei, muito belo.

-Mari, desculpa mas não consigo parar de te admirar. –Me olha fixo nos olhos. –Está tão linda. – Ruboriso. –É um charme essa sua timidez.

-Não consigo falar nada só dou um sorrisinho.

-Quero saber sobre você, lógico o que quiser me contar. –Rir de canto.

-Bom, não tenho muito o que contar. Sou confeiteira, amo o que faço, fui criada pelos meus avós, tenho uma irmã mais velha Carla e uma irmã mais nova Iolanda, só isso nada demais.

-Gostei!  -Logo o garçom vem e Guilherme faz os pedidos. –Desculpa ter tomado a frente. –Fica sem graça. –Se quiser mudar o pedido.

-Não, de forma alguma. –Tento ser simpática. –Iria pedir para escolher para mim de qualquer forma.

-Se gostar, sempre que quiser a trarei aqui.

-Me fale sobre você também. –Mudo de assunto.

-Nasci e cresci na Itália, em Verona, fui criado pelos meus pais, tenho três irmãos e uma irmã e por fim sou médico pediatra.

-Gosta de crianças?

-Adoro, são minha paixão, meu sonho é uma  familia grande, quero muito ter filhos um dia. –Sorri abertamente. –Desculpa no primeiro encontro falar algo assim é meio...

-Não, também gosto de crianças e não se preocupe, fale o que quiser, como quiser .

O jantar foi regado a muita conversas, risadas e um comida maravilhosa, pouco, mas muito gostosa. Guilherme era o tipo de cara que gostava de frequentar lugares assim, coisas que não estou acostumada e mesmo a comida estando gostosa, preferia algo maior.

Ele foi um perfeito cavalheiro, sabia conversar, me contou varias coisas sobre seu amor pela Itália, sobre sua profissão. Gostei de ficar ouvindo sobre ele, ele era um homem incrível , perfeito, mas não era para mim.

Mesmo gostando da sua companhia aquele sentimento ainda percorria meu peito. Eu estava ali só para esquecer aquele ogro e não estava dando certo quanto eu queria.

Pensava naquela cara brava  que se desmanchava quando comia um doce, no sorriso dele quando estava concertando um carro.

Passo a mão no rosto voltando a realidade, percebendo que não estava prestando atenção em nad do que Guilherme estava falando.

-Os vinhedos são lindos...-Ele para de falar. –Quase não lhe deixei falar não é? –Fica em graça.

-Não, eu gostei de ouvir suas histórias. –Sorrio.

-Vamos, queria dar uma volta.

-Claro.

Depois de pagarmos a conta ele se levanta e segura minha mão e acabamos que caminhamos de mãos dadas para fora do restaurante.

Fiquei um pouco sem graça de negar seu toque e acabei deixando ele me guiar.

Guilherme sorria e me olhava de um jeito tão terno enquanto caminhavam os pela calçada. Nos sentamos em uma pracinha apreciando a brisa fresca batendo em nosso rosto.

-Linda. –Toca minha mão. –Ainda não acredito que estamos aqui.

-Gostei muito do jantar, sua companhia. –Leva a mão até meu rosto o acariciando me fazendo sorri tímida.

Se aproxima devagar, sinto sua respiração pesada, meu coração disparando e em um movimento ele toma meus lábios em um beijo calmo. No começo não correspondo,,mas aos poucos vou cedendo.

Ele me beijava de um jeito calmo, doce, mas não conseguia sentir nada, era completamente diferente do beijo intenso de Carlos.

Interrompo o beijo e o olho fixo.

-Maria! Me viro e vejo Carlos nos olhando com uma expressão nada agradável. –Não sabia que estava namorando.

-Não estamos, ainda! –Guilhermefala firme e depois me olha com um sorrisinho.

Não digo nada, meus olhos não desviam daquele homem a minha frente, que me encarava com uma tristeza?

-Felicidades ao casal. Se vira e vai andando.

Me levanto de supetao e vou atrás dele sem pensar.

-Carlos ! Eu ... Eu...-Seguro seu braço.

-Mari, por favor, me deixa. –Não me encara.

-Nós só jantamos, mais nada.

-Como você disse não devemos explicações um para o outro. –Se desvencilha do meu toque e sai andando.

-Mari. –Guilherme toca meu ombro. –Quer ir embora?

-Sim, por favor.

Caminhamos até o carro e entramos. Fui o caminho todo sem falar nada e só pensando na atitude dele, em sua expressão, seu jeito.

O carro para em frente minha casa, olho para Guilherme e falo:

-Me desculpa...

-Mari, eu sei que sente algo por aquele cara. –Segura minha mão. –Mas vou te mostrar que posso te fazer feliz é só me dar uma chance.

Não falo nada, abaixo a cabeça me viro e saio do carro. Entro em casa e me deito no sofá chorando.

-Meu Deus! –Me desmancho em lágrimas.

Postado❤️

Maria Flor (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora