O inverno, então, começou com toda a delicadeza. Os flocos de neve caíam suavemente, pintando de branco toda a extensão do reino. O ar era frio e opressivo.
O reino estava em crise. Dias haviam se passado, mas Palama não desistira de sua decisão e mantinha firme a não negociação com Cadmus. Não havia madeira e a economia começava a entrar em colapso.
Em toda a extensão do reino, a população estava assustada e os nobres não paravam de questionar o rei e cobravam por uma atitude.
Não havia mais tempo a se esperar. Magnus precisava fazer algo.
Assim, Sandor propôs que Cadmus realizasse uma negociação, onde uma pessoa de importância, sabia e eloquente seria mandada à Palama com o fito de conseguir a paz entre os dois reinos e a volta do comercio entre as duas nações. Uma reunião foi realizada e a proposta foi aceita, faltava apenas decidir quem seria a pessoa enviada.
Anzel acordou com um garoto loiro e agitado pulando em sua cama.
— Eu posso saber o que estás fazendo? — Anzel resmungou cobrindo seus olhos com o cobertor.
— Acordando-te — respondeu ofegante.
— Vai embora!
Mas Rurik não foi, continuou pulando sobre a cama do mais velho.
— O que é que tu queres? — desistiu de tentar dormir e sentou-se. — Nukenin cansou de ficar atrás de ti?
— Vou ignorar sua ousadia — disse fazendo careta para o mais velho.
— Por que é que viestes acordar-me?
Agora Rurik também estava sentado na cama.
— Estão todos ocupados nesse lugar. Estou entediado — disse, rolando na cama.
Anzel riu e deu-lhe um empurrão leve no ombro.
— Já entendi. Então, o que queres fazer?
Em questão de minutos, Anzel e Rurik estavam no pavilhão da primavera. Os dois acordaram Freydis aos berros.
— Eu não suporto mais sua existência, Rurik! Quando vais amadurecer? — A princesa levantou de sua cama indignada.
— Céus! devias agradecer por começar o dia com dois homens lindos em seu quarto — Rurik gabou-se.
— Onde? Não estou vendo nenhum — gracejou, fazendo seu irmão bufar.
Então, aproximou o rosto aos olhos da mais nova e deu-lhe um beijo na bochecha com estupidez.
— Agora vistes?
Freydis zangou-se, fazendo os outros dois rirem.
Logo, estavam os três no pavilhão dos solados, onde encontraram o Lobo treinando sozinho.
— Este homem — Rurik balançou a cabeça em desaprovação. — Como podes me trocar por um arco e flecha?
Nukenin riu. Estava frio, mas as gotas de suor escorriam sobre sua testa.
— Cuidar de uma criança é mais difícil do que parece — brincou o Lobo, com o tom de voz que, se os seus amigos não o conhecessem bem, pareceria uma grosseria.
— Por sua culpa, fui acordado por uma pulando em minha cama — Anzel disse, fazendo Rurik revirar os olhos.
— Não acredito que me trouxeram para cá e não há sequer soldados bonitos treinando para que os possa admirar — Freydis protestou.
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CADMUS
Ficção Geral"Por trás de grandes reinos há sempre sangue e traição. O poder em Cadmus tem cheiro pobre." Quando se fala em arquitetura e intelecto, qual reino ousaria competir com Cadmus? Ele era o maior reino dentre as nações. Governado pelo egocêntrico rei Ma...