Capítulo II

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  Estou exausta, Maico havia me dado um suador enorme para vence-lo no treino. Se meu pai descobre que ao invés de estar aprendendo defesa eu já saiba lutar melhor que o melhor soldado dele, com certeza iria castigar Maico. Meu pai acredita que princesas não devem lutar e sim conseguir o respeito com casamento e status, patético.

  Sentei ao chão para descansar e Maico sentou ao meu lado. Somos melhores amigos e isso aconteceu quando começamos o meu treinamento, sua companheira da noite morreu a algum tempo e depois disto nos aproximamos mais, já aconteceu de nos beijamos e ele diz que tem algum sentimento por mim mas não pode acontecer já que eu ainda não encontrei meu companheiro.

  _ Laisla? - Ele me chama me tirando dos meus pensamentos.

  _ Que foi?

  _ Bom.. Você está ciente que eu lhe disse mais cedo, sobre talvez ter sentimentos por você!.

  _ Estou, mas Maico, como você sabe não encontrei meu companheiro ainda e seria cruel se ficássemos juntos e depois eu lhe abandonar. Somos melhores amigo e você pode sempre contar comigo.

  _ Eu lhe entendo, você tem razão. Vamos ser apenas amigos. - diz ele com um sorriso no rosto, mas eu vejo a tristeza em seu olhar. Por mais que por hora eu sinta uma atração por ele não posso permitir que ele sofra no futuro correndo risco de perder sua amizade.

  _ certo! - digo com um sorriso em retribuição.

                                                                                        ❇❇❇

  Voltamos a treinar depois de um tempo de descanso, mais somos interrompidos por um dos guardas solicitando minha presença no grande salão.

  _ Que ótimo! - digo com ironia e Maico ri baixo - O que aconteceu desta vez?!

  _ Não sei o motivo princesa, apenas vim lhe informar que seu pai solicita sua presença.

  _ Entendo... - digo pensativa imaginando o que poderia ser - Maico continuamos amanhã o treinamento.

  _ Claro princesa! - ele sempre me trata com cortesia quando não estamos a sós e isso me faz dar risadinhas irônicas.

  Sai do treino em banhando minha espada com agilidade, e vestindo minha capa por cima das vestes que estava usando. Algo me diz que pode ser sério, me apreço para andar pelos corredores o mais rápido possível e chegar de uma vez no grande salão onde encontra-se o trono. Adentro as portas com velocidade sobrenatural e paro a frente do trono do meu pai, me curvando e fazendo um reverência ao mesmo. Levanto e então pergunto...

   _ Meu pai mandou me chamar!? - digo seria.

  _ Sim Laisla. Quero falar de um assunto importante com você minha filha.

  _ Pode dizer meu pai.

  _ Serei direto. Como sabes a feiticeira real informou-me a muito tempo que nossa filha seria a companheiro do supremo alfha, nosso inimigo de geração.

  _ Sim meu pai, uma lástima, já que caçamos e matamos uns aos outros a tanto tempo. Mas esse fato porá um fim na guerra que se estende a gerações.

  _ Estou ciente disto. Em fim, você se tornará a rainha da nossa linhagem por ser a mais velha, e a feiticeira nos disse após seu nascimento quando sua mãe estava prestes a dar a luz a sua irmão mais nova. Que nos fez então chegar a conclusão que será ela a destinada.

  _ Sim meu pai. A onde o senhor deseja chegar com essa história?! - pergunto impaciente.

  _ Já chegarei lá - disse ele me respondendo, em todo esse tempo sua expressão era neutra não mostrando nenhum sentimento. - continuando, você será a rainha dos vampiros quando o dia chegar, e sua irmã a progenitora do primeiro híbrido entre nossas espécies colocando um fim na guerra que mata de ambos os lados. Porém o supremo aquele cão sarnento, mesmo sabendo que sua companheira é uma vampira de linhagem real, ainda não deu indício de querer algo sério e nem mesmo mostrou interesse ao procurá-la. - Mas o que esse velho está insinuando.

  _ O que meu pai quer comigo afinal de contas. O senhor por um acaso está insinuando que eu vá atrás do cão sarnento de minha irmã?? - Não sei até onde ele quer chegar com isso mais está me deixando nervosa.

  _ Você é inteligente Laisla e muito perspicaz, é exatamente isso. - a raiva toma conta de mim e quando vejo já estou gritando com ele...

  _ EU NÃO IREI ATRÁS DE UM LOBO, AINDA MAIS O SUPREMO QUE PERTENCE A VAGABUNDA DE MINHA IRMÃ.. Além do mas não era o senhor contra a ideia de que uma princesa não deve empunhar espadas?

  _ Comporte-se menina, olha como fala de sua irmã. Ela é seu sangue e você tende a respeita-la como tal. - diz meu pai divertindo com meu estado possesso. - Sei que você não se dá bem com sua irmã, mas terá que a aturar se quiser paz no seu futuro reino, não haja como uma louca furiosa. 

  _ LOUCA FURIOSA MEU PAI - ia grita novamente mais ele ergueu as sobrancelhas em reprovação. Fico mais calma imediatamente e dou seguimento a minhas ideias. - Meu pai, veja bem... Eu não irei atrás do companheiro de minha irmã para ela depois ficar se esfregando a ele por aí. E outra que seria muito arriscado me mandar sem nenhum treinamento para a área dos lobos o senhor não acha. - minto, já que ele me mandou apenas treinar defesa, provavelmente irá relutar mais mandará outra pessoa, ponto para mim.

  _ Laisla querida - diz ele sínico- Eu sei que você treina escondido com Maico, fui eu que lhe dei a ordem para treina-la sem que sua mãe soubesse e não viesse me irritar sobre isso.

  Meu queixo foi ao chão e se formou um belíssimo "O" em minha boca. Relutei um pouco mais não tinha o que fazer perante isso era uma ordem direta de meu pai e eu não poderia deixar passar.

  _ Agora retire-se e prepare-se para a viagem, pois você partirá daqui a cinco dias com mais dois soldados de sua escolha.

  - Entendido - sai com uma velocidade exasperada de lá sem dar muito na vista que eu estava com pressa de sair. Do grande salão me dirigi a biblioteca. Peguei alguns livros com mapas e historias sobre os lobos, fui para meus aposentos e li aqueles livros com uma velocidade enorme, que ao final da tarde exatamente as 16:30 já havia terminado de lê-los. E já imaginava em minha cabeça, quem eu levaria e quais armas...

Anoitecer - Nasce a destinada - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora