Cap 43

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-Vitório-


Chego na penitenciária depois de longas três horas de viagem, minhas mãos soam sobre o volante que aperto com força, acho que não estou preparado. 

_ Vai dar tudo certo! 

Relaxo meu corpo no banco fechando meus olhos. 

_ Eu sei. 

Tomo coragem abrindo meus olhos, levo os mesmo na minha mulher no banco de trás amamentando nossa filha, afago seu rosto com carinho. 

_ Volto já! 

Beija a palma da minha mão esfregando meus dedos na sua bochecha. 

_ Vamos ficar aqui te esperando! 

_ Eu sei, tranca a porta, não esqueça da... 

_ Arma no porta luvas! 

Interrompe revirando os olhos. 

_ Eu sei, vamos ficar bem Vitt, nada vai nos acontecer! 

_ Tudo bem. 

Saiu tranquilo do carro andando até o enorme portão cinzento. 

_ Vamos lá Benson, você consegue! 

Dois guardas abrem o portão, dou um passo de cada vez até está do lado de dentro, o portão volta a se fechar me excluindo do mundo lá fora. Deixo minha mente aqui no agora mesmo que fico preocupado em deixar minha família pressa naquele veículo. Outro guarda de grande porte se aproxima. 

_ Benson? 

Concordo pegando na sua mão estendida. 

_ Sou o presidente do presídio, foi eu que te liguei. 

_ Assim. 

_ Vamos entrar... 

Ultrapassamos algumas grades atualizando as informações no caminho. 

_ Não temos conhecimento de como ela conseguiu aquela quantidade de remédios. Talvez acumulou do tratamento de depressão que ela está fazendo, quando encontramos ela na cela estava bem inconsciente, não sei se ela vai reconhecer o senhor por está dopada ainda. 

Passamos pela porta de aço, um corredor que nos leva a vários lugares. 

_ Eles vão revistar o senhor e encaminhá-lo logo em seguida, pode entrar. 

Concordo entrando em uma pequena sala onde tem um guarda mal encarado me fitando de cima a baixo. 

_ Pode tirar a roupa playboy! 

"E aquela cabeça de vento queria vir junto!" Esse pensamento me desagrada muito, Manuela nessa situação humilhante seria meu fim. Tiro toda a roupa levantando os braços, abrindo as pernas, balançando de um lado para o outro. Ele passa o detector de metal ao redor do meu corpo, mesmo que eu esteja nu na frente de um desconhecido não sinto desconforto por passar tudo isso no exército. 

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