Capítulo 12

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No dia seguinte acordei determinada a mudar aquela situação. Não era possível que eu estivesse tendo problemas na cama com o único homem que havia me feito gozar desde a primeira vez (mero detalhe que antes dele eu só tive). E eu tinha certeza que os nossos problemas começaram com isso de não estarmos bem na cama, apesar de tudo, a base do nosso relacionamento era, nitidamente, o sexo. Nós éramos muito bons naquilo. Bons demais.

Era um lindo domingo de frio e chuva. Perfeito para passar o dia na cama. Melhor ainda que as meninas não estavam em casa.

Com todo o cuidado que uma pessoa desastrada como eu consegue ter, tirei a camiseta de Juan sem acorda-lo e prendi os braços dele com algemas na cabeceira da cama. A gente tinha umas coisinhas para brincar... E que estavam sendo negligenciadas há muito tempo.

Troquei os meus moletons por uma camisola curta e sensual que "cobria" a lingerie preta que eu escolhi. Olhei para ele que não havia se mexido nem um centímetro. Respirei fundo, fechei melhor as cortinas e liguei o som baixinho. Juan abriu os olhos e piscou tentando se levantar e se dando conta de que estava preso. Seus olhos me encontraram e eu sorri maliciosa.

— O que está acontecendo? — perguntou confuso tentando levantar de novo. Sem sucesso.

— Para de tentar levantar. Você vai se machucar — recomendei subindo na cama e ficando ajoelhada entre as pernas dele.

— Você não estava vestida assim quando dormimos ontem — observou engolindo seco.

— Não mesmo... Mas o que você achou? Gostou? É nova — respondi passando as mãos pelo meu corpo e vi seus olhos acompanharem meus movimentos. — A lingerie que eu estou usando por baixo dela também é nova — sussurrei no ouvido dele e o senti tentar se aproximar de mim.

— Por que você está fazendo isso comigo? — perguntou rouco e ficando ofegante.

— Porque você está se tornando um menino mau e precisa de um castigo para saber que não deve mais me fazer ficar preocupada e com raiva de você — respondi sentando no colo dele que gemeu. — E que, principalmente, não deve me provocar igual fez ontem para no final me deixar na vontade — repreendi me aconchegando e sentindo-o ficar ereto. — E, claro, para você não esquecer que sou eu que mando aqui — falei abafado enquanto distribuía beijos no pescoço dele.

— Maria... — Juan gemeu levantando o quadril na minha direção e eu mordi o pescoço dele e rebolei. — Porra, Maria. Me solta — pediu puxando as mãos.

— Primeiro: sem palavrão, amor. Segundo: eu vou te soltar quando eu achar que devo te soltar, certo? — respondi me afastando. Juan grunhiu e eu sorri me levantando.

— Onde você vai? Volta aqui — pediu desesperado.

— Estou pensando qual a melhor forma de te torturar — respondi dando de ombros. — Você está com muita roupa — balancei a cabeça negativamente e voltei para a cama.

Tirei o resto de roupa dele e voltei a beija-lo sentando no colo dele. Meu corpo parecia estar pegando fogo e eu estava louca para sentir as mãos dele em mim. Mas ainda não era hora.

O provoquei de todas as maneiras que consegui imaginar sendo que eu só conseguia pensar que quem não aguentava mais era eu mesma.

Fiz um "strip-tease" para Juan, tirando lentamente a camisola e a lingerie que eu usava. Ele dizia palavras de incentivo e eu ria. "Você é tão gostosa" ou "Nossa, eu escolhi tão bem", "Rebola mais um pouco amor". E eu fazia tudo o que ele pedia.

— Fazia tanto tempo que você não fazia essas coisas para mim — Juan disse com os olhos verdes escurecidos quando eu engatinhei sobre a cama, pairando sobre ele.

Salvando Meu CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora