A infância traumática que Benson passou lhe fez um menino frio e amargurado, crescendo em meio aos traumas da vida jurou vingança. Ao se tornar um homem perigoso volta a sua cidade para executar todos aqueles que arruinaram sua infância. No meio de...
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Não consigo para de pensar nele, Victor marcou a melhor sensação em minha alma com um simples toque. A forma que ele afagou meu rosto me tirou o ar, e quando declarou com veracidade que eu era linda, me deixou em uma sofreguidão difícil de controlar, talvez ele ouviu as palpitadas que meu coração dava ao me olhar com seus olhos chamuscado mostrando um intenso desejo. Não sei se ele sentiu o mesmo que o eu, mas minha vontade era colocar minha boca na sua e senti seu gosto. Sua essência está gravada em minha memória e narinas, um cheiro marcante que entre mil pessoas consigo o identificar vendada. Essa sensação é estranha, nunca namorei alguém, minha mente é focado nos meus estudos e objetivos, mas hoje pela primeira vez um garoto conseguiu penetrar em minha alma e bagunçar tudo como um vento impetuoso. Um vento bom, as vezes calmaria, mas em seus olhos consigo notar um vento perigoso. E eu não sei porque, mas nenhum medo tenho, quero me aprofundar em Victor como se ele fosse o ar em meio ao afogamento.
_ Ei...
Expulso meus devaneios e levo meus olhos até a porta, minha irmã mais nova entra com seu lindo sorriso.
_ Aonde você tava?
Sento na cama encostando na cabeceira.
_ Como assim onde eu estava?
Se aproxima sentando em minha frente.
_ Primeiro não jantou, segundo estava olhando para o teto como uma tonta.
Arregalo meus olhos assustada com suas palavras.
_ Credo Iza.
_ Credo mesmo, você estava em outra dimensão. O que estava pensando?
_ Na prova de amanhã, acredita que não estudei?
_ Na verdade é uma novidade, você nunca deixou de estudar para nada.
_ Exatamente, Lu não foi hoje, fiquei esperando um tempão.
_ Mas porque? Ela nunca furou com você.
_ Parece que o Lipe caiu e quebrou a perna, como ela estava com ele sozinha em casa não conseguiu me avisar.
_ Nossa tadinho, quebrar a perna deve ser horrível.
_ Nem me fala.
Ela se aproxima discretamente com seu jeito meigo, como conheço minha irmã mais nova, sei que quer algo. Fica ajoelhada com as mãos nos joelhos me implorando por algo nos seus olhos castanhos como os da mamãe, apesar que lembra muito minha tia Bárbara, muito mesmo, a forma doce como sorrir é um perfeito retrato de como era nossa tia. Até os cabelos menores que os meus em um castanho e no final um mel bem mais forte.
