Capitulo 21

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Carolina:
Acordei com movimento na cama. O quarto estava às escuras e a minha única reação foi de medo, até que os meus olhos se adaptaram á escuridão e apercebi-me de onde estava. O Matheus estava a murmurar algum enquanto dormia. Não sabia se devia ou não acorda-lo. Estava muito inquieto e bastante atormentado.

Custava-me vê-lo a sofrer então decidi acorda-lo. Sacudi-lhe de leve o ombro.

— Matheus?

Ele endireitou-se bruscamente e eu quase cai da cama abaixo.
A princípio parecia confuso.

— O que foi? O que foi? Estás bem? — estava ofegante e com a respiração pesada.

— Sim, sim estou bem, mas estavas a ter eu pesadelo e eu decidi acordar-te.

Passou os dedos pelo cabelo.

— Desculpa. Tens a certeza que estás bem?

—Estou perfeitamente bem.

Já mais calmo, levantou-se da cama e dirigiu-se á casa de banho, ficou lá bastante tempo, percebi que tinha voltado para a cama quando o colchão se afundou no fundo da cama. Estava sentado e com os cotovelos nos joelhos, a tapar a cara com as duas mãos. De costas voltadas para mim.

Estiquei o braço e toquei-lhe na pele nua.

— Queres falar sobre o assunto?

— Nem por isso, comecei a ter pesadelos outra vez, já não os tinha há muito tempo.

— São sobre a tua noiva?

— Desculpa.

— Não tens que pedir desculpas, o meu irmão teve pesadelos algum tempo depois do assalto. Não te quero pressionar, mas talvez te faça bem falar sobre o assunto.

O Matheus ficou em silêncio algum tempo.

— Consegui finalmente trazer-te para a minha cama. O que menos desejo agora é falar de outra mulher, enquanto aqui estivermos.

Sentei-me e gatinhei até ele. Agarrei-me a ele por trás, abraçando-o pela cintura, apenas com as cuecas, que vesti enquanto ele estava no banho, de rosto encostado no seu ombro e os seios nus esmagados contra as suas costas. Ele continuava a cheirar maravilhosamente bem.

— Não estamos na tua cama — disse-lhe eu — estamos na cama de um hotel.

— Quando se trata de mim e de ti, não há espaço para mais ninguém, seja em que cama for.

Abracei-o com mais força.

— Se quiseres falar estou aqui.

O Matheus virou-se para me encarar, envolveu-me a garganta com a sua mão enorme e pressionou o seu pilhar no fundo do meu pescoço. Depois inclinou-se para cima de mim e lambeu-me o pescoço.

— Não quero falar.

— Mas... — tentei argumentar, mas os seus lábios já estavam na minha orelha.

— Chiuu.. a minha boca não quer conversar, tem outros planos.

Antes mesmo que eu percebesse que ele se estava a mover, ajoelhou-se e puxou-me para o fundo da cama. O que me fez a seguir com a boca, foi bem melhor do que conversar.

Eu e o Matheus estivemos ocupados á tarde toda, mas mesmo assim de vez enquanto, lançávamos olhares sedutores um ao outro. Embora, por um lado achasse errado estar a envolver-me, o outro lado achava ótima a ideia.

Quando as reuniões terminaram a Eliane, convidou-nos para irmos jantar e assim o fizemos. Enquanto tomávamos bebidas sentados ao balcão, falávamos de trabalho, mas depois a conversa mudou o rumo e tornou-se mais pessoal.

O BossOnde histórias criam vida. Descubra agora