Como você lidaria com o seu passado no qual tenta a todo o custo esquecer ?
Bom, Adônis luta com a sua dor, literalmente. Lutas clandestinas, todas as noites, sem receber nada em troca.
Entretanto, em uma dessas noites ele conhece alguém que irá e...
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Esfregava meu corpo compulsivamente, era inevitável não chorar. Sentia nojo de mim mesma, e mais nada.
Eu fiz algo que nunca na vida pensei em fazer, me mataria se pensasse em fazer o que eu fiz outra vez. Me senti usada, suja, um brinquedo sexual para outra pessoa.
Nunca soube o que era ser amada, e nunca irei saber. Esse mundo era muito sujo para existir amor, sim, esses são meus pensamentos.
Os quais nunca iriam mudar.
Escuto o barulho da porta ser aberto, e não demorar muito para que Kelly entrasse no banheiro. Ela me vê esfregando meu corpo que já estava completamente vermelho e me faz parar.
— Você só está se machucando — ela diz com a voz baixa.
— Sinto apenas ... nojo — disse fraca.
— Não Wen, você é forte — diz desligando o chuveiro— Vem, vamos sair daqui.
Ela me ajudou a se secar e colocar uma roupa confortável. Minha pele ardia, qualquer toque nela poderia me fazer chorar de dor.
— Ver você assim me deixa triste, não queria te ver passando por isso. Eu juro mesmo Wen, se eu não tivesse meu bebê eu te ajudaria no que fosse preciso — disse ao me abraçar — O que pretende fazer agora? — me perguntou.
— E-eu só vou esperar alguns dias — sussurrei —Uma única noite foi o suficiente para eu conseguir esse dinheiro sujo, mas o qual me ajudará a sair daqui e sumir para sempre.
— Wendy, como irá sair daqui? Sabe que sua tia está de olho em você — murmurou.
— Todas as quartas você sabe que ela sai à procura de novas garotas, fica apenas um segurança. Quero que você faça algo para que ele durma, não sei. Qualquer coisa — disse me virando para ela — Irei pedir carona até a rodoviária, de lá irei partir para algum lugar. Não tenho rumo, só irei subir no primeiro ônibus que estiver prestes a sair da rodoviária.
— Eu vou te ajudar, mas vou sentir muito sua falta — ela diz me abraçando.
— Eu também vou — disse ao abraçá-la também.
Preciso de uma nova identidade. Só assim Maribel não me achará.
[.....]
[ UMA SEMANA DEPOIS ]
Era hoje. Hoje eu teria minha tão sonhada liberdade.
Sumiria desse lugar, dessa cidade ainda hoje. Esse era o plano.
Kelly conseguiu pegar na sala de Maribel um bela adormecida, isso faria o segurança dormir em segundos. E assim aconteceu.
Saímos da boate sem medo, pois sabia que Maribel só voltaria daqui algumas horas. Já do lado de fora sinto que estava sendo observada, mas não senti medo nem nada do tipo, era um sentimento diferente, mas o qual eu já senti.
