Maria Flor (PAUSADA)

capítulo 13 (bônus)

Capítulo 13 ( Bônus)

Pov Guilherme

Três meses atrás em Verona na Itália.

-Guilherme, não aguento mais, você precisa tomar um rumo na vida! –Meu pai esbraveja.

-Eu trabalho, já tomei um rumo.

-O que adianta trabalhar e comer metade do hospital, a quantidade de processos de assédio que você recebeu. –Joga os papeis na mesa. –Quatro enfermeiras.

-Não tenho culpa de gostar de mulher em excesso. –Riu sacana.

-Guilherme é um aviso se não se ajeitar vou cortar tudo, sua mesada, seus luxos, tudo.

-Quer que eu faça o que? Me case?

-Ta aí. –Meu pai me encara. –Você tem seis meses para me apresentar uma noiva, se não acabou sua vida mansa.

-Ficou louco? Não quero e nem vou me casar. –Esbravejo.

-Simples se não fizer isso perde tudo. –Meu pai caminha até a porta. –Está avisado. Me apresenta uma noiva em seis meses ou ficará sem nada. –Sai do escritório.

*******

Depois de voltar para o Brasil comecei a caça de uma garota para apresentar ao meu pai. Tinha todo o plano arquitetado, noivaria, casaria e em um ano pediria o divórcio.

Quem seria tão desesperada a tal ponto de noivar nesse período tão curto. Não poderia ser uma piranha qualquer se não meu pai desconfiaria que aquilo era mentira, então resolvi aplicar outra tática.

Mulher feia, desesperada, uma que se jogaria aos meus pés. Com todo meu dinheiro seria fácil.

Um belo dia passando de carro vejo uma jovem encostada na porta de uma doceria, tinha um sorriso bonito, mas era gorda, ela seria perfeita.

Durante uns dias fiz aquele percurso para ver como era sua rotina e assim atacar.

A primeira vez que conversamos vi o quanto ela era simpática e tinha um rosto belo, tudo o que eu precisava naquele momento. Me fiz de cavalheiro, romântico, tudo que uma jovem como ela desejaria, um príncipe e achei que seria  fácil conquista -lá.

Logo a chamei para sair, porém recebi um não. Eu não pretendia desistir tão fácil, Maria era perfeita para mim naquele momento, até um idiota aparece e arruinar tudo.

A garota era apaixonada por um bosta de um mecânico, mas eu sou Guilherme Bartolini, ela iria me querer. Insisti de todas as formas e ele aceitou meu convite para jantar, rolou um beijo e não é que ela beijava bem, pelo menos isso. As coisas corriam bem até o tal do Carlos aparecer e acabou com tudo.

Fui atrás dele e fiz questão de lhe dar um aviso. Acabamos rolando no chão feito dois neambertais, mas senti um prazer absurdo em lhe dar uns socos.

No dia seguinte arquitetei um plano, tinha que arriscar e agilizar as coisas logo. Mandei o jardineiro arrumar todo o jardim o deixando impecável, romântico, tudo para agradar minha futura esposa.

A trouxe para minha casa e fiz o pedido e quando recebi um não me enfureci de uma forma. Como ela tem coragem de dizer não a mim, eu sou a melhor coisa que ela poderia arrumar na vida.

Depois que ela se foi subi para meu quarto, quebrei tudo ali.

-Você vai ser minha! –Joguei o vaso na parede. –Ninguém diz não a Guilherme Bartolini.