🌼 - Capítulo XXXVIII

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Quando o navio atracou, homens paladianos estavam armados a espera dos soldados cadissins.

Suas posturas eram de bravura, de coragem e determinação a salvar a si mesmos e suas famílias. Porém, ao verem no topo do navio aquela coruja dourada na bandeira escarlate, os encarando com aqueles olhos intensos de esmeraldas como se sentisse que mesmo sendo apenas um símbolo era de mais valia que todas as pessoas naquela aldeia; os homens não puderam evitar sentir um certo temor.

Todavia, antes que os soldados descessem do navio e encarassem aquele pobres cidadãos, Nukenin e outros arqueiros atiraram flechas e acertaram parte daqueles homens que estavam à beira do mar.

Sandor e os melhores soldados, incluindo Nukenin, Rurik, Anton e o teimoso Anzel, que insistira em ir para a linha de frente ainda que os cavalos não estivessem prontos, remaram em um bote até até à beira do mar, enquanto Bacchus organizava os soldados que desciam em novos botes logo atrás do primeiro.

Ao chegarem em terra firme, os homens logo partiram com ferocidade sobre aqueles pobres cidadãos, cujo o escudo que os protegia era apenas o medo e ao mesmo tempo a coragem para defender suas famílias.

De forma esperada, os primeiros homens paladianos foram mortos rapidamente, apesar da bravura e força que os mesmos possuíam. É incrível como podemos nos tornar fortes e corajosos diante de uma grande ameaça quando ela envolve a destruição das pessoas que amamos, ainda mais quando elas não tem culpa alguma. A realidade do que estou a dizer pode ser vista na raíz daquela invasão: um pai vingando os dias sombrios de um filho inocente.

À medida que os primeiros homens eram mortos, os cavalos chegavam em terra firme. Os cadissins montaram sobre eles e partiram para a entrada da aldeia.

Chegando lá, encontraram a vergonhosa cena de alguns homens fortes, mas com armas risíveis, velhos que mal conseguiam segurar suas armas, poucas mulheres escudadas na coragem de protegerem suas famílias e meninos com a ilusão de que seriam capazes...

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Chegando lá, encontraram a vergonhosa cena de alguns homens fortes, mas com armas risíveis, velhos que mal conseguiam segurar suas armas, poucas mulheres escudadas na coragem de protegerem suas famílias e meninos com a ilusão de que seriam capazes de lutarem com homens feitos e armados até os dentes.

Anzel soltou um riso de deboche ao ver aquelas pessoas. Eles pareciam implorar com os olhos que os cadissins tivessem misericórdia, mas o que Anzel sentia por eles era ódio.

— Ataquem! — Gritou Bacchus e os homens cadissins partiram com voracidade sobre aquelas pobres almas.

Ouvia-se gritos, lâminas de espadas em atrito, corpos caindo ao chão e choros de crianças e mulheres escondidas.

Logo, os soldados começaram a invadir as casas, matando mulheres e crianças. Não importava se aquilo era cruel ou não, pois eles não podiam deixar ninguém vivo, afim de que a informação da invasão não chegasse às cidades.

— Não exagerem, não exagerem! — Exclamava Sandor ao ver as crianças sendo mortas.

Ao contrário do que conselheiro real dizia, o general Bacchus continuava matando friamente todos os paladianos que encontrava, assim como seus soldados. Eles sabiam que aquilo era necessário.

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