Bughead - A nerd e o bad boy (CONCLUÍDA)

Regras

Boa leitura 😘

~•~

Betty on

- Vamos conversar.

- Olha, me desculpe, eu... - ele começa mas, estava óbvio que seria uma desculpa esfarrapada, então o interrompi.

- Não precisa se explicar. Mas a partir de agora terá regras. - cruzo os braços, tomando cuidado para que não seja de um jeito que sobressaía meus seios.

- Regras? - com certeza, estava sendo sonso.

- Regra número um: - sento na cama, mantendo a coluna direita - Nada de trazer alguma garota pra cá, não importa para o que seja.

- Mas... - ele tenta, mas eu interrompi ele de novo.

- Regra número dois: Para de deixar suas roupas jogadas no chão. Não sou sua empregada e não vou viver num lixo.

- Ta bom, mas... - ele tenta dizer.

- Regra número três: Se eu trazer alguma amiga minha aqui, não é para você dar em cima dela.

- Eu nunca... - interrompi ele.

- Você faria isso sim, porque eu te conheço, como todos daqui, inclusive, estou preocupada com seu emocional, não faz sentido alguém ser assim. Agora pode falar.

- Se você pode ter regras, eu também tenho que ter as minhas regras. - não digo nada esperando ele continuar, o que ele fez depois que entendeu - Regra número quatro: você não pode trazer nenhum garoto aqui também.

- Eu não...

- Vamos fazer uma aposta? Eu não beijo nenhuma garota durante um mês, se eu ganhar, você terá que fingir namorar comigo por um mês.

DO NADA? Esse garoto acha que sou o que???

- Mas, por que... - tentei continuar e tirar logo as mil e uma duvidas que surgiram, mas ele me interrompe.

- Eu tenho os meus motivos.

- Mas eu preciso saber quais são, para aceitar uma loucura dessas. - to indignada.

- Você não diz que me conhece? Então deveria saber que não vou conseguir. - seu rosto tinha uma expressão calma e serena, como se soubesse que tranquilamente venceria aquilo.

- E se você beijar alguém, você vai ter que raspar a cabeça. - eu digo e ele hesita um pouco mas depois concorda.
Eu não podia não aceitar, meu orgulho falava muito mais alto.

Que se dane, ele não vai conseguir isso. O garoto não fica sem beijar por um dia se quer.

- Feito e, não podemos contar para ninguém dessa aposta e nem pode contar pra ninguém que não namoramos de verdade. - esclarece.

- E você não vai contar pra ninguém que foi uma aposta você raspar a cabeça, você vai ter que dizer que quis mudar o visual. - eu falo e estendo a mão, e ele logo a pega.

- Feito. - ele diz.

- Outra coisa, depois de um mês, caso aconteça, podemos contar que era mentira, certo?

- Não.

- COMO OUSA? - franzi a testa e olhei para ele como quem queria mata-lo.

- Regras bebê. Você ja aceitou antes de saber.

- Te odio. Agora, começa a seguir as regras e arruma esse quarto. - levanto da cama, abro a gaveta para pegar uma roupa e tomar um banho longo e relaxante. Depois de 2 aulas seguidas da Megan e logo em seguida essa conversa estranha, cheia de suspeitas e que me deixou mentalmente exausta, preciso disso.

Coloco o meu celular para carregar enquanto vou tomar banho. Quando eu estava quase saindo, alguém bate na porta.

- Quem é? - rapidamente, pensei ser alguma garota ou uma das minhas "colegas", mas a voz não era de alguém com menos de 40 anos.

- É a Josinete, a expetora. - tive certeza de ser essa a suposta "madame descarga". Abro a porta e ela entra.

- Ontem a noite eu vim aqui e a senhora não estava. Seu colega disse que tinha ido ao banheiro devido a uma diarreia. A senhora já está melhor ou precisa de um médico? - eu olho pelo canto do olho para o Jughead e o mesmo tá se segurando pra não rir. Que boboca.

Meu Deus, eu não posso namorar com esse garoto. Não quero manchar minha imagem com isso, não mesmo.

- Ah, é. Sim, eu estou melhor, obrigada. - sorrio falsamente. A mulher com mais de 40 anos anos e cabelo tingido de preto se inclina porta adentro, estuda bem o meu rosto para ver se eu estava mentindo. Logo ela se convenceu e saiu, batendo a porta atrás de si.
Na hora eu pego um travesseiro e jogo no semblante feliz de Jughead.

- Diarreia, sério? - cruzo os braços e fumino ele com o olhar, o mesmo começa a rir sem parar. Ele me irrita tanto que, confesso, comecei a segurar o riso.  - Vou tomar banho, vê se conta a verdade, caso a madame descarga vinha aqui.

- Madame descarga? Por causa do que eu disse de você pra ela?

- Não, idiota. - dou de ombros - Todo mundo tá chamando ela assim. - abro a porta - Vê se não traz alguém pra cá, porque eu não vou te perdoar. E lembre-se: eu não sou feia, faria o mesmo que você facilmente. - saio antes que ele possa contextar, sentido o ar frio fazendo meu corpo todo se arrepiar.

- Hey Betty! - um garoto alto e careca começa a andar ao meu lado, acho que eu já havia visto ele com Jughead alguma vez.

- Acho que eu não te conheço. - ignoro-o, mesmo que ele continue andando "comigo".

- Ah é, me desculpe. Meu nome é Chuck Clayton, tudo bem com você?

- Tudo ótimo, - franzi o cenho - o que você quer? - perguntei mesmo desconfiando dele.

- Estou bem também, você está no mesmo quarto que Jughead, né? - ele pergunta é coloca o braço em volta da minha cintura.

Nem ferrando muito!

- Isso não é da sua conta, terei que ir a diretoria denunciar você? - tiro o braço dele da minha cintura rapidamente.

- Nossa, me desculpe então. - mal percebi que já estava na porta do banheiro - Boa noite princesa. - ele beija a minha mão e sai.

- Idiota. - falo em voz alta, fingindo ter pensado alta para que ele possa ouvir.

~~~*~~~

- Por que demorou tanto? Esqueceu da vida falando com o seu novo namoradinho? - Jughead provoca.

- Virou meu pai agora? E acho que você esqueceu que quem não pode namorar ou beijar na boca aqui é você. - provoco de volta, termino de guardar a minha roupa e deito na minha cama.

- Isso é injusto! - ele se joga na cama olhando para o teto e depois para mim.

- Mas é o trato. - eu tiro o meu celular do carregador e abro as redes sociais. Pesquiso o nome daquele garoto no Facebook. - Você fez alguma aposta sobre namorar comigo?

Continua...

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