🍁- Capítulo VII

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Com a chegada dos representantes de Pelagia, o palácio dos reis estava em movimento.

O reino de Pelagia era um reino situado no litoral como Cadmus e Sidony. Eram bons no comércio, mas atrasados em muitas áreas importantes para se formar um reino forte e poderoso como Cadmus que, juntamente com Sidony, ajudou Pelagia a se tornar um reino quando Hassan chegou na ilha calma e de vida simples que hoje é Pelagia.

Eram historicamente inimigos do reino de Palama que desde muitos anos ansiava por invadir Pelagia e matar o astuto e sagaz rei Hassan.

Cadmus e Sidony ajudavam Pelagia ao mesmo tempo que Cadmus impuntava embargos econômicos e forte pressão militar para que Pelagia nunca se tornasse uma ameaça.

Naquela manhã, a rainha Hakana levantou-se um pouco mais cedo que o rei Magnus. Admirou o homem deitado ao seu lado. Estava mais velho do que quando se casaram, mas Magnus ainda era primoroso.

Hakana admirou as curvas de seus ombros despidos e o formato de suas costas, achava-o muito atraente. Estava sentada na cama com as costas apoiadas, mas deitou-se novamente e abraçou o marido por trás fazendo seus seios vultuosos roçarem nas costas nuas do homem, que despertou.

— Bom dia, meu rei — disse Hakana.

O homem virou-se ficando de frente para a mulher que o encarava com seus olhos azuis profundos. Hakana tinha olhos desafiadores e provocantes.

— Acordastes cedo — disse ele com a voz pesarosa por ter acordado.

— Esqueceste-tes que haverá uma negociação com Pelagia, meu rei?

— De forma alguma — respondeu, selando o rosto de sua esposa com um beijo.

— Por que Pelagia precisa de barcos?

— Os barcos deles são velhos, eles não estão conseguindo pescar e nem comercializar — explicou o rei acariciando o colo nu de sua esposa.

— Eles terão condições de nos pagar? São pobres.

— Daremos um prazo grande para que possam nos pagar.

Desceu seus dedos aos seios de Hakana e os acariciou.

— E se não nos pagarem?

— Iremos nos aliar à Palama, financiaremos sua invasão e deixaremos que matem Hassan — explicou e conseguiu tirar um sorriso satisfeito de Hakana.

— Não há rei como você, Magnus — disse beijando os lábios do marido. — Você é o soberano de todos.

Hakana e Magnus, em geral, concordavam quanto a amizades e inimizades, mas divergiam neste caso. Hakana achava que Magnus nunca deveria ter ajudado Pelagia a tornar-se um reino, pois sabia que estaria criando uma inimizade com Palama, reino que odiava Pelagia e ansiava por matar seu rei.
O rei Farid de Palama se ressentiu com Cadmus por sua atitude, mas, como um reino não muito influente, reconhecia que dependia politicamente de Cadmus.

Para Hakana, todos os reis eram inferiores a Magnus e ela o fazia acreditar nisso. Sempre o enaltecia como um rei forte e soberano. Para ela, a presença de Magnus neste mundo era um fato inquestionável como a luz do sol e o oxigênio.

No entanto, tenho pressa em dizer que Hakana não fazia o papel de uma rainha submissa, bondosa e que sempre ficava atrás do papel principal. Hakana era uma mulher manipuladora, astuta e cruel. Muitas vezes usava da sua sedução e da sua bajulação para manipular o rei a tomar atitudes. Bondade nunca foi um adjetivo usado para descrever sua pessoa, pois está estava disposta a livrar-se de tudo e todos que estivessem em seu caminho.

CADMUSOnde histórias criam vida. Descubra agora