𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐎 𝐌𝐀𝐔
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𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐔𝐄𝐈 𝐄𝐌 𝐇𝐀𝐖𝐊𝐈𝐍𝐒 naquela tarde imaginei que seria apenas mais uma das velhas cidades pacatas que já cheguei a frequentar, aquela em que eu e meus pais ficaríamos por no máximo três meses e depois nos mudaríamos novamente. Afinal, o emprego do meu pai no Hospital Central de Hawkins era temporário.
Nosso logo lar era um local confortável, carregando um ar moderno e vontade, com bastante móveis e objetos decorativos da maneira em que minha mãe gostava. Todos os seis quartos da casa têm seus próprios banheiros privativos, e a suíte principal no andar de cima tem uma lareira, área de estar, dois closets gigantes e frigobar. Um salão de festas, bar, piscina, sala de música, uma sauna, e nas mediações do jardim.
Tinha a opção de me distrair um pouco na sauna ou na piscina, relaxar era uma ótima opção, era um fim de tarde de domingo e amanhã seria o meu primeiro dia de aula na Hawkins Middle School.
Todavia optei sair e dar uma volta pela cidade, me fazendo notar o quão tranquila e quieta ela era. O movimento nas ruas era mínimo, e silencioso. De longe foi possível avistar uma lanchonete local, com um ar jovial e tocava alguma música da Cindy Lauper. As pessoas me olhavam com indiferença, talvez pelo fato de eu ser nova na cidade.
Uma cidade pequena, todos se conhecem. Forasteiros são vistos como et's.
Ao me aproximar do balcão, foi possível notar a presença de um rapaz e uma garota, ambos conversavam de maneira entretidas e trocavam risadas. Certamente estavam em um encontro, e eu tentei sei o máximo discreta para não atrapalhar. Ao pegar o cardápio, meu indicador desceu pelas colunas de sabores de milkshakes várias e várias vezes, até eu finalmente decidir um sabor.
— Um milkshake de baunilha, por favor — as palavras correm dos meus lábios de maneira simpática, enquanto olho para o funcionário por trás do balcão.
— Como quiser, gata — ele pisca de maneira ousada, me dando as costas em seguida — Um milkshake de baunilha saindo.
— Cuidado com ele, ouvi dizer que ele beija mal e tem mal hálito — uma voz feminina soa ao meu lado, e eu a olho de soslaio, notando que era a garota que estava em um encontro.
— Uh, irei retirar ele da minha lista imaginária de crush's então — digo de maneira divertida, fazendo-a rir — Brincadeira, ele nem é tão bonito assim.
— E é um cafajeste... — ri, em seguida estende sua mão —, prazer, sou Robin.
— É um prazer Robin, sou Hope — digo cumprimentando-a.
— Já que minha não tão adorável não faz as honras, eu faço... — o rapaz ao seu lado estica seu corpo sob o balcão, me fazendo olhá-lo —, olá Hope, sou Steve.
— É um prazer, Steve — estalo a língua no céu da boca, tombando a cabeça para o lado para o avaliar melhor.
A garota era loira e suas madeixas eram curtas, caídas nos ombros, seus olhos era azuis e ela tinha um estilo mais despojado. Entretanto, não posso deixar de frisar o quão bonita ela é. Já ele era todo engomadinho, com seu cabelo que chegava na altura dos ombros penteado para trás com uma boa quantidade de gel e com suas íris castanhas que me encaravam fixamente — também bastante bonito por sinal.
Talvez minha vinda a Hawkins não tenha sido tão ruim.
— Então... — uma risada fraca escapa dos meus lábios —, eu não quero atrapalhar o encontro de vocês, então eu vou... —
— Espera... — riem em uníssono —, encontro?! — Robin indaga, incrédula —, eu e ele?! — repete — eu e ela?! — ele faz o mesmo — Claro que não, somos só amigos. — a mesma completa, com os olhos arregalados.
— Ah, nossa... — solto uma risada constrangida —, eu realmente jurei que vocês dois eram um casal.
