| CAPÍTULO OITO |

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| CAPÍTULO OITO |

Cristal, ou melhor Wendy, estava completamente paralisada

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Cristal, ou melhor Wendy, estava completamente paralisada. Seus lábios ainda estavam em formato de "o" e seus olhos arregalados.

Eu por outro lado estava gostando das suas reações, mesmo sabendo que esse não era seu nome verdadeiro, eu não iria desmenti-la. Não por enquanto.

Se Wendy quisesse continuar a mentir, não iria impedi-la, mas primeiro de tudo precisava saber se minha mãe correria algum risco a ajudando. Não deixaria com que Afrodite se machucasse outra vez, por confiar em alguém que estivesse começando a amar.

— Vamos almoçar crianças? — minha mãe diz quebrando o clima entre nós dois.

Ando em passos lentos até suas direções, sem tirar meus olhos de Wendy, ela por outro lado tenta a todo custo me ignorar do almoço.

— Me conte mais sobre você Cristal — começo dando ênfase em seu nome.

Ela se engasga e sorrio com suas reações.

— B-bom eu estou na cidade ha pouco tempo —murmurou — Conheci sua mãe no mercado do seu Elias — disse e sorriu para minha mãe, que sorriu de volta para a garota — Ela me deu abrigo, amor, um verdadeiro lar. É isso — ela disse engolindo em seco, abaixando sua cabeça.

— Cristal é um anjo filho — diz minha mãe, quebrando o clima pesado — Tem me ajudado muito em casa, eu a tenho como uma filha — sorriu segurando a mão da garota.

Meu olhar estava preso sobre o seu. Nós nos encaramos sem dizer nada, enquanto minha mãe falava distraidamente, sem perceber o clima que estava sobre o ar.

Essa merda era estranha demais, a garota que trabalha em uma boate, onde vende seu corpo agora mora com a minha mãe, e sem contar que a mesma a tem como uma filha. Uma grande merda.

Isso não estava certo, minha mãe não merecia viver em uma mentira, acreditar e no final ver tristeza em seu olhar.

Sem mais paciência para aturar aquele grande teatro na mesa do jantar, pedi licença e fui para o quarto.

Dois dias. Dois dias no mesmo lugar que a garota que domina meus pensamentos está. Boa sorte para mim. Porra!

[....]

A porta do meu quarto se abre e a silhueta pequena aparece em minha visão. Ela fecha a porta e continua de costas para mim.

— Por favor, me deixa ficar. Não conte nada para Afrodite — ela diz em um tom baixo.

— Acha que trocar de nome vai mudar quem você é Wendy? — perguntei — Não, não vai. As pessoas que podem estar atrás de você, pode lhe achar e machucar minha mãe. E eu não vou deixar isso acontecer — disse dando alguns passos em sua direção.

ADÔNIS » Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora