Com a chegada dos representantes de Pelagia, o palácio dos reis estava em movimento.
O reino de Pelagia era um reino situado no litoral como Cadmus e Sidony. Eram bons no comércio, mas atrasados em muitas áreas importantes para se formar um reino forte e poderoso como Cadmus que, juntamente com Sidony, ajudou Pelagia a se tornar um reino quando Hassan chegou na ilha calma e de vida simples que hoje é Pelagia.
Eram historicamente inimigos do reino de Palama que desde muitos anos ansiava por invadir Pelagia e matar o astuto e sagaz rei Hassan.
Cadmus e Sidony ajudavam Pelagia ao mesmo tempo que Cadmus impuntava embargos econômicos e forte pressão militar para que Pelagia nunca se tornasse uma ameaça.
Naquela manhã, a rainha Hakana levantou-se um pouco mais cedo que o rei Magnus. Admirou o homem deitado ao seu lado. Estava mais velho do que quando se casaram, mas Magnus ainda era primoroso.
Hakana admirou as curvas de seus ombros despidos e o formato de suas costas, achava-o muito atraente. Estava sentada na cama com as costas apoiadas, mas deitou-se novamente e abraçou o marido por trás fazendo seus seios vultuosos roçarem nas costas nuas do homem, que despertou.
— Bom dia, meu rei — disse Hakana.
O homem virou-se ficando de frente para a mulher que o encarava com seus olhos azuis profundos. Hakana tinha olhos desafiadores e provocantes.
— Acordastes cedo — disse ele com a voz pesarosa por ter acordado.
— Esqueceste-tes que haverá uma negociação com Pelagia, meu rei?
— De forma alguma — respondeu, selando o rosto de sua esposa com um beijo.
— Por que Pelagia precisa de barcos?
— Os barcos deles são velhos, eles não estão conseguindo pescar e nem comercializar — explicou o rei acariciando o colo nu de sua esposa.
— Eles terão condições de nos pagar? São pobres.
— Daremos um prazo grande para que possam nos pagar.
Desceu seus dedos aos seios de Hakana e os acariciou.
— E se não nos pagarem?
— Iremos nos aliar à Palama, financiaremos sua invasão e deixaremos que matem Hassan — explicou e conseguiu tirar um sorriso satisfeito de Hakana.
— Não há rei como você, Magnus — disse beijando os lábios do marido. — Você é o soberano de todos.
Hakana e Magnus, em geral, concordavam quanto a amizades e inimizades, mas divergiam neste caso. Hakana achava que Magnus nunca deveria ter ajudado Pelagia a tornar-se um reino, pois sabia que estaria criando uma inimizade com Palama, reino que odiava Pelagia e ansiava por matar seu rei.
O rei Farid de Palama se ressentiu com Cadmus por sua atitude, mas, como um reino não muito influente, reconhecia que dependia politicamente de Cadmus.Para Hakana, todos os reis eram inferiores a Magnus e ela o fazia acreditar nisso. Sempre o enaltecia como um rei forte e soberano. Para ela, a presença de Magnus neste mundo era um fato inquestionável como a luz do sol e o oxigênio.
No entanto, tenho pressa em dizer que Hakana não fazia o papel de uma rainha submissa, bondosa e que sempre ficava atrás do papel principal. Hakana era uma mulher manipuladora, astuta e cruel. Muitas vezes usava da sua sedução e da sua bajulação para manipular o rei a tomar atitudes. Bondade nunca foi um adjetivo usado para descrever sua pessoa, pois está estava disposta a livrar-se de tudo e todos que estivessem em seu caminho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CADMUS
Ficción General"Por trás de grandes reinos há sempre sangue e traição. O poder em Cadmus tem cheiro pobre." Quando se fala em arquitetura e intelecto, qual reino ousaria competir com Cadmus? Ele era o maior reino dentre as nações. Governado pelo egocêntrico rei Ma...