— Está vendo? É por isso que as garotas não chegam mais em mim, você espanta elas — Steve empurra o ombro de Robin, fazendo-a cambalear para trás.
— É, Steve, realmente deve ser por isso — seu tom sarcástico era perceptível.
O assunto entre mim, Steve e Robin fluiu naturalmente. Acabei descobrindo que eles estudavam na escola que eu estudaria a partir de amanhã, e assim como eu, estão no último ano. Ambos trabalham em uma sorveteria no mais novo shopping local, o Starcourt Mall. Também acabei descobrindo que Robin é lésbica — e isso realmente me deu uma pequena felicidade por saber que poderia flertar com o gato do Steve Harrington sem peso na consciência.
– E festas? Costumam dar festas aqui? Ou irem a pubs? — questiono cruzando as mãos sob o balcão, os olhando empolgada.
– Hawkins não é um lugar muito receptivo quando se trata de boates, ou pubs... — Steve comenta, me olhando de soslaio —, costumamos ir mais as festas dadas pelos alunos da escola.
— Sim, geralmente a burguesia da as melhores festas... — Robin sorri amarelo —, essencialmente a Helena, ou Tina...
— Ah... — Steve solta um suspiro, parecendo recordar-se de algo —, Helena sempre da as melhores festas. Eu que o diga.
— Ela dava as melhores festas — eu o corrijo, com um sorriso convencido nos lábios — Hope Moore está na cidade, e quando Hope Moore está na cidade, a festa está junto com ela.
— Agora eu gostei — Robin esfrega as mãos empolgada, e Steve sorri largo.
– Você também se refere a terceira pessoa? Cara, me identifico tanto com você — Steve me assusta com sua reação inusitada, nos fazendo rir.
Sim, amor. Eu também me identifiquei tanto com você...Você não faz ideia...
– Quando morava na Califórnia costumava dar festas? — Robin questiona e eu balanço a cabeça em concordância.
– As melhores festas, amor — pisco para a mesma, que aumenta seu sorriso de empolgação.
O sino da porta da lanchonete fez barulho, anunciando a entrada de alguém. Eu até ignoraria, se não fosse todo o barulho de risadas, e vozes altas vindo dessas pessoas extremamente escandalosas e inconvenientes. Meus olhos se reviraram, e já que eu estava de costas, girei meu pescoço lentamente para trás enquanto seguia o mesmo olhar que Robin e Steve — esse que olhava seriamente na direção do som, parecendo não estar satisfeito com a presença que acabará de chegar.
Até que tudo pareceu ser em câmera lenta, e tudo em minha volta ficou turvo, as vozes viraram eco e meu coração parou por um instante. Se eu estivesse em pé naquele momento, certamente cairia, eu tremi dos pés a cabeça e minha boca ficou seca.
Eu não imaginei que o reencontraria tão cedo, tampouco aqui, em Hawkins. E não daquela forma, tão diferente de alguém que eu costumava conhecer. Com um cigarro na ponta dos dedos e uma expressão séria, seu maxilar trincado e lábios cumpridos, indicando o quão insatisfeito ele estava. Com um estilo mais despojado e diferente, seus cabelos agora estavam maiores e caídos nos ombros, sua jaqueta jeans aberta deixava amostra seu peitoral desnudo.
Billy Hargrove estava irreconhecível.
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₪ 𝐓𝐑𝐀𝐈𝐋𝐄𝐑 ₪
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𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐁𝐑𝐄𝐀𝐊𝐄𝐑 • Billy Hargrove (𝐄𝐌 𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒Ã𝐎)
Fanfiction𝐁𝐈𝐋𝐋𝐘 𝐇𝐀𝐑𝐆𝐑𝐎𝐕𝐄 tem um passado obscuro, cheio de mágoas, decepções, brigas e frustrações. A lei da vida é que cada ação tem sua consequência, o que será que a consequência de um coração partido é capaz de fazer? todos os direitos reserva...