Carolina:
Assim que entrei, fiquei uns bons dez minutos encontrada na porta, pouco depois dos primeiros cinco ouvi a porta do Matheus a abrir-se e a fechar.
Nem acredito eu está como eu, mas ele sabe o que quer e eu ainda não.
Acho que nunca desejei tanto um homem na minha vida. Aquele corpo, aqueles olhos, aquela tatuagem
A tatuagem "o medo não detém a morte, mas sim a vida", acho que é um sinal.Respirei fundo e apercebi-me que ainda nem acendi as luzes, coisa que é raro em mim, pois odeio ficar sozinha e no escuro.
Deitei-me no chão do quarto, só consigo pensar nas nossas conversas mais picantes, na casa dele, no táxi depois da noite de copos e no seu gabinete, foi um longo mês.Fechei os olhos, e deixei a minha mão deslizar pelo meu corpo. Só de pensar que ele está no quarto ao lado dá-me calor. Sete que ele vai ouvir se eu tiver um orgasmo? Uma parte de mim queria que ele ouvisse.
Continuo com a minha brincadeira, consigo imaginar o olha de Matheus em mim enquanto faço isto. Começo a ficar ofegante.
Meu Deus!
Oh, Meu Deus!
Estou tão perto! Foi tão rápido, pensei.
De repente... dei um salto, ao ouvir alguém a bater á minha porta com força.Jesus!
Sentei-me bruscamente, com a respiração irregular, como se tivesse acabado de correr a meia maratona.
– Carolina? – disse o Matheus.
– Sim?
– Emprestas-me o teu carregador? Esqueci-me de o meu em casa.
– Hum, claro que sim. Dá-me só um minuto para o procurar.
Ao encontrá-lo respirei fundo antes de abrir a porta que nos separava. Não o consegui encarar.
– Aqui tens – disse eu, a olhar para todos os lados menos para ele.
– Obrigado.
– Não precisas de agradecer, só vou precisar dele amanhã, ia agora mesmo me deitar por isso tudo bem.
Até eu própria estranhei a minha voz. Oh Meu Deus! Ele vai perceber.
Quando levantei os olhos, ele estava de testa franzida.– Estás bem?
– Estou ótima. Porque não haveria de estar?
Consigo perceber que ele não foi na conversa.
– Não sei – Espreitou para dentro do meu quarto – O que estavas a fazer?
– Nada – respondi rápido de mais.
– Nada?
Eu estava toda suada e ainda a recuperar a respiração. Foi quando o Matheus percorreu o meu corpo com os olhos e só para quando olhou bem no meu olho.
Ele percebeu, tenho a certeza. Vi ate quando as suas pupilas se dilataram, quando se deu conta do que tinha acabado de acontecer. Depois de um momento de intensa contemplação, limitou-se a dizer-me:
– Boa noite, Carolina.Quando consegui respirar mais calmamente, o Matheus impediu-me de fechar a porta, bem no último instante, e agarrou-me naquela mão. Levou-a ao rosto e inalou profundamente.
Aí!
Ele está a cheirar a mão com que me estive a masturbar.Foi o momento mais embaraçoso, e erótico, de toda a minha vida.
Quando finalmente abrir os olhos, e o ouvi gemer, percebi que estava tramada é que não iri aguentar muito mais.
– Desisto!
Ele abraçou-me pela cintura levantando-me do chão, com o movimento rápido.
– Já não era sem tempo.
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O Boss
Short StoryBaseado no livro "Quando o teu patrão é convencido, mas sedutor, arrogante, mas sensual, irritante, mas irresistível, o resultado só pode ser um..." Estas no primeiro encontro com um homem para lá de aborrecido. O que é que fazes? Finges ir á casa d...