| CAPÍTULO DOIS |

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| CAPÍTULO DOIS |

Eu tinha em torno de treze anos quando peguei uma câmera fotográfica em minhas mãos

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Eu tinha em torno de treze anos quando peguei uma câmera fotográfica em minhas mãos. De primeira eu não tinha ideia de que aquela máquina seria algo que eu iria levar para a vida.

Peguei amor por fotografias, tanto que em qualquer lugar que eu estava eu tirava uma foto. Primeiro começou com paisagens simples, depois comecei a tirar foto de pessoas, qualquer uma que fosse.

A minha pessoa favorita, que eu amava tirar foto, era da minha mãe. Minha cobaia favorita. Quando eu já tinha chegado a maioridade, abri um estúdio de fotografias, junto com minha mãe, dividíamos esse sonho de fotografar juntos.

Com vinte anos conheci a mulher por quem eu fui unicamente apaixonado. A qual me fazia sonhar acordado. Maya sempre esteve ao meu lado, sempre me incentivando, me trazendo as melhores palavras que eu poderia um dia ter escutado. Me trouxe também os melhores anos juntos.

Entretanto, tudo mudou depois que nos casamos. Não, Maya mudou completamente. O amor que ela sentia por mim mudou, seu comportamento mudou. Não sabia o que estava acontecendo com a mulher que eu ainda amava, que eu dividi os melhores dias da minha vida.

Mas então mais uma surpresa aconteceu em minha vida, voltei a sorrir feito um bobo, voltei a ser feliz. Ter ali minha mãe, a minha mulher e em breve meu filho estava sendo tudo em minha vida.

Comecei a trabalhar feito um louco, e dizendo sempre para mim mesmo que aturar a Maya era algo que eu teria que fazer, não seria um esforço, até por que eu a amava.

Meu menino então nasceu, não sabia que se um dia eu teria um dia mais feliz que aquele dia. Era impossível. Dei tudo de mim para ser o melhor pai.

Fui o melhor filho.

O melhor marido.

E o melhor pai.

Mas percebi que não foi o suficiente. Não quando perdi tudo, perdi minha vida.

Por um ano tive que aguentar Maya em minha vida, mas consegui o divórcio, e assim ela foi embora para um lugar que até hoje não tenho ideia. Minha mãe ficou em Carolina do Norte mesmo, não queria sair dali, mas mudou para outra casa, pois não queria lembranças ruins que nasceram tinham lá.

E eu? Bom, eu vim para NY onde vivo há anos já. Continuo com um estúdio de fotografia, o trouxe junto comigo. E assim estou há anos, sem viver, sem sentir e sem amar.

Sem vontade de nada.

Apenas continuo lutando com a minha dor. Mas sei que chegará um momento em que eu irei cansar e cair, e nunca mais me levantar.

[....]

Estava em frente à boate esperando por Ethan, que como antigamente, se atrasava. Vejo que nada mudou.

ADÔNIS » Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora