𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐁𝐑𝐄𝐀𝐊𝐄𝐑 • Billy Hargrove (𝐄𝐌 𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒Ã𝐎)

your decisions •

★ notas iniciais ★

Música do capítulo logo acima, para esse capítulo ela é bem essencial.
X Ambassadors – Unsteady
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Boa leitura!

* * *

Acordei sentindo raios solares sob meus olhos, meu corpo desnudo estava coberto apenas pelo lençol branco de seda e eu estava sozinha na cama. Me sentei, ainda sem reação pela noite passada, e balanço a cabeça negativamente.

Era inacreditável ver no que fui capaz de fazer.

Me levantei ainda com o lençol enrolado no meu corpo e vejo minha roupa em cima de uma das cadeiras, visto-as e pego meu sapato que estava no canto do quarto. Sai do quarto, procurando algum vestígio o de alguma outra pessoa, mas a casa estava em silêncio.

Única coisa audível eram meus passos no corredor, me deparei com Hargrove malhando no meio da sala, com um peso nos braços enquanto se exercitava. Ele trajava uma regata branca que marcava seus músculos, me fazendo engolir seco e respirar fundo, chamo sua atenção com um pigarro e ele me olha.

– Preciso que me leve embora. Agora. — Digo rispidamente, e ele tomba a cabeça pro lado, me olhando atentamente por segundos.

Em silêncio, ele larga o peso no chão e pega a chave do carro, em seguida sai de casa. Agradeço mentalmente aos Deuses pela facilidade que tive desta vez. Vou atrás do mesmo, e entro no seu carro, onde tocava um rock alto e pesado.

Pesado demais para aquele horário.

– São seis horas da manhã, pode baixar isso? — Ele simplesmente me ignora, enquanto sai cantando pneu. – Billy! — Exclamo, e ele continua da mesma forma.

Quando eu iria tocar no rádio para abaixar, ele empurra minha mão.

– Meu carro, minhas regras. — Diz rispidamente sem me olhar.

– Eu estou pouco me importando para as suas regras estúpidas. — O respondo, grosseiramente.

– Não me faça deixar você no meio dessa estrada, Moore.

– Estou esperando. — Digo ironicamente, o olhando desafiadora.

Ele me ignora, enquanto aumenta ainda mais o som me fazendo bufar e encostar a cabeça no apoio do banco.

Maldito!

Durante todo o percurso fomos em silêncio, o pedi para me deixar poucos metros da minha casa, por conta dos meus pais e ele assim o fez, quando estava descendo do carro ele chama a minha atenção.

– Ah, diga ao seu namoradinho, que a noite passada foi... — No mesmo instante eu o interrompo, colocando uma das minhas mãos tapando sua boca.

– Cale. A. Boca. — Digo pausadamente, e me afasto. – A noite passada não aconteceu, em hipótese alguma.

– Não fale como se fosse algo significativo, foi apenas uma noite, Moore. —  Suas palavras são secas e frias, me fazendo engolir seco.

– Exatamente isso. — Digo da mesma forma.

– Não vamos querer cometer o mesmo erro do passado, não é? — Automaticamente, eu me viro para o olhar.

– Não diz isso, Billy... — Digo, sentindo um forte aperto no peito.

– Sai do meu carro, Hope. — Ele diz, com a voz repleta de mágoa.

– Nós precisamos conversar, Billy. Não dá pra viver assim, com o coração recheado de ódio, nem tudo que aconteceu foi a minha culpa. Para de me culpar, mais do que já culpei a mim mesma... — Minha voz estava embrulhada, repleta de dor.