Capítulo 236

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Já passavam das 7 da manhã, e até então nada, nenhum médico, nem enfermeiro, nem assistente, ninguém tinha vindo falar com a gente, não sabíamos se estava vivo, morto, se melhorou, se agravou. Só restava a angústia e o desespero na gente. Acabaram aplicando um calmante na tia Sô pq ela teve um ataque e queria acabar com o hospital, então aplicaram e levaram ela pra descansar e tomar um soro, tadinha.
Eu não sabia mais chorar, não sabia consolar, a única coisa que eu ainda tinha força era pra pedir a Deus pra cuidar dele, independente de como é onde estivesse.
C3 - Nenhuma notícia dele, ou do Th ? - chegou perguntando, sua cara era de abatido, por mais que estivesse arrumado ... Pera... TH ? Aí meu Deus!
Gabs - TH ? Caio o que tem o Th ? - a Iza levantou a cabeça do meu ombro
Iza- cadê o Thi, C3 ?- choramingou
C3 - vocês não falaram do Th não porra ? - se alterou pro lado de uns caras lá do morro
Recepcionista - senhor, por favor, silêncio - disse levantando-se do balcão
Gabs - desculpa moça, vem Caio, senta ! - puxei o braço dele
C3 - foi mal - sentou e passou a mão na cabeça - caralho, o Th levou uns dois tiros pô, um na perna e na barriga pô, ele tá aí - falou um pouco mais baixo e mais lágrimas rolaram
Ali - aí Deus - chorou mais
Gabs - ami, tu não pode ficar passando por isso, vai fazer mal pro bebê, vai comer alguma coisa - ela negou
Ali -eu não consigo ami, eu não consigo - choramingou
C3 - consegue sim porra, Alice, põem na cabeça que agora tem alguém que depende de tu pra sobreviver pô - ela abaixou a cabeça e assentiu - MT chega aqui -o MT se aproximou - leva a Alice pra comer alguma coisa e trás pras minas aqui também - deu a carteira pra ele e o mesmo negou
MT - fica de boa patrão, eu trago, vamos loirinha - levantou ela e saiu consolando a mesma
C3 - eu vou procurar saber do Th pelo menos - nós assentimos e ele foi, conversou com a enfermeira e depois voltou
C3 - Th passou por cirurgia, foi tudo tranquilo graças a Deus- finalmente uma notícia que arrancou o meu sorriso é tirou um pouco daquele peso das costas
Iza- obrigada pai, cadê ele C3 ? Já pode ver ?- levantou a cabeça do meu ombro
C3 - poder não pode agora não só no horário de visita, mas a mulher liberou, sabe como é né - disse sem graça mas ao mesmo tempo com aquela cara de quem nem precisou fazer esforço pra ganhar fácil a mulher
Gabs - até aqui C3 ? - ele riu e nos bufamos
C3 - tá, vamo logo - nos levantamos, pegamos aqueles adesivos de visita e entramos, os hospital era enorme, tinha que pegar um elevador, que dava no quarto que ficava. Entramos no mesmo e ele estava acordado com um enfermeiro do lado, cortou meu coração em vê-lo daquele estado.

E Foi No Morro Que Aconteceu - Continuação- II ParteOnde histórias criam vida. Descubra agora