Capítulo 2

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O dia amanheceu nublado e junto com ele o meu coração, afinal, o nervosismo me dominou. Hoje era o dia do meu casamento...

A hora em que eu deveria me acordar, assim como o que eu comeria no café da manhã e tudo o que eu faria ao me banhar já estava preparado. Não deveriam haver erros.

Durante muito tempo fui preparada para esse dia, então, é óbvio que eu ficasse nervosa.

Caminhei até a janela e olhei o jardim da minha casa. Eu sem dúvida sentiria falta desse lugar, mas esse seria o meu futuro. Levantei a cabe e fechei robe e fui me preparar para o meu casamento.

O dia ocorreu bem, passei boa parte do tempo preparando o meu cabelo, a minha pele e o meu corpo para ele, o meu futuro marido.

...

Eu estava sem dúvida linda o vestido branco se encaixou perfeitamente ao meu corpo e em minha cabeça havia um véu curto, a calda do vestido é enorme o os saltos eram perfeitos.

Minha mãe se aproximou de mim e do seu jeito frio falou:

Mônica Rizzo: " Estou orgulhosa de mim, fiz de você a melhor mulher que um homem pode querer, uma verdadeira submissa. A parte mais difícil vem agora- passou a mão pelo meu cabelo- será que você será forte o suficiente para ser a mulher de um dom ? - perguntou com os olhos pedrados em minha direção.

- Claro Mamãe. - falei confiante.

A mão que alisava o meu cabelo desceu devagar até o meu braço. Ela começou a apertar e de repente a dor era muito maior do que eu pude sentir.

- Escute aqui! Faça o que for, aguente o que tiver que aguentar, mas não se separe nunca! Nem eu nem sei pai faremos nada por você, caso o seu marido não lhe queira. Não esqueça, a famiglia acreditou no meu trabalho e você não imagina a quantidade de sacrifício que tive que fazer por sua causa! NÃO COLOQUE TUDO A PERDER! - falou em tom de ameaça.

Senti os meus olhos marejados e não demorou para as lágrimas saírem do meu rosto. Ela sempre foi assim, infelizmente ela não foi um exemplo do que uma mãe deveria ser, mas tudo bem, a famiglia vem em primeiro lugar.

O meu pai raramente vinha até a nossa casa. Geralmente chegava quando eu dormia e ia embora antes de amanhecer.

Me virei até o espelho e encarei-me pela última vez. Sai em direção a porta e antes de sair coloquei o par de brincos que Andréia me deu.

Sim, Andréia foi minha babá por muito tempo, a ela eu guardo um imenso sentimento, afinal, ela sempre me acalmava, ajudava e protegia nos momentos difíceis. Sem dúvida eu sentia muito falta dela, mas não posso mudar algo que já está traçado.

Respirei e tentei me acalmar. Dei forças a mim mesma e lembrei somente de todos os meus ensinamentos.

VICENTOnde histórias criam vida. Descubra agora