Capítulo 21

145 11 0
                                    

As coisas entre Juan e eu esquentaram de novo. Acho que até demais. Juan andava insaciável.

— Eu preciso trabalhar e você precisa voltar para o trabalho, Juan – choraminguei enquanto Juan voltava a me acariciar. Eu estava deitada no sofá e Juan, que tinha ido ao banheiro, voltou e se deitou sobre mim.

Ele tinha vindo almoçar comigo na clínica, mal sabia eu que eu seria a sobremesa. A gente já tinha feito amor umas duas vezes e ele estava querendo uma terceira, mas eu não aguentava mais nada, eu estava exausta.

— Não tem problema se eu me atrasar um pouco – Juan respondeu e atacou meus seios, beijando e mordendo um enquanto atiçava o outro com a mão. Gemi e fechei os olhos. – Você é tão linda – sussurrou descendo os beijos pela minha barriga.

— Eu não aguento mais – sussurrei e ofeguei quando Juan abriu minhas pernas e seus dedos e boca me alcançaram. Ele me provocou e me estimulou até que eu tivesse outro orgasmo e, dessa vez, eu mal consegui gemer. Meu corpo todo tremeu, mas eu não tinha mais voz e disposição pra nada. Desabei no sofá e tentei acalmar a respiração ofegante.

— Aguentou – ele sussurrou no meu ouvido e me beijou.

— Mas... e você...? – perguntei ainda cansada, a voz falha e a respiração ofegante.

— Eu só queria fazer você gozar de novo mesmo – Juan sorriu e eu fechei os olhos rindo.

— É sua vez – respondi tentando alcança-lo com a mão, mas Juan não deixou.

— Não quero, sei que você está cansada e tem muitos pacientes ainda hoje – disse beijando todo meu rosto e me fazendo cafuné. – Eu só gosto de te ver tendo um orgasmo – sorriu presunçoso e eu fiz careta.

— Você é um tarado – acusei e ele sorriu.

— Ficamos muito tempo sem isso, não posso desperdiçar as oportunidades de ver você gozando pra mim – Juan piscou e beijou meu queixo.

— Safado – acusei o puxando para um beijo.

Ficamos mais uns minutos ali, brincando e trocando carinhos. Depois nos vestimos e Juan me ajudou a arrumar minha sala e voltou ao trabalho. Era meu último dia do ano, no seguinte íamos entrar em recesso de fim de ano e no próximo dia era nosso aniversário de casamento. Combinamos de levar Luna de volta para casa e Clarice e Julia ficariam lá uns dias porque eu planejei uma segunda lua de mel para Juan e eu. Na verdade, primeira né, já que não viajamos quando nos casamos. Viajaríamos para passar cinco dias em Fernando de Noronha.

Obviamente, as brigas não haviam entrado em extinção, todo casal briga, por uma coisa ou por outra, mas agora estávamos lidando melhor com os problemas e conseguindo resolver conversando. E as briguinhas mais "tensas" voltaram a terminar em sexo. Percebemos que as meninas estavam menos estressadas. Clarice não falou mais sobre ter medo de que nos separássemos e Julia não estava mais tão manhosa.

Minha próxima paciente entrou cerca de dez minutos depois que Juan saiu. Era dona Bete, a mesma com quem eu havia conversado depois que vi a vaca se esfregando no meu marido. Ela sorriu para mim desejando boa tarde e se sentou na cadeira à minha frente.

— Boa tarde, dona Bete – sorri de volta para ela.

— Vi seu marido saindo daqui – ela contou com um tom de voz divertido.

— Ah é? Faz tanto tempo assim que a senhora chegou? – perguntei assustada e olhando a hora. Eu não havia me atrasado para a sessão dela, estava até uns minutinhos adiantada.

— Eu estava na cafeteria do outro lado da rua com o meu Antônio – ela respondeu risonha.

— Ahhh – respirei aliviada e ela riu. – A senhora está com alguma piada interna? – perguntei me levantando para terminar de arrumar a maca onde ela ia ficar.

Salvando Meu CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